tag:blogger.com,1999:blog-79379259150894418862024-02-20T12:26:49.997-08:00Aquecimento Global, pinguim de frigideira?Unknownnoreply@blogger.comBlogger21125tag:blogger.com,1999:blog-7937925915089441886.post-21424945738467979262008-07-27T07:34:00.000-07:002008-07-27T07:38:17.988-07:00Aquecimento global: dez respostas<div> <div class="documentByLine"> <span>por Evaristo Eduardo de Miranda, agrônomo, com mestrado e doutorado em Ecologia na França, e pesquisador da Embrapa Monitoramento por Satélite</span> </div> </div> <p class="documentDescription">Tem muita gente por aí falando o que não sabe sobre efeito estufa. Aqui você fica por dentro do assunto mais quente do momento</p> <div class="visualClear"><!-- --></div> <b><br />1. O que é o efeito estufa?</b><br />O efeito estufa é um fenômeno natural através do qual os gases da atmosfera terrestre mantêm uma temperatura média na superfície da Terra, com variações limitadas entre o dia e a noite. Sem o efeito estufa seria impossível a vida na Terra, pois a temperatura média seria 33ºC menor, com grandes extremos entre o dia e a noite, como ocorre na Lua e no planeta Marte. Ou, se a composição e a densidade dos gases fosse outra, semelhante à de Vênus, por exemplo, a temperatura seria elevadíssima. E isso inviabilizaria as formas de vida existentes. Os principais gases do efeito estufa são, pela ordem de contribuição: CO2(60%), CH4 (15% a 20%), N2O (6%), O3, HFCs, PFCs e SF6. A preocupação atual é com alterações no efeito estufa e não com o efeito estufa propriamente dito.<br /><b><br />2. O que determina variações na temperatura da Terra?</b><br />As temperaturas da Terra variam na escala de milhares e milhões de anos. Em primeiro lugar, em razão da atividade solar. O Sol é a grande fonte de calor e <span class="highlightedSearchTerm">aquecimento</span> de nosso planeta e apresenta ciclos de maior e menor atividade. Em segundo lugar, em conseqüência do processo de esfriamento constante do próprio planeta, que já foi muito mais quente em sua formação. Em terceiro lugar, devido à composição da atmosfera do planeta. A atividade vulcânica, por exemplo, emite grandes quantidades de poeira, cinzas e gases, e pode provocar alterações na temperatura atmosférica. Finalmente, a disposição irregular e a movimentação das massas de terras emersas e de águas também afetam a temperatura da Terra, conjugados aos efeitos e às variações da inclinação do eixo terrestre (que determinam as estações do ano). Há apenas 8 mil anos, o clima era bastante diferente do atual: poucas florestas na Amazônia, grandes savanas repletas de animais no deserto do Saara etc.<br /><b><br />3. Desde quando ocorrem variações na temperatura da Terra?</b><br />Sempre ocorreram, porém, só nos últimos 200 anos os conhecimentos científicos permitiram uma visão dessas mudanças climáticas na história do planeta. Estudos evidenciaram a ocorrência de várias glaciações alternadas com períodos quentes nos últimos 200 mil anos. No último milênio, houve um período mais quente e também uma “pequena fase glacial”, no século XVIII. Desde 1870, as geleiras estão encolhendo. Quanto ao passado distante, a Terra enfrentou períodos geológicos marcados por climas e temperaturas muito diferentes da atual e por uma atmosfera com outra composição. Um exemplo é o Período do Carbonífero (355 milhões a 295 milhões de anos atrás), com a atmosfera muito rica em gás carbônico, o que favoreceu o desenvolvimento de uma vegetação exuberante e deu origem à maioria dos depósitos de carvão mineral explorados hoje em dia.<br /><b><br />4. Quando começou a nova fase de <span class="highlightedSearchTerm">aquecimento</span> <span class="highlightedSearchTerm">global</span>?</b><br />As primeiras medições quantificadas do clima datam do século XIX. No Brasil, dom Pedro II foi responsável pela instalação de uma grande rede de postos meteorológicos e de medição de marés. Há cerca de 30 anos, com o advento dos satélites artificiais, o monitoramento do clima planetário ganhou uma nova dimensão. A capacidade de detectar fenômenos como secas, furacões e tufões foi muito ampliada, melhorou a previsão do tempo, a segurança dos transportes e, sobretudo, com os novos computadores, foi possível a construção de modelos para simular o comportamento dos climas. A criação da Organização Meteorológica Mundial contribuiu para uma visão mais organizada dos fenômenos climáticos e, há cerca de 20 anos, surgiram trabalhos científicos evidenciando tanto mudanças na composição química da atmosfera terrestre como indícios de aumento na temperatura média do planeta.<br /><br /><b>5. O que contribui para o <span class="highlightedSearchTerm">aquecimento</span> <span class="highlightedSearchTerm">global</span>?</b><br />Durante milênios, as atividades humanas foram baseadas em energias renováveis: força muscular, energia solar, ventos, cursos d’água, lenha e carvão vegetal. Com o crescimento econômico e populacional, e o advento da Revolução Industrial, houve grandes desmatamentos nos países do Hemisfério Norte, na Ásia e na África, conjugados a um uso intensivo e crescente de energias não renováveis, como o carvão mineral e o petróleo. Com isso, a atmosfera passou a acumular bilhões de toneladas de gases ligados ao carbono (sobretudo dióxido de carbono e metano, além de óxidos de nitrogênio e hidroclorofluorcarbonos ou HCFCs). Tal carbono fora imobilizado ao longo de milhões de anos pela atividade biológica do planeta, sob a forma de carvão mineral (florestas do Carbonífero) e petróleo (atividade do plâncton marinho). Sua emissão acelerada e o conseqüente enriquecimento progressivo da atmosfera terrestre com gases de carbono têm efeitos sobre o clima e os ecossistemas.<br /><b><br />6. Como países em desenvolvimento contribuem para o <span class="highlightedSearchTerm">aquecimento</span> <span class="highlightedSearchTerm">global</span>?</b><br />Cerca de 75% das emissões de gases com efeito estufa são geradas pelos países desenvolvidos. A considerar-se o volume de gases produzidos nos últimos dois séculos, essa contribuição total ultrapassa os 90%. Isso não significa que os países subdesenvolvidos também não contribuam para o fenômeno. O crescimento econômico de nações de grande porte – como Brasil, China, México, Índia e Indonésia – é acompanhado pelo uso crescente de carvão mineral e petróleo e ainda por desmatamentos seguidos de queimadas, que lançam na atmosfera o carbono imobilizado nas árvores, como ocorreu em passado recente na Europa, Rússia e América do Norte.<br /><br /><b>7. O <span class="highlightedSearchTerm">aquecimento</span> <span class="highlightedSearchTerm">global</span> significa mudanças no clima da Terra?</b><br />As evidências de alterações na atmosfera do planeta são observáveis e uma série de dados permite constatá-las. Estima-se que a temperatura média da atmosfera já tenha aumentado 1oC nos últimos cem anos. Contudo, isso não significa que todas as regiões do mundo estão mais quentes. É muito complexo formular hipóteses e desenhar cenários sobre as prováveis conseqüências. Os pesquisadores recorrem a modelos matemáticos para simular o futuro do clima em cada região, mas os resultados das simulações levam a interpretações controversas. Em outras palavras, há evidências de mudanças nos parâmetros climáticos do Planeta, como já ocorreu no passado por causas naturais. Agora as mudanças estão ocorrendo, e até sendo aceleradas, por uma combinação de causas naturais e humanas. Mas é complexo determinar com precisão quais as conseqüências de tais alterações em cada localidade.<br /><b><br />8. Como detectar os efeitos de um possível <span class="highlightedSearchTerm">aquecimento</span> <span class="highlightedSearchTerm">global</span>?</b><br />Os registros de fenômenos sensíveis, como a dinâmica das geleiras, o nível dos oceanos, a temperatura das correntes marinhas e determinados dados meteorológicos são indicadores importantes sobre mudanças climáticas ou, pelo menos, do regime climático (intensidade de chuvas, extremos de temperaturas, ocorrências de secas, inundações, furacões etc.). Essa rede de medidas está cada vez maior e mais integrada na escala planetária.<br /><b><br />9. Desmatamentos e queimadas contribuem para o <span class="highlightedSearchTerm">aquecimento</span> <span class="highlightedSearchTerm">global</span>?</b><br />Sim, mas desmatamento não é sinônimo de queimada, sobretudo quando se trata de calcular emissões de carbono. A maior parte do carbono estocado nas florestas concentra-se nos troncos das árvores. E a madeira dos desmatamentos nem sempre é queimada e, sim, transformada em tábuas, postes, portas, esquadrias, pilares, móveis. Os galhos e as folhas, e os resíduos das serrarias são queimados. E a contribuição destes para o <span class="highlightedSearchTerm">aquecimento</span> <span class="highlightedSearchTerm">global</span> é bem menor. Ou seja, no caso do desmatamento brasileiro, especialmente na Amazônia, as emissões correspondem a cerca de 40% do carbono da floresta e não a 100% como é erroneamente estimado e divulgado, inclusive nos relatórios oficiais de emissões nacionais para a Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. As queimadas agrícolas contribuem muito pouco para o efeito estufa. O carbono emitido pela queimada da palha de cana-de-açúcar na colheita é retirado da atmosfera pela própria cana, quando esta volta a crescer. O carbono emitido na queimada de uma pastagem ou de um cerrado na estação seca volta a ser retirado da atmosfera na estação chuvosa, quando a vegetação volta a crescer. Apenas no caso de serem queimados também os troncos derrubados existe uma emissão líquida de carbono, pois as culturas plantadas no lugar da floresta nunca retiram da atmosfera um estoque de carbono semelhante ao acumulado pelas árvores cortadas. Mesmo se as queimadas não contribuem tanto para o efeito estufa, não se justifica seu emprego na agricultura, pois elas geram outros impactos ambientais indesejados. E já existem tecnologias adequadas e sustentáveis para substituir o uso do fogo.<br /><br /><b>10. Que soluções existem para o problema do <span class="highlightedSearchTerm">aquecimento</span> <span class="highlightedSearchTerm">global</span>?</b><br />Pode-se agir essencialmente sobre causas humanas. São dois caminhos: reduzir as causas e adaptar-se às mudanças. Para reduzir a emissão de gases de efeito estufa é fundamental trocar o carvão e o petróleo por energias renováveis, como o etanol, por exemplo. As cidades e países mais sensíveis a essas mudanças já estão se adaptando, mas o custo dessas adaptações poderá representar de 3% a 5% de seu PIB. Existem projetos para filtrar, comprimir e injetar o CO2 das fábricas em antigos poços de petróleo ou de gás natural já esgotados, ou ainda em sedimentos abaixo dos oceanos. A capacidade da crosta da Terra de armazenar CO2 seria de uns 10 trilhões de toneladas, o equivalente a 400 anos de emissões nos níveis atuais. O custo dessa opção é altíssimo e as dificuldades técnicas, enormes. Além disso, não resolvem a emissão nos veículos. Existem idéias polêmicas de aumentar a absorção de carbono nos oceanos, multiplicando o fitoplâncton, porém, isso acidificaria as águas, com graves impactos sobre a vida marinha. Na mesma linha da ficção científica, há projetos para colocar refletores de calor em órbita e desviar raios solares e até uma espécie de guarda-sol no espaço. O melhor mesmo é toda a população adotar um comportamento mais responsável e todos os países se engajarem de forma solidária, justa e equilibrada nesse esforço.<br /><br /><a href="http://www.cartanaescola.com.br/edicoes/20/aquecimento-global-dez-respostas/view">fonte</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7937925915089441886.post-87502232091755347442008-07-27T07:29:00.000-07:002008-07-27T07:32:58.814-07:00Hotsite sobre o Aquecimento Global, isso não é um trocadilho...A revista Veja lançou um site contendo importantes informações sobre o Aquecimento Global.<br />Vale a pena <a href="http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/aquecimento_global/contexto.html">acessar</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7937925915089441886.post-55353257101617327292008-07-27T07:26:00.000-07:002008-07-27T07:27:52.753-07:00Os efeitos do aquecimento global no BrasilToda a sociedade mundial está alarmada para as conseqüências catastróficas que o aquecimento global pode provocar no mundo<span style="text-decoration: underline;"></span> inteiro. A novidade agora é que entre os países mais prejudicados com o fenômeno está o Brasil. Mas o que, especificamente, pode acontecer a nós, brasileiros, por causa do aquecimento global no médio e longo prazo?<br /><br />Para Heitor Matallo, membro da Convenção das Nações Unidas para o Combate da Desertificação (UNCCD), um ciclo puxa outro. Se o meio ambiente no Brasil já é degradado com desmatamento e erosão, os reservatórios de água irão diminuir, aumentando as áreas desertas, e com o avanço da temperatura global, nessas áreas será quase impossível viver normalmente em curto prazo, porém não impossível, pois o corpo humano se adapta de acordo com as necessidades. Com isso, o ecossistema dessa região ficará totalmente desequilibrado, permitindo a extinção de várias espécies de animais.<br /><br />Com o degelo das calotas polares, o nível do mar irá subir. Em longo prazo, o degelo das calotas fará os oceanos subirem até 4,9 metros, cobrindo vastas áreas litorâneas no Brasil, além de provocar também a escassez de comida, disseminação de doenças e mortes. Famosas praias brasileiras como Copacabana e Ipanema podem ir pro reino de Netuno, claro, em longo prazo.<br /><br />A Organização Mundial da Saúde (OMS) atribui à modificação do clima 2,4% dos casos de diarréia e 2% dos casos de malária em todo o mundo. No nosso caso, a dengue poderá provocar uma epidemia nas regiões alagadas ou até mesmo em regiões planálticas, resultado na falta de definição das estações. Além disso, as ondas de calor, que com o fenômeno irão aumentar em proporção e intensidade, serão responsáveis por 150 mil mortes a cada ano em todo o mundo, e no Brasil isso também será realidade.<br /><br />A incidência de furacões, que é praticamente inexistente no Brasil, poderá ser grande. Isso já está acontecendo aos poucos, principalmente na região Sul, como o furacão Catarina, que tinha ventos que variavam entre 118 km/h a 152 km/h.<br /><br />A solução para essa preocupante história é a conscientização em massa. Desta forma, a idéia de conscientização verdadeira, de que não somos a última geração do planeta e não temos o direito de arruinar a vida dos nossos descendentes deve proliferar.<br /><br /><a href="http://www.brasilescola.com/geografia/os-efeitos-aquecimento-global-no-brasil.htm">fonte</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7937925915089441886.post-90095852896799191752008-07-27T07:22:00.000-07:002008-07-27T07:26:18.144-07:00Stand-by x Aquecimento Global<p>A maioria das pessoas deixa seus eletrônicos no modo standby, ou seja, ficam ligados sem operação, em estado de espera. São vários os equipamentos que apresentam esse dispositivo, como geladeiras, máquinas de lavar, televisores, rádios, DVDs, videogames, computadores, microondas, impressoras e outros. </p> <p>A criação do sistema standby considerou apenas o conforto do usuário de não mais precisar se deslocar ao aparelho para ligá-lo e não se preocupou com as interferências ambientais que estes proporcionariam. </p> <p align="left">A situação desesperadora que vivemos atualmente por causa do aquecimento global precisa de mudanças e estas comprometem hábitos e rotinas de todo ser humano. Mas, o que os eletrônicos em modo standby têm a ver com o aquecimento global? </p> <p align="center"><img alt="" src="http://www.brasilescola.com/upload/e/aqglobal.jpg" width="300" height="200" /></p> <p>É simples. Os equipamentos que permanecem em standby, em estado de espera, são responsáveis por 15% do consumo de energia doméstica e quanto mais alto o consumo elétrico, mais necessidade de produção de energia. A energia elétrica pode ser produzida por hidrelétricas, usinas nucleares, termoelétricas e usinas eólicas. </p> <p>As usinas hidrelétricas provocam alagamento em diferentes ecossistemas destruindo florestas, lagos e animais aquáticos. As usinas nucleares liberam poluentes na atmosfera e radiação que podem demorar séculos para se dissiparem. As usinas termoelétricas convertem poluentes em energia e são responsáveis pelo efeito estufa, aquecimento global e chuvas ácidas. As usinas eólicas provocam poluição sonora, a morte de espécies de pássaros e a interferência em transmissões de rádio e televisores. </p> <p>Como podemos perceber, qualquer tipo de gerador de energia prejudica de alguma forma o sistema terrestre e contribui para a aceleração do aquecimento global. Os eletrônicos, por causa da energia que consomem, participam da destruição terrestre e há necessidade de que tais aparelhos tenham sua utilização diminuída ou até mesmo extinta, para que o processo de destruição da natureza seja desacelerado.</p><a href="http://www.brasilescola.com/geografia/standby-x-aquecimento-global.htm"><span style="text-decoration: underline;">fonte</span></a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7937925915089441886.post-80205776475103102642008-07-27T07:12:00.000-07:002008-07-27T07:15:08.565-07:00Energia eólica: fonte de energia limpa para combater o aquecimento global<div style="text-align: left;"><span style="font-size: 12pt;"> Energia eólica é aquela gerada pelo vento. Desde a antiguidade este tipo de energia é utilizado pelo homem, principalmente nas embarcações e moinhos. Atualmente, a energia eólica, embora pouco utilizada, é considerada uma importante fonte de energia por se tratar de uma fonte limpa (não gera poluição e não agride o meio ambiente). </span></div><p style="margin-left: 150px; margin-right: 150px;" align="justify"> </p><div style="text-align: left;"><span style="font-size: 12pt;"> Grandes turbinas (aerogeradores), em formato de cata-vento, são colocadas em locais abertos e com boa quantidade de vento. Através de um gerador, o movimento destas turbinas gera energia elétrica. </span></div><p style="margin-left: 150px; margin-right: 150px;" align="justify"> </p><div style="text-align: left;"><span style="font-size: 12pt;"> Atualmente, apenas 1% da energia gerada no mundo provém deste tipo de fonte. Porém, o potencial para exploração é grande.<br /><br /><a href="http://www.suapesquisa.com/o_que_e/energia_eolica.htm">fonte</a><br /></span></div><p style="margin-left: 150px; margin-right: 150px;" align="justify"> </p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7937925915089441886.post-57413921554483084462008-07-27T07:10:00.000-07:002008-07-27T07:17:36.243-07:00Soluções para o Aquecimento Global<ul style="font-family:arial;"><li><p style="line-height: 150%; margin-left: 40px; margin-right: 40px;" align="justify"><span style=";font-size:12;color:black;" lang="PT">Diminuir o uso de <a href="http://www.suapesquisa.com/o_que_e/combustiveis_fosseis.htm">combustíveis fósseis</a> (gasolina, diesel, querosene) e aumentar o uso de <a href="http://www.suapesquisa.com/o_que_e/biocombustiveis.htm"> biocombustíveis</a> (exemplo: <a href="http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/biodiesel.htm">biodíesel</a>) e etanol.</span> </p></li><li> <p style="line-height: 150%; margin-left: 40px; margin-right: 40px;" align="justify"><span style=";font-size:12;color:black;" lang="PT">Os automóveis devem ser regulados constantemente para evitar a queima de combustíveis de forma desregulada. O uso obrigatório de catalisador em escapamentos de automóveis, motos e caminhões.</span> </p></li><li> <p style="line-height: 150%; margin-left: 40px; margin-right: 40px;" align="justify"><span style=";font-size:12;color:black;" lang="PT">Instalação de sistemas de controle de emissão de gases poluentes nas indústrias.</span> </p></li><li> <p style="line-height: 150%; margin-left: 40px; margin-right: 40px;" align="justify"><span style=";font-size:12;color:black;" lang="PT">Ampliar a geração de energia através de fontes limpas e renováveis: hidrelétrica, eólica, <a href="http://www.suapesquisa.com/o_que_e/energia_solar.htm">solar</a>, nuclear e maremotriz. Evitar ao máximo a geração de energia através de termoelétricas, que usam combustíveis fósseis.</span> </p></li><li> <p style="line-height: 150%; margin-left: 40px; margin-right: 40px;" align="justify"><span style=";font-size:12;color:black;" lang="PT">Sempre que possível, deixar o carro em casa e usar o sistema de transporte coletivo (ônibus, metrô, trens) ou bicicleta.</span> </p></li><li> <p style="line-height: 150%; margin-left: 40px; margin-right: 40px;" align="justify"><span style=";font-size:12;color:black;" lang="PT">Colaborar para o sistema de coleta seletiva de lixo e de reciclagem.</span> </p></li><li> <p style="line-height: 150%; margin-left: 40px; margin-right: 40px;" align="justify"><span style=";font-size:12;color:black;" lang="PT">Recuperação do gás metano nos <a href="http://www.suapesquisa.com/o_que_e/aterro_sanitario.htm">aterros sanitários</a>.</span> </p></li><li> <p style="line-height: 150%; margin-left: 40px; margin-right: 40px;" align="justify"><span style=";font-size:12;color:black;" lang="PT">Usar ao máximo a iluminação natural dentro dos ambientes domésticos.</span> </p></li><li> <p style="line-height: 150%; margin-left: 40px; margin-right: 40px;" align="justify"><span style=";font-size:12;color:black;" lang="PT">Não praticar <a href="http://www.suapesquisa.com/desmatamento">desmatamento</a> e queimadas em florestas. Pelo contrário, deve-se efetuar o plantio de mais árvores como forma de diminuir o <a href="http://www.suapesquisa.com/geografia/aquecimento_global.htm">aquecimento global</a>.</span> </p></li><li> <p style="line-height: 150%; margin-left: 40px; margin-right: 40px;" align="justify"><span style=";font-size:12;color:black;" lang="PT">Uso de técnicas limpas e avançadas na agricultura para evitar a emissão de carbono.</span> </p></li><li> <p style="line-height: 150%; margin-left: 40px; margin-right: 40px;" align="justify"><span style=";font-size:12;color:black;" lang="PT">Construção de prédios com implantação de sistemas que visem economizar energia (uso da energia solar para aquecimento da água e refrigeração).</span> </p></li></ul>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7937925915089441886.post-23751837776532090352008-07-27T06:33:00.000-07:002008-07-27T06:34:21.759-07:00Impactos do Aquecimento Global na agricultura brasileira<p>Analisando os impactos na agricultura temos como primeira conseqüência é o aumento nas taxas evapotranspirativas, promovendo maior consumo de água das plantas, como segunda a redução do ciclo das culturas, tornando-as mais eficientes em termos de assimilação e transformação energética, porém mais sensíveis à deficiência hídrica.</p> <p>Analisando o caso da soja, segundo o estudo feito, há uma redução média de 60% na área favorável para o cultivo de soja, onde a região sul seria a mais afetada, com forte redução de produção.</p> <p>Analisando várias culturas, percebemos um maior impacto relativo ao aumento de temperatura para a soja. O aumento na temperatura reduziria o risco de geada, porém aumentaria os riscos de abortamento de flores. Para o caso do café Considerando um aumento de 1,0 C, e a redução das áreas cultivadas com café nos estados de Minas Gerais, Paraná e São Paulo o impacto econômico previsto é estimado em US$ 375 milhões por ano, equivalente à redução de 4 milhões de saca de café/ano.<sup id="cite_ref-68" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-68" title="">[69]</a></sup></p><p><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global">fonte</a><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7937925915089441886.post-52055466326253855382008-07-27T06:31:00.000-07:002008-07-27T06:32:15.002-07:00Aquecimento global e possíveis impactos na AmazôniaAnalisando quantitativamente as prováveis alterações e redistribuições dos grandes biomas brasileiros em resposta a cenários de mudanças climáticas projetadas por seis diferentes modelos climáticos globais avaliados pelo IPCC para o final do Século XXI, temos resultados diferentes para cada projeção de modelo climático, resultado das projeções convergirem para o estudo do aumento da temperatura. Com uma media das projeções, obtemos um aumento da áreas de savana na América do sul tropical, dentre esses modelos alguns indicam diminuição das chuvas na Amazônia, outros não indicam alteração, enquanto um deles chega projetar aumento das chuvas. Alguns estudos sobre resposta das espécies da flora e da fauna Amazônica e do Cerrado indicam que para um aumento de 2 a 3 C na temperatura média até 25% das árvores do cerrado e até cerca de 40% de árvores da Amazônia poderiam desaparecer até o final deste Século<br /><br /><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global">fonte</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7937925915089441886.post-87815995560902515372008-07-27T06:29:00.000-07:002008-07-27T06:31:27.374-07:00A disputa pelas causas do aquecimento global<p>A teoria do efeito estufa é um assunto estritamente científico que trata do aquecimento adicional dos ambientes planetários que possuem alguma atmosfera ou simplesmente das estufas de vidro para a criação de plantas. Sobre este assunto não há qualquer controvérsia. A controvérsia, que se tornou mais política do que científica, advém das causas do aquecimento global acelerado (do último século e meio) que a maioria dos pesquisadores imputa às emissões de gases estufa na atmosfera devido a ações humanas. Um grupo menor de cientistas, embora concorde que está ocorrendo de fato o aquecimento global, afirma que as causas principais são de ordem natural, principalmente astronômica, isto é, o aumento da radiação solar por causas não completamente conhecidas.</p> <p>A disputa a nível político e público tem sobretudo que ver com saber se algo pode e deve ser feito, e sobre que acções seriam efectivas em termos de custo/benefício, para tentar reduzir ou reverter o aquecimento futuro, ou para lidar com as suas esperadas consequências.</p> <p><a name="A_opini.C3.A3o_dos_que_acreditam_nas_causas_antropog.C3.AAnicas" id="A_opini.C3.A3o_dos_que_acreditam_nas_causas_antropog.C3.AAnicas"></a></p> <h4><span class="mw-headline">A opinião dos que acreditam nas causas antropogênicas</span></h4> <p>O <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/IPCC" class="mw-redirect" title="IPCC">IPCC</a> (Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas, estabelecido pelas <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas" class="mw-redirect" title="Nações Unidas">Nações Unidas</a> e pela <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Meteorol%C3%B3gica_Mundial" title="Organização Meteorológica Mundial">Organização Meteorológica Mundial</a> em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1988" title="1988">1988</a>) no seu relatório mais recente<sup id="cite_ref-66" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-66" title="">[67]</a></sup> diz que a maioria do aquecimento observado durante os últimos 50 anos se deve <i>muito provavelmente</i> a um aumento do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_de_estufa" class="mw-redirect" title="Efeito de estufa">efeito de estufa</a>, havendo <i>evidência forte</i> de que <i>a maioria</i> do aquecimento seja devido a atividades humanas (incluindo, para além do aumento de gases de estufa, outras alterações como, por exemplo, as devidas a um maior uso de águas subterrâneas e de solo para a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura" title="Agricultura">agricultura</a> industrial e a um maior consumo energético e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o" title="Poluição">poluição</a>).</p> <p>O aquecimento global somente entrou na pauta política nos <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1980" title="Década de 1980">anos 1980</a>, que culminou com a conferência internacional conhecida por <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_92" class="mw-redirect" title="Rio 92">Rio 92</a>, realizada no <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro_%28cidade%29" title="Rio de Janeiro (cidade)">Rio de Janeiro</a> em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1992" title="1992">1992</a>. Nesta conferência foi adotada a Convenção-Quadro das <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas" class="mw-redirect" title="Nações Unidas">Nações Unidas</a> sobre a Mudança do Clima. "Ao estabelecer um processo permanente de revisão, discussão e troca de informações, a Convenção possibilita a adoção de compromissos adicionais em resposta a mudanças no conhecimento científico e disposições políticas. A primeira revisão da Convenção ocorreu em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1995" title="1995">1995</a>, em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Berlim" title="Berlim">Berlim</a>. Nesta ocasião as partes concordaram que a decisão de que os países desenvolvidos voltariam aos níveis de emissão de CO2 de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1990" title="1990">1990</a> até o ano de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/2000" title="2000">2000</a> era inadequada. Após várias rodadas de discussões foi realizada a reunião de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Quioto_%28cidade%29" title="Quioto (cidade)">Quioto</a>, no <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jap%C3%A3o" title="Japão">Japão</a>, com a presença de cerca de 10.000 delegados. A decisão de consenso foi adotar um Protocolo segundo o qual os países industrializados reduziriam suas emissões combinadas de gases de efeito estufa em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990 até o período entre <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/2008" title="2008">2008</a> e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/2012" title="2012">2012</a>. O <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quioto" title="Protocolo de Quioto">Protocolo de Quioto</a>, como ficou conhecido, foi ratificado por mais de 60% dos países emissores (ratificação da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%BAssia" title="Rússia">Rússia</a>, responsável por 17% das emissões, em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/2004" title="2004">2004</a>), passando então a ter validade.</p> <p>Os sinais evidentes do aquecimento global já podem ser sentidos em todas as regiões do mundo, com verões cada vez mais quentes e invernos cada vez mais curtos e menos frios. O efeito estufa ocasiona ainda o derretimento do gelo principalmente das <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Geleira" title="Geleira">geleiras</a> continentais, o afinamento da espessura das placas e gelo no <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Mar_%C3%81rtico" class="mw-redirect" title="Mar Ártico">mar Ártico</a> e mesmo o desaparecimento da camada do gelo que cobria este oceano mesmo no verão do hemisfério norte. As mudanças climáticas se expressam, também, pelo aumento dos desastres naturais tais como as grandes inundações, secas de longa duração, tufões em maior quantidade e intensidade, aparecendo, com mais freqüência, em regiões extra-tropicais, recrudescimento do fenômeno "<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/El_Ni%C3%B1o" title="El Niño">El Niño</a>" com suas más conseqüências para o clima e para a economia das regiões pesqueiras de todo o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_pacifico" class="mw-redirect" title="Oceano pacifico">oceano pacifico</a>.</p> <p><a name="As_opini.C3.B5es_discordantes" id="As_opini.C3.B5es_discordantes"></a></p> <h2><span class="mw-headline">As opiniões discordantes</span></h2> <p>Nos dias atuais, o debate da comunidade científica não é se a Terra está em processo de aquecimento ou não. Todos os cientistas, de um lado e do outro do muro, concordam que sim. O que se discute são as causas do aquecimento e as medidas preventivas para melhorar o futuro da humanidade.</p> <p>A "opinião da moda", é que o aumento das emissões dos gases que provocam o efeito-estufa são os vilões da história, ao passo que os defensores do modelo heliogênico afirmam, entretanto que o aquecimento global estaria ocorrendo por causa natural, qual seja, o aumento da atividade magnética do sol.</p> <p>A reação dos cientistas que discordam do modelo antropogênico do aquecimento global é baseada no seu direito de discordar a respeito de conclusões que carregam alto grau de incerteza, mas que são apresentadas como se fossem verdades incontestáveis pela mídia e pelos movimentos ambientalistas, fazendo com que a afirmação mais politicamente incorreta a ser feita é a conclusão de inúmeros estudos e análise de coleta de dados feita por diversos cientistas: a de que o aquecimento global não é um problema, ou se é, é um evento completamente natural na Terra, como os outros inúmeros processos de alteração de temperatura que já ocorreram durante a história do planeta. Muitos desses cientistas compõe ou compuseram o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/IPCC" class="mw-redirect" title="IPCC">IPCC</a> (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), órgão da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/ONU" class="mw-redirect" title="ONU">ONU</a> destinado a estudar as mudanças climáticas no planeta. Vários deles, inclusive, discordaram veementemente das conclusões, mas acabaram tendo seus nomes incluídos nos relatórios finais do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/IPCC" class="mw-redirect" title="IPCC">IPCC</a>. Um exemplo é o Professor <a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Paul_Reiter&action=edit&redlink=1" class="new" title="Paul Reiter (ainda não escrito)">Paul Reiter</a>, chefe do departamento de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Entomologia" title="Entomologia">Entomologia</a> <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9dica" class="mw-redirect" title="Médica">Médica</a> do <a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Instituto_Louis_Pasteur&action=edit&redlink=1" class="new" title="Instituto Louis Pasteur (ainda não escrito)">Instituto Louis Pasteur</a>, de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Paris" title="Paris">Paris</a>.</p> <p>Casos de omissões e de má divulgação de dados - como o ocorrido no caso de <a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Paul_Reiter&action=edit&redlink=1" class="new" title="Paul Reiter (ainda não escrito)">Paul Reiter</a> - foram denunciados pelo documentário <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Great_Global_Warming_Swindle" title="The Great Global Warming Swindle">The Great Global Warming Swindle (A Grande Farsa do Aquecimento Global</a>), exibido pelo <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Channel_4" title="Channel 4">Channel 4</a> da televisão britânica.</p><p><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global">fonte</a><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7937925915089441886.post-5127388375520430012008-07-27T06:28:00.000-07:002008-07-27T06:29:33.413-07:00Curiosidades sobre Aquecimento Global<ul><li>1,1 a 6,5 °C. De acordo com estimativas feitas pelo painel intergovernamental de mudança climática, em 2007, essa é a faixa de elevação que pode sofrer a <a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Temperatura_m%C3%A9dia_global&action=edit&redlink=1" class="new" title="Temperatura média global (ainda não escrito)">temperatura média global</a> até o final deste século. (A previsão anterior era de 1,6 a 5,8 °C, o que implica um aumento de incerteza quanto a esta previsão.)</li><li>2.000 quilômetros quadrados. Todo ano, áreas desse tamanho se transformam em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Deserto" title="Deserto">deserto</a> devido à falta de chuvas.</li><li>40% das árvores da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Amaz%C3%B4nia" title="Amazônia">Amazônia</a> podem desaparecer antes do final do século, caso a temperatura suba de 2 a 3 graus.</li><li>2.000 metros. Foi o comprimento que a geleira Gangotri (que tem agora 25 km), no <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Himalaia" title="Himalaia">Himalaia</a>, perdeu em 150 anos. E o ritmo está acelerando.</li><li>750 bilhões de toneladas. É o total de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/CO2" class="mw-redirect" title="CO2">CO<sub>2</sub></a> na atmosfera hoje.</li><li>2050. Cientistas calculam que, quando chegarmos a esse ano, milhões de pessoas que vivem em deltas de rios serão removidas, caso seja mantido o ritmo atual de aquecimento.</li><li>a calota polar irá desaparecer por completo dentro de 100 anos, de acordo com estudos publicados pela National Sachetimes de Nova Iorque em julho de 2005, isso irá provocar o fim das correntes marítimas no oceano atlântico, o que fará que o clima fique mais frio, é a grande contradição de aquecendo esfria.</li><li>o clima ficará mais frio apenas no hemisfério norte, quanto ao resto do mundo a temperatura média subirá e os padrões de secas e chuvas serão alterados em todo o planeta.</li><li>o aquecimento da terra e também outros danos ao ambiente estão fazendo com que a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sele%C3%A7%C3%A3o_natural" title="Seleção natural">seleção natural</a> vá num ritmo 50 vezes mais rápido do que o registrado há 100 anos.</li><li>de 9 a 58% das espécies em terra e no mar vão ser extintas nas próximas décadas, segundo diferentes hipóteses.</li></ul><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global">fonte</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7937925915089441886.post-69112906395926221102008-07-27T06:27:00.000-07:002008-07-27T06:28:26.366-07:00Adaptação e mitigação frente ao Aquecimento Global<p>O amplo consenso entre os cientistas do clima de que as temperaturas globais continuarão a aumentar tem levado nações, estados, empresas e cidadãos a implementar ações para tentar reduzir o aquecimento global ou ajustar-se a ele. Muitos grupos ambientais encorajam ações individuais contra o aquecimento global, freqüentemente por parte dos consumidores, mas também através de organizações comunitárias e regionais. Outros têm sugerido o estabelecimento de um limite máximo para a produção de combustíveis fósseis, citando uma relação direta entre a produção de combustíveis fósseis e as emissões de CO<sub>2</sub> .<sup id="cite_ref-54" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-54" title="">[55]</a></sup><sup id="cite_ref-55" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-55" title="">[56]</a></sup></p> <p>Também têm ocorrido ações de negócios sobre a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Mudan%C3%A7a_clim%C3%A1tica" class="mw-redirect" title="Mudança climática">mudança climática</a>, incluindo esforços no aumento da eficiência energética e uso de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_alternativa" class="mw-redirect" title="Energia alternativa">fontes alternativas</a>. Uma importante inovação tem sido o desenvolvimento de um <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio_internacional_de_emiss%C3%B5es" title="Comércio internacional de emissões">comércio de emissões dos gases do efeito estufa</a> através do qual empresas, em conjunto com os governos, concordam em limitar suas emissões ou comprar créditos daqueles que emitiram menos do que as suas quotas.</p> <p>O principal acordo mundial para combater o aquecimento global é o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quioto" title="Protocolo de Quioto">Protocolo de Quioto</a>, uma emenda à <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/CQNUMC" class="mw-redirect" title="CQNUMC">Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima</a> (CQNUMC) , negociado em 1997. O protocolo abrange mais de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_dos_pa%C3%ADses_membros_do_Protocolo_de_Quioto" class="mw-redirect" title="Lista dos países membros do Protocolo de Quioto">160 países</a> e mais de 55% das emissões de gases do efeito estufa.<sup id="cite_ref-56" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-56" title="">[57]</a></sup> Apenas os Estados Unidos, historicamente o maior emissor de gases do efeito estufa do mundo, e o Cazaquistão recusaram-se a ratificar o tratado. A China e a Índia, dois outros grande emissores, ratificaram o tratado, mas como países em desenvolvimento, estão isentos de algumas cláusulas. Segundo alguns estudos a China poderá ter já ultrapassado os Estados Unidos como maior emissor de gases de efeito estufa. O líder chinês <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Wen_Jiabao" title="Wen Jiabao">Wen Jiabao</a> exortou a nação a redobrar os seus esforços no combate à <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o" title="Poluição">poluição</a> e ao aquecimento global.<sup id="cite_ref-57" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-57" title="">[58]</a></sup> Este tratado expira em 2012, e debates internacionais iniciaram-se em maio de 2007 sobre um novo tratado para suceder ao vigente.<sup id="cite_ref-58" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-58" title="">[59]</a></sup></p> <p>O aumento das descobertas científicas sobre o aquecimento global tem resultado em debates políticos e econômicos. Regiões pobres, em particular a África, têm grandes chances de sofrerem a maior parte dos efeitos do aquecimento global, enquanto suas emissões são desprezíveis em relação às emissões dos países desenvolvidos<sup id="cite_ref-59" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-59" title="">[60]</a></sup>. Ao mesmo tempo, isenções de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADs_em_desenvolvimento" class="mw-redirect" title="País em desenvolvimento">países em desenvolvimento</a> de algumas cláusulas do Protocolo de Kyoto têm sido criticadas pelos Estados Unidos e estão sendo usadas como sua justificativa para não ratificar o protocolo<sup id="cite_ref-60" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-60" title="">[61]</a></sup>. No ocidente, a idéia da influência humana no clima e os esforços para combatê-lo ganharam maior aceitação na Europa que nos Estados Unidos.<sup id="cite_ref-61" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-61" title="">[62]</a></sup> <sup id="cite_ref-62" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-62" title="">[63]</a></sup> Empresas de combustíveis fosséis como a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/ExxonMobil" title="ExxonMobil">ExxonMobil</a> lançaram campanhas para tentar diminuir a importância dos riscos das mudanças climáticas, enquanto grupos ambientais fazem o contrário, evidenciando a divisão entre os que defendem a teoria antropocêntrica e os que defendem a teoria natural.<sup id="cite_ref-63" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-63" title="">[64]</a></sup> <sup id="cite_ref-64" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-64" title="">[65]</a></sup> Este problema acendeu debates nos Estados Unidos sobre os benefícios em limitar as emissões industriais de gases do efeito estufa para reduzir os impactos no clima versus os efeitos que isso causaria na atividade econômica. Há também discussões em diversos países sobre o custo de adotar fontes de energia alternativas e mais limpas para reduzir as emissões. Outro ponto do debate é o grau com que <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADses_recentemente_industrializados" title="Países recentemente industrializados">países recém-industrializados</a>, como China e Índia, deveriam ter o privilégio de aumentar suas emissões industriais, especialmente a China, uma vez que se espera que ela ultrapasse os Estados Unidos na emissão de gases do efeito estufa até 2010.<sup id="cite_ref-65" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-65" title="">[66]</a></sup></p><p><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global">fonte</a><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7937925915089441886.post-25750600947247877452008-07-27T06:25:00.000-07:002008-07-27T06:26:56.597-07:00Conseqüências do Aquecimento Global<p>Devido aos efeitos potenciais sobre a saúde humana, economia e meio ambiente o aquecimento global tem sido fonte de grande preocupação. Importantes mudanças ambientais têm sido observadas e foram ligadas ao aquecimento global. Os exemplos de evidências secundárias citadas abaixo (diminuição da cobertura de gelo, aumento do nível do mar, mudanças dos padrões climáticos) são exemplos das conseqüências do aquecimento global que podem influenciar não somente as atividades humanas mas também os ecossistemas. Aumento da temperatura global permite que um ecossistema mude; algumas espécies podem ser forçadas a sair dos seus <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/H%C3%A1bitat" class="mw-redirect" title="Hábitat">hábitats</a> (possibilidade de extinção) devido a mudanças nas condições enquanto outras podem espalhar-se, invadindo outros ecossistemas.</p> <p>Entretanto, o aquecimento global também pode ter efeitos positivos, uma vez que aumentos de temperaturas e aumento de concentrações de CO2 podem aprimorar a produtividade do ecossistema. Observações de satélites mostram que a produtividade do hemisfério Norte aumentou desde 1982. Por outro lado é fato de que o total da quantidade de biomassa produzida não é necessariamente muito boa, uma vez que a biodiversidade pode no silêncio diminuir ainda mais um pequeno número de espécies que esteja florescendo.</p> <p>O aquecimento da superfície favorecerá um aumento da evaporação nos oceanos o que fará com que haja na atmosfera mais vapor de água (o gás de estufa mais importante, sobretudo porque existe em grande quantidade na nossa atmosfera). Isso poderá fazer com que aumente cada vez mais o efeito de estufa e com que o aquecimento da superfície seja reforçado. Podemos, nesse caso, esperar um aquecimento médio de 4 a 6°C na superfície. Mas mais umidade (vapor de água) no ar pode também significar uma presença de mais nuvens na atmosfera o que se pensa que, em média, poderá causar um efeito de arrefecimento.</p> <p>As nuvens têm de fato um papel importante no equilíbrio energético porque controlam a energia que entra e que sai do sistema. Podem arrefecer a Terra, ao refletirem a luz solar para o espaço, e podem aquecê-la por absorção da radiação infravermelha radiada pela superfície, de um modo análogo ao dos gases associados ao «efeito de estufa». O efeito dominante depende de muitos fatores, nomeadamente da altitude e do tamanho das nuvens e das suas gotículas.</p> <p>Por outro lado, o aumento da evaporação poderá provocar pesados aguaceiros e mais erosão. Muitas pessoas pensam que isto poderá causar resultados mais extremos no clima, com um progressivo aquecimento global.</p> <p>O aquecimento global também pode apresentar efeitos menos óbvios. A Corrente do Atlântico Norte, por exemplo, é provocada por diferenças de temperatura entre os mares. E aparentemente ela está diminuindo à medida que a temperatura média global aumenta. Isso significa que áreas como a Escandinávia e a Inglaterra que são aquecidas pela corrente poderão apresentar climas mais frios a respeito do aumento do aquecimento global.</p> <p>O aumento no número de mortos, desabrigados e perdas econômicas previstas devido ao clima severo atribuído ao aquecimento global pode ser piorado pelas densidades crescentes de população em áreas afetadas, apesar de ser previsto que as regiões temperadas tenham alguns benefícios menores, tais como poucas mortes devido à exposição ao frio. Um sumário dos prováveis efeitos e conhecimentos atuais pode ser encontrado no relatório feito para o “Terceiro Relatório de Balanço do IPCC” pelo Grupo de Trabalho 2. Já o resumo do mais recente, “Quarto Relatório de Balanço do IPCC”, informa que há evidências observáveis de um aumento no número de ciclones tropicais no <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_Atl%C3%A2ntico" title="Oceano Atlântico">Atlântico Norte</a> desde por volta de 1970, em relação com o aumento da temperatura da superfície do mar, mas que a detecção de tendências a longo prazo é difícil pela qualidade dos registros antes das observaçõe rotineiras dos satélites. O resumo também diz que não há uma tendência clara do número de ciclones tropicais no mundo.<sup id="cite_ref-52" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-52" title="">[53]</a></sup></p> <p>Efeitos adicionais antecipados incluem aumento do nível do mar de 110 a 770 milímetros entre 1990 e 2100, repercussões na agricultura, possível desaceleração da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Circula%C3%A7%C3%A3o_termohalina" class="mw-redirect" title="Circulação termohalina">circulação termoalina</a>, reduções na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ozonosfera" title="Ozonosfera">camada de ozônio</a>, aumento na intensidade e freqüência de furacões, baixa do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/PH" title="PH">pH</a> do oceano e propagação de doenças como <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Mal%C3%A1ria" title="Malária">malária</a> e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Dengue" title="Dengue">dengue</a>. Um estudo prevê que 18% a 35% de 1103 espécies de plantas e animais serão <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Extin%C3%A7%C3%A3o" title="Extinção">extintas</a> até 2050, baseado nas projeções do clima no futuro.<sup id="cite_ref-53" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-53" title="">[54]</a></sup></p> <p><a name="aumento_do_n.C3.ADvel_m.C3.A9dio_das_.C3.A1guas_do_mar" id="aumento_do_n.C3.ADvel_m.C3.A9dio_das_.C3.A1guas_do_mar"></a></p> <h3><span class="mw-headline">aumento do nível médio das águas do mar</span></h3> <div class="thumb tright"> <div class="thumbinner" style="width: 252px;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Recent_Sea_Level_Rise.png" class="image" title="Nível dos Oceanos"><img alt="Nível dos Oceanos" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/0f/Recent_Sea_Level_Rise.png/250px-Recent_Sea_Level_Rise.png" class="thumbimage" border="0" width="250" height="174" /></a> <div class="thumbcaption"> <div class="magnify"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Recent_Sea_Level_Rise.png" class="internal" title="Ampliar"><br /></a></div> Nível dos Oceanos</div> </div> </div> <p>Uma outra causa de grande preocupação é o aumento do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%ADvel_m%C3%A9dio_das_%C3%A1guas_do_mar" title="Nível médio das águas do mar">nível médio das águas do mar</a>. O nível dos mares está aumentando em 0.01 a 0.025 metros por década o que pode fazer com que no futuro algumas ilhas de países insulares no Oceano Pacífico fiquem debaixo de água. O aquecimento global provoca subida dos mares principalmente por causa da expansão térmica da água dos oceanos. O segundo fator mais importante é o derretimento de calotas polares e camadas de gelo sobre as montanhas, que são muito mais afetados pelas mudanças climáticas do que as camadas de gelo da Gronelândia e Antártica, que não se espera que contribuam significativamente para o aumento do nível do mar nas próximas décadas, por estarem em climas frios, com baixas taxas de precipitação e derretimento. Alguns cientistas estão preocupados que no futuro, a camada de gelo polar e os glaciares derretam significativamente. Se isso acontecesse, poderia haver um aumento do nível das águas, em muitos metros. No entanto, os cientistas não esperam um maior derretimento nos próximos 100 anos e prevê-se um aumento do nível das águas entre 14 e 43 cm até o fim deste século.(Fontes: IPCC para os dados e as publicações da grande imprensa para as percepções gerais de que as mudanças climáticas).</p> <p>Foi preciso ter em conta muitos fatores para se chegar a uma estimativa do aumento do nível do mar no passado. Mas diferentes investigadores, usando métodos diferentes, acabaram por confirmar o mesmo resultado. O cálculo que levou à conclusão não foi simples de fazer. Na Escandinávia, por exemplo, as medidas realizadas parecem indicar que o nível das águas do mar está a descer cerca de 4 milímetros por ano. No norte das Ilhas Britânicas, o nível das águas do mar está também a descer, enquanto no sul se está a elevar. Isso deve-se ao fato da <i>Fennoscandia</i> (o conjunto da Escandinávia, da Finlândia e da Dinamarca) estar ainda a subir, depois de ter sido pressionada por glaciares de grande massa durante a última era glacial <a href="http://www.csse.uwa.edu.au/%7Epaulj/publications/JQS2002.pdf" class="external autonumber" title="http://www.csse.uwa.edu.au/~paulj/publications/JQS2002.pdf" rel="nofollow">[13]</a>. Demora muito tempo a subir porque é só muito lentamente que o magma consegue fluir para debaixo dela; e esse magma tem que vir de algum lado próximo, como os Países Baixos e o sul das Ilhas Britânicas, que se estão lentamente a afundar. Em Bangkok, por causa do grande incremento na extração de água para uso doméstico, o solo está a afundar-se e os dados parecem indicar que o nível das águas do mar subiu cerca de 1 metro nos últimos 30 anos.</p><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global">fonte</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7937925915089441886.post-51549503399286018242008-07-27T06:19:00.000-07:002008-07-27T06:21:13.398-07:00História do Aquecimento Global<h3><span class="mw-headline">Desde o período atual até o início da humanidade</span></h3> <p>As temperaturas globais tanto na terra como no mar aumentaram em 0,75 °C relativamente ao período entre 1860 e 1900, de acordo com o registro instrumental de temperaturas. Esse aumento na temperatura medido não é significativamente afetado pela <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilha_de_calor" title="Ilha de calor">ilha de calor urbana</a>. Desde 1979, as temperaturas em terra aumentaram quase duas vezes mais rápido que as temperaturas no oceano (0,25 °C por década contra 0,13 °C por década). Temperaturas na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Troposfera" title="Troposfera">troposfera</a> mais baixa aumentaram entre 0,12 e 0,22 °C por década desde 1979, de acordo com medições de temperatura via satélite. Acredita-se que a temperatura tem sido relativamente estável durante os 1000 anos que antecederam 1850, com possíveis flutuações regionais como o período de calor medieval ou a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pequena_idade_do_gelo" class="mw-redirect" title="Pequena idade do gelo">pequena idade do gelo</a>.</p> <p>Baseado em estimativas do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/NASA" title="NASA">NASA</a> (Goddard Institute for Space Studies, no original), 2005 foi o ano mais quente desde que medições instrumentais confiáveis tornaram-se disponíveis no fim do século XIX, ultrapassando o recorde anterior marcado em 1998 por alguns centésimos de grau. Estimativas preparadas pela <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Meteorol%C3%B3gica_Mundial" title="Organização Meteorológica Mundial">Organização Meteorológica Mundial</a> e a Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia concluíram que 2005 foi o segundo ano mais quente, depois de 1998.</p> <p>Emissões antropogênicas de outros <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o" title="Poluição">poluentes</a> - em especial <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aerosol" class="mw-redirect" title="Aerosol">aerossóis</a> de sulfato – podem gerar um efeito refrigerativo através do aumento do reflexo da luz incidente. Isso explica em parte o resfriamento observado no meio do século XX, apesar de que o resfriamento pode ser também em parte devido à variabilidade natural.</p> <p>O paleoclimatologista William Ruddiman argumentou que a influência humana no clima global iniciou-se por volta de 8.000 anos atrás, com o início do desmatamento florestal para o plantio e 5.000 anos atrás com o início da irrigação de arroz asiática. A interpretação que Ruddiman deu ao registro histórico com respeito aos dados de metano tem sido disputado.</p> <p><a name="A_variabilidade_do_clima_da_Terra" id="A_variabilidade_do_clima_da_Terra"></a></p> <h3><span class="mw-headline">A variabilidade do clima da Terra</span></h3> <p>O planeta já sofreu, ao longo de sua existência de 4,5 bilhões de anos, processos de resfriamentos e aquecimentos extremos. Está comprovado que houve alternância de climas quentes e frios (Terra estufa - "hothouse" - e Terra geladeira - "icehouse", na linguagem dos paleoclimatologistas), sendo este um fenômeno corrente na história do planeta. Atualmente o planeta está na situação de geladeira.</p> <p>O último episódio de resfriamento ou glaciação, iniciado no <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pleistoceno" title="Pleistoceno">Pleistoceno</a> - 1,8 milhões de anos antes do presente- teve seu ápice há cerca de 18.000 anos, quando, então, começou o processo de aquecimento, que continua nos dias de hoje. No entanto, o aquecimento não se dá sobre uma curva contínua. Neste espaço de tempo de 18.000 anos houve épocas de aquecimento e resfriamento, causando variações às vezes bruscas de temperaturas em períodos variáveis, mas que podiam ser de décadas ou menos, de vários graus <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Celsius" class="mw-redirect" title="Celsius">Celsius</a>. A comprovação destes fatos é fornecida pela análise de testemunhos de sondagens, de centenas de metros, obtidos no <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rtico" title="Ártico">Ártico</a> e na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%A1rtida" class="mw-redirect" title="Antártida">Antártida</a>, através da análise da composição isotópica do oxigênio encontrado nas bolhas de ar presas no gelo.</p> <p>Durante os últimos 500 milhões de anos, a Terra passou por quatro episódios extremamente quentes ("hothouse episodes"), sem gelo e com níveis elevados dos oceanos, e quatro episódios extremamente frios("icehouse episodes"), como o que vivemos actualmente, com camadas de gelo, glaciares e níveis de água relativamente baixos nos oceanos. Pensa-se que esta variação de mais longo termo se deve a variações no influxo de radiação recebida devidas à viagem do nosso sistema solar através da galáxia, correspondendo os episódios mais frios a encontros com os braços espirais mais brilhantes, onde a radiação é mais intensa. Os episódios frios mais frequentes, cada 34 milhões de anos, mais ou menos, ocorrem provavelmente quando o sistema solar passa através do plano médio da galáxia. Os episódios extremamente frios de há 700 e 2300 milhões de anos, em que até no equador havia gelo, correspondem a períodos em que havia uma taxa de nascimentos de estrelas na nossa galáxia anormalmente alta, implicando um grande número de explosões de estrelas e uma radiação cósmica muito intensa.</p> <p>O carbono-14 radioactivo e outros átomos raros produzidos na atmosfera pelas partículas cósmicas fornecem um registo de como as suas intensidades variaram no passado e explicam a alternância entre períodos frios e quentes durante os últimos 12000 anos. Sempre que o Sol era fraco e a radiação cósmica forte, seguiram-se condições frias, como a mais recente, na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pequena_idade_do_gelo" class="mw-redirect" title="Pequena idade do gelo">Pequena Idade do Gelo</a> de há 300 anos. Considerando escalas de tempo mais longas, encontra-se uma explicação credível para as variações de maior amplitude do clima da Terra <sup id="cite_ref-46" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-46" title="">[47]</a></sup>.</p><p><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global">fonte</a><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7937925915089441886.post-32507571537665405312008-07-27T06:17:00.000-07:002008-07-27T06:19:03.219-07:00Origem da Terminologia "Aquecimento Global"O termo "aquecimento global" é um exemplo específico de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Mudan%C3%A7a_do_clima" title="Mudança do clima">mudança climática</a> à escala global. O termo "mudança climática" também pode se referir ao <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Esfriamento_global" title="Esfriamento global">esfriamento global</a>. No uso comum, o termo se refere ao aquecimento ocorrido nas décadas recentes e subentende-se uma influência humana.<sup id="cite_ref-9" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-9" title="">[10]</a></sup> A <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/CQNUMC" class="mw-redirect" title="CQNUMC">Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudança do Clima</a> (UNFCCC) usa o termo "mudança climática" para mudanças causadas pelo Homem, e "variabilidade climática" para outras mudanças.<sup id="cite_ref-10" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-10" title="">[11]</a></sup> O termo "alteração climática antropogênica" é por vezes usado quando se fala em mudanças causadas pelo Homem.<br /><br /><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global">fonte</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7937925915089441886.post-81772559176278344362008-07-27T06:12:00.000-07:002008-07-27T06:16:16.564-07:00Possíveis causas do Aquecimento Global<p>O <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_estufa" title="Efeito estufa">efeito estufa</a> foi descoberto por <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_Fourier" class="mw-redirect" title="Joseph Fourier">Joseph Fourier</a> em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1824" title="1824">1824</a> e investigado quantitativamente pela primeira vez por <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Svante_Arrhenius" title="Svante Arrhenius">Svante Arrhenius</a> em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1896" title="1896">1896</a>. Consiste no processo de absorção e emissão de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_infravermelha" title="Radiação infravermelha">radiação infravermelha</a> pelos gases atmosféricos de um planeta, resultando no aquecimento de sua superfície e atmosfera. Os gases estufa criam um efeito estufa natural, sem o qual a temperatura média da Terra seria cerca de 30°C mais baixa, tornando-a inabitável para a vida como a conhecemos<sup id="cite_ref-30" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-30" title="">[31]</a></sup>. Portanto, os cientistas não “acreditam” ou “se opõem” ao efeito estufa; o debate consiste na discussão de quais gases contribuem para este efeito, através de mecanismos de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Retroalimenta%C3%A7%C3%A3o" title="Retroalimentação">retroalimentação</a> positiva ou negativa. Na Terra, os gases que mais contribuem para o efeito estufa são o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Vapor_de_%C3%A1gua" title="Vapor de água">vapor de água</a>, que causa de 36 a 70% do efeito natural (não incluindo nuvens); O <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%B3xido_de_carbono" title="Dióxido de carbono">dióxido de carbono</a> (CO<sub>2</sub>), que causa de 9 a 26%; o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Metano" title="Metano">metano</a> (CH<sub>4</sub>), causando entre 4 e 9%; e o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Oz%C3%B4nio" title="Ozônio">ozônio</a>, que causa entre 3 e 7%.<sup id="cite_ref-31" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-31" title="">[32]</a></sup><sup id="cite_ref-32" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-32" title="">[33]</a></sup> A questão que se coloca é saber como a intensidade do efeito estufa varia quando a atividade humana aumenta as concentrações atmosféricas de alguns gases de efeito estufa.</p> <p>As concentrações atmosféricas de CO<sub>2</sub> e CH<sub>4</sub> aumentaram em 31% e 149%, respectivamente, acima dos níveis pré-industriais, desde <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1750" title="1750">1750</a>. Estes níveis são consideravelmente mais altos do que em qualquer período nos últimos 650.000 anos, o período em que é possível extrair informações confiáveis dos <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Testemunho_de_gelo" title="Testemunho de gelo">testemunhos de gelo</a>.<sup id="cite_ref-33" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-33" title="">[34]</a></sup> Utilizando-se de evidências geológicas menos diretas, acredita-se que níveis tão altos de CO<sub>2</sub> só estiveram presentes na atmosfera há 20 milhões de anos.<sup id="cite_ref-34" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-34" title="">[35]</a></sup></p> <p>Aproximadamente três quartos das emissões antropogênicas de CO<sub>2</sub> para a atmosfera durante os últimos 20 anos são devidas à queima de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Combust%C3%ADveis_f%C3%B3sseis" class="mw-redirect" title="Combustíveis fósseis">combustíveis fósseis</a>. O resto das emissões são devidas predominantemente às mudanças no uso da terra, especialmente o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Desmatamento" class="mw-redirect" title="Desmatamento">desmatamento</a>.<sup id="cite_ref-35" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-35" title="">[36]</a></sup> A atual concentração de gás carbônico na atmosfera é de aproximadamente 383 partes por milhão (ppm) em volume.<sup id="cite_ref-36" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-36" title="">[37]</a></sup> Os níveis futuros de CO<sub>2</sub> devem ser ainda maiores devido à ocorrência contínua dos motivos mencionados anteriormente. A taxa de aumento irá depender de fatores econômicos, sociológicos, tecnológicos e naturais incertos, mas está limitada, em última análise, pela disponibilidade total de combustíveis fósseis. O “Relatório Especial de Cenários de Emissão” (Special Report on Emissions Scenarios, originalmente), do IPCC, prevê vários cenários futuros possíveis para a concentração de CO<sub>2</sub>, variando entre 541 e 970ppm para o ano de 2100<sup id="cite_ref-37" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-37" title="">[38]</a></sup>. As reservas de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Combust%C3%ADvel_f%C3%B3ssil" title="Combustível fóssil">combustível fóssil</a> são suficientes para alcançar este patamar e continuar as emissões além de 2100, se <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Carv%C3%A3o" title="Carvão">carvão</a>, <a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Areias_betuminosas&action=edit&redlink=1" class="new" title="Areias betuminosas (ainda não escrito)">areias betuminosas</a> ou <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrato_de_metano" title="Hidrato de metano">hidratos de metano</a> forem extensivamente utilizados<sup id="cite_ref-38" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-38" title="">[39]</a></sup>. Efeitos como a liberação de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Metano" title="Metano">metano</a>, devido ao derretimento do <i><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Permafrost" title="Permafrost">permafrost</a></i> (possíveis 70 biliões de toneladas só na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sib%C3%A9ria" title="Sibéria">Sibéria</a> ocidental), podem levar a uma intensificação adicional do efeito estufa<sup id="cite_ref-39" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-39" title="">[40]</a></sup>, não incluída no modelo climático do IPCC.</p><h3><span class="mw-headline">Gases de efeito estufa na atmosfera</span></h3> <p>O <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_estufa" title="Efeito estufa">efeito estufa</a> foi descoberto por <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_Fourier" class="mw-redirect" title="Joseph Fourier">Joseph Fourier</a> em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1824" title="1824">1824</a> e investigado quantitativamente pela primeira vez por <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Svante_Arrhenius" title="Svante Arrhenius">Svante Arrhenius</a> em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1896" title="1896">1896</a>. Consiste no processo de absorção e emissão de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_infravermelha" title="Radiação infravermelha">radiação infravermelha</a> pelos gases atmosféricos de um planeta, resultando no aquecimento de sua superfície e atmosfera. Os gases estufa criam um efeito estufa natural, sem o qual a temperatura média da Terra seria cerca de 30°C mais baixa, tornando-a inabitável para a vida como a conhecemos<sup id="cite_ref-30" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-30" title="">[31]</a></sup>. Portanto, os cientistas não “acreditam” ou “se opõem” ao efeito estufa; o debate consiste na discussão de quais gases contribuem para este efeito, através de mecanismos de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Retroalimenta%C3%A7%C3%A3o" title="Retroalimentação">retroalimentação</a> positiva ou negativa. Na Terra, os gases que mais contribuem para o efeito estufa são o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Vapor_de_%C3%A1gua" title="Vapor de água">vapor de água</a>, que causa de 36 a 70% do efeito natural (não incluindo nuvens); O <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%B3xido_de_carbono" title="Dióxido de carbono">dióxido de carbono</a> (CO<sub>2</sub>), que causa de 9 a 26%; o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Metano" title="Metano">metano</a> (CH<sub>4</sub>), causando entre 4 e 9%; e o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Oz%C3%B4nio" title="Ozônio">ozônio</a>, que causa entre 3 e 7%.<sup id="cite_ref-31" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-31" title="">[32]</a></sup><sup id="cite_ref-32" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-32" title="">[33]</a></sup> A questão que se coloca é saber como a intensidade do efeito estufa varia quando a atividade humana aumenta as concentrações atmosféricas de alguns gases de efeito estufa.</p> <p>As concentrações atmosféricas de CO<sub>2</sub> e CH<sub>4</sub> aumentaram em 31% e 149%, respectivamente, acima dos níveis pré-industriais, desde <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1750" title="1750">1750</a>. Estes níveis são consideravelmente mais altos do que em qualquer período nos últimos 650.000 anos, o período em que é possível extrair informações confiáveis dos <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Testemunho_de_gelo" title="Testemunho de gelo">testemunhos de gelo</a>.<sup id="cite_ref-33" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-33" title="">[34]</a></sup> Utilizando-se de evidências geológicas menos diretas, acredita-se que níveis tão altos de CO<sub>2</sub> só estiveram presentes na atmosfera há 20 milhões de anos.<sup id="cite_ref-34" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-34" title="">[35]</a></sup></p> <p>Aproximadamente três quartos das emissões antropogênicas de CO<sub>2</sub> para a atmosfera durante os últimos 20 anos são devidas à queima de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Combust%C3%ADveis_f%C3%B3sseis" class="mw-redirect" title="Combustíveis fósseis">combustíveis fósseis</a>. O resto das emissões são devidas predominantemente às mudanças no uso da terra, especialmente o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Desmatamento" class="mw-redirect" title="Desmatamento">desmatamento</a>.<sup id="cite_ref-35" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-35" title="">[36]</a></sup> A atual concentração de gás carbônico na atmosfera é de aproximadamente 383 partes por milhão (ppm) em volume.<sup id="cite_ref-36" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-36" title="">[37]</a></sup> Os níveis futuros de CO<sub>2</sub> devem ser ainda maiores devido à ocorrência contínua dos motivos mencionados anteriormente. A taxa de aumento irá depender de fatores econômicos, sociológicos, tecnológicos e naturais incertos, mas está limitada, em última análise, pela disponibilidade total de combustíveis fósseis. O “Relatório Especial de Cenários de Emissão” (Special Report on Emissions Scenarios, originalmente), do IPCC, prevê vários cenários futuros possíveis para a concentração de CO<sub>2</sub>, variando entre 541 e 970ppm para o ano de 2100<sup id="cite_ref-37" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-37" title="">[38]</a></sup>. As reservas de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Combust%C3%ADvel_f%C3%B3ssil" title="Combustível fóssil">combustível fóssil</a> são suficientes para alcançar este patamar e continuar as emissões além de 2100, se <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Carv%C3%A3o" title="Carvão">carvão</a>, <a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Areias_betuminosas&action=edit&redlink=1" class="new" title="Areias betuminosas (ainda não escrito)">areias betuminosas</a> ou <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrato_de_metano" title="Hidrato de metano">hidratos de metano</a> forem extensivamente utilizados<sup id="cite_ref-38" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-38" title="">[39]</a></sup>. Efeitos como a liberação de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Metano" title="Metano">metano</a>, devido ao derretimento do <i><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Permafrost" title="Permafrost">permafrost</a></i> (possíveis 70 biliões de toneladas só na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sib%C3%A9ria" title="Sibéria">Sibéria</a> ocidental), podem levar a uma intensificação adicional do efeito estufa<sup id="cite_ref-39" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-39" title="">[40]</a></sup>, não incluída no modelo climático do IPCC.</p> <p><a name="Feedbacks" id="Feedbacks"></a></p> <h3><span class="mw-headline">Feedbacks</span></h3> <p>Os efeitos de agentes externos no clima são complicados por vários processos cíclicos e auto-alimentados, chamados de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Feedbacks" class="mw-redirect" title="Feedbacks">Feedbacks</a>. Um dos mais pronunciados desses processos está relacionado com a evaporação da água. O CO<sub>2</sub> injetado na atmosfera ocasiona o aquecimento da mesma e da superfície da Terra. O aquecimento leva a mais evaporação de água, e, como o vapor d’água é um gás estufa, isso leva a mais aquecimento, o que por sua vez causa mais evaporação de água, e assim por diante, até ser alcançado um novo equilíbrio dinâmico, com aumento da umidade e da concentração de vapor d’água, levando a um aumento no efeito estufa muito maior do que aquele devido apenas ao aumento da concentração de CO<sub>2</sub>. Esse efeito só pode ser revertido muito lentamente, visto que o CO<sub>2</sub> tem um tempo médio de vida na atmosfera muito longo.Um feedback ainda sujeito a pesquisa e debate é o ocasionado pelas nuvens. Vistas de baixo, as nuvens emitem radiação infravermelha de volta à superfície, aquecendo a mesma<sup id="cite_ref-soden1_40-0" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-soden1-40" title="">[41]</a></sup>. Vistas de cima, elas refletem a luz do sol e emitem radiação infravermelha para o espaço, resfriando o planeta. O aumento da concentração global de vapor d’água pode ou não causar um aumento na cobertura de nuvens mundial média. Portanto, o papel efetivo das nuvens ainda não está bem definido; no entanto, seus efeitos são menos relevantes apenas que os do vapor d’água, e, nos modelos do IPCC, elas contribuem para o aquecimento<. Outro feedback relevante é a relação gelo-<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Albedo" title="Albedo">albedo</a><sup id="cite_ref-41" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-41" title="">[42]</a></sup>. A taxa aumentada de CO<sub>2</sub> na atmosfera eleva a temperatura da Terra e leva ao derretimento do gelo próximo aos pólos. Com o derretimento do gelo, terra ou mar aberto ocupam seu lugar. Ambos são, em média, substratos com menor capacidade de reflexão que o gelo, e, portanto, absorvem mais radiação solar. Isso causa ainda mais aquecimento, gerando mais derretimento de gelo, e o ciclo continua. O feedback positivo (pró-aquecimento) devido à liberação de CO<sub>2</sub> e CH<sub>4</sub> com o derretimento do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Permafrost" title="Permafrost">permafrost</a> é mais um mecanismo que contribui para o aquecimento. Além disso, a liberação de metano devido ao descongelamento de fundos oceânicos é mais um mecanismo a ser considerado. A capacidade oceânica de absorção de carbono diminui com o aquecimento, porque os baixos níveis de nutrientes na <a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Zona_mesopel%C3%A1gica&action=edit&redlink=1" class="new" title="Zona mesopelágica (ainda não escrito)">zona mesopelágica</a> limitam o crescimento de algas, favorecendo o desenvolvimento de espécies fitoplânctonicas menores, que não são tão boas absorventes de carbono<sup id="cite_ref-42" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-42" title="">[43]</a></sup>.</p> <p><a name="Varia.C3.A7.C3.A3o_Solar" id="Varia.C3.A7.C3.A3o_Solar"></a></p> <h3><span class="mw-headline">Variação Solar</span></h3> <p>Estudos recentes parecem indicar que a variação da radiação solar, potencialmente ampliada pela ação do feedback das nuvens, poderá ter contribuído em cerca de 45–50% para o aquecimento global ocorrido entre 1900 e 2000, e em 25-35% entre 1980 e 2000. Foram publicados artigos de autoria de dois pesquisadores da universidade Duke, nos EUA, segundo os quais os modelos climáticos vigentes superestimam o efeito relativo dos gases estufa, comparados com o efeito da luz solar; eles dizem ainda que os efeitos de cinzas vulcânicas e aerossóis foram subestimados<sup id="cite_ref-43" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-43" title="">[44]</a></sup>. Ainda assim, eles concluem que, mesmo considerando o fator solar, a maior parte do aquecimento global nas últimas décadas é atribuível aos gases estufa. Outros pesquisadores são mais radicais, diminuindo fortemente a importância de fatores antropogênicos no aquecimento global. Os defensores da teoria da responsabilidade das emissões antropogênicas, durante a era industrial, afirmam que a variação da radiação foi de 2,4W/m², dos quais, como foi indicado pelo IPCC 2001, 0,6W/m² durante os últimos 20 anos. Ora, (1) entre 2000 e 2004, a variação da radiação solar, estimada por <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lites" class="mw-redirect" title="Satélites">satélites</a> de órbita baixa, foi de 2,06W/m² - Wielicki et al.: (2)Pincker et al. registraram, entre 1983 e 2001, que a variação da radiação solar absorvida pela Terra foi de 2,7W/m²; (3)Wild et al. registraram, por medições terrestres, que a variação da radiação absorvida foi de 4,4W/m²! Embora haja desencontros nos números apresentados, pode-se admitir o valor mais baixo para as variações entre 1983 e 2001 de 2,7W/m². Admitindo-se uma variação média obtida entre 2000 e 2004 no valor de 1,5W/m², atinge-se o valor de 4,2W/m². Tal valor é muito alto quando comparado com os números do IPCC, de 0,6W/m² nos últimos 20 anos. Dessa forma, a influência do efeito estufa no aquecimento global deixa de ser significativa e, da mesma forma, as contramedidas para combatê-lo (<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quioto" title="Protocolo de Quioto">Protocolo de Quioto</a>) tornam-se desnecessárias e danosas ao desenvolvimento humano.</p> <p>Para além da variação da irradiação solar, a variação do campo magnético solar poderá estar na origem de aquecimento à superfície da Terra pela sua influência na quantidade de radição cósmica que atinge o planeta. Uma equipa do Centro Espacial Nacional Dinamarquês encontrou evidência experimental de que a radiação cósmica proveniente da explosão de estrelas pode promover a formação de nuvens na baixa atmosfera<sup id="cite_ref-44" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-44" title="">[45]</a></sup>. Como, durante o século XX, o campo magnético do Sol, que protege a Terra da radiação cósmica, mais do que duplicou em intensidade, o fluxo de radiação cósmica foi menor. Isso poderá ter reduzido o número de nuvens de baixa altitude na Terra, que promovem um arrefecimento da atmosfera. Os electrões libertados no ar pela passagem da radiação cósmica, composta por partículas atómicas que vêm da explosão das estrelas, ajudam à formação dos núcleos de condensação sobre os quais o vapor de água condensa para fazer <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Nuvens" class="mw-redirect" title="Nuvens">nuvens</a>. Este pode ser um factor muito importante, e até agora descurado, na explicação do aquecimento global durante o último século. Foi durante o período quente da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9dia" title="Idade Média">Idade Média</a>, quando o Sol estava tão activo como hoje, que os Viking começaram a colonizar a Groenlândia. Nessa altura, a Grã-Bretanha era um país produtor de vinho. No século XVII, quando se deu a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pequena_idade_do_gelo" class="mw-redirect" title="Pequena idade do gelo">Pequena Idade do Gelo</a>, a actividade magnética solar diminuiu muito e as manchas solares quase desapareceram completamente, durante cerca de 150 anos. E, nessa altura, os Vikings abandonaram a Groenlândia, cuja vegetação passou de verdejante a tundra. A Finlândia perdeu um terço da sua população e a Islândia metade. O porto de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Nova_Iorque" title="Nova Iorque">Nova Iorque</a> gelou e podia-se ir a pé da ilha de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Manhattan" title="Manhattan">Manhattan</a> à de Staten Island. No início do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIX" title="Século XIX">século XIX</a>, houve uma diminuição menor da actividade magnética solar que foi acompanhada também de um arrefecimento que durou só 30 anos. O carbono-14 radioactivo e outros átomos raros produzidos na atmosfera pelas partículas cósmicas fornecem um registo de como as suas intensidades variaram no passado e explicam a alternância entre períodos frios e quentes durante os últimos 12000 anos. Sempre que o Sol era fraco e a radiação cósmica forte, seguiram-se condições frias, como a mais recente, na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pequena_idade_do_gelo" class="mw-redirect" title="Pequena idade do gelo">Pequena Idade do Gelo</a> de há 300 anos. Considerando escalas de tempo mais longas, encontra-se uma explicação credível para as <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#A_variabilidade_do_clima_da_Terra" title="Aquecimento global">variações de maior amplitude do clima da Terra</a>.</p> <p><a name="Recupera.C3.A7.C3.A3o_do_planeta_depois_da_Pequena_Era_Glacial" id="Recupera.C3.A7.C3.A3o_do_planeta_depois_da_Pequena_Era_Glacial"></a></p> <h3><span class="mw-headline">Recuperação do planeta depois da Pequena Era Glacial</span></h3> <p>A recessão dos glaciares e da calote polar do Ártico não são fenómenos recentes. Já ocorrem desde 1800, ou mesmo antes disso. E data da mesma altura o aumento de temperatura global a uma taxa quase constante (de cerca de +0.5°C/100 anos), que começou por isso antes do rápido aumento de CO², iniciado por volta de 1940. Isso pode significar que este aquecimento quase linear é natural, podendo ser apenas a recuperação do planeta depois da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pequena_idade_do_gelo" class="mw-redirect" title="Pequena idade do gelo">Pequena Era Glacial</a>, que ocorreu entre o século XIII e XVII.<sup id="cite_ref-45" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-45" title="">[46]</a></sup>.</p><p><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global">Fonte</a><br /></p><p><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7937925915089441886.post-5030033624165639362008-07-27T06:11:00.000-07:002008-07-27T06:12:49.610-07:00Evidências do aquecimento global<p>A principal evidência do aquecimento global vem das medidas de temperatura de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%B5es_meteorol%C3%B3gicas" class="mw-redirect" title="Estações meteorológicas">estações meteorológicas</a> em todo o globo desde 1860. Os dados com a correção dos efeitos de "ilhas urbanas" mostra que o aumento médio da temperatura foi de 0.6 ± 0.2 °C durante o século XX. Os maiores aumentos foram em dois períodos: 1910 a 1945 e 1976 a 2000<sup id="cite_ref-11" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-11" title="">[12]</a></sup>. De <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1945" title="1945">1945</a> a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1976" title="1976">1976</a>, houve um arrefecimento que fez com que temporariamente a comunidade científica suspeitasse que estava a ocorrer um arrefecimento global<sup id="cite_ref-12" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-12" title="">[13]</a></sup>.</p> <p>O aquecimento verificado não foi globalmente uniforme. Durante as últimas décadas, foi em geral superior entre as latitudes de 40°N e 70°N, embora em algumas áreas, como a do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_Atl%C3%A2ntico" title="Oceano Atlântico">Oceano Atlântico Norte</a>, tenha havido um arrefecimento<sup id="cite_ref-13" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-13" title="">[14]</a></sup>. É muito provável que os continentes tenham aquecido mais do que os oceanos<sup id="cite_ref-14" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-14" title="">[15]</a></sup>. Há, no entanto que referir que alguns estudos parecem indicar que a variação em irradiação solar pode ter contribuído em cerca de 45–50% para o aquecimento global ocorrido entre <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1900" title="1900">1900</a> e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/2000" title="2000">2000</a>.</p> <p>Evidências secundárias são obtidas através da observação das variações da cobertura de neve das montanhas e de áreas geladas, do aumento do nível global das mares, do aumento das precipitações, da cobertura de nuvens, do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/El_Ni%C3%B1o" title="El Niño">El Niño</a> e outros eventos extremos de mau tempo durante o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XX" title="Século XX">século XX</a>.</p> <p>Por exemplo, dados de satélite mostram uma diminuição de 10% na área que é coberta por neve desde os anos 60. A área da cobertura de gelo no hemisfério norte na primavera e verão também diminuiu em cerca de 10% a 15% desde 1950 e houve retração os glaciais e da cobertura de neve das montanhas em regiões não polares durante todo o século XX<sup id="cite_ref-15" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-15" title="">[16]</a></sup>. No entanto, a retração dos glaciais na Europa já ocorre desde a era Napoleônica e, no Hemisfério Sul, durante os últimos 35 anos, o derretimento apenas aconteceu em cerca de 2% da Antártida; nos restantes 98%, houve um esfriamento e a IPPC estima que a massa da neve deverá aumentar durante este século. Durante as décadas de 1930 e 1940, em que a temperatura de toda a região ártica era superior à de hoje, a retração dos glaciais na Groelândia era maior do que a atual. A diminuição da área dos glaciais ocorrida nos últimos 40 anos, deu-se essencialmente no Ártico, na Rússia e na América do Norte; na Eurásia (no conjunto Europa e Ásia), houve de fato um aumento da área dos glaciais, que se pensa ser devido a um aumento de precipitação<sup id="cite_ref-16" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-16" title="">[17]</a></sup>.</p> <p>Estudos divulgados em Abril de 2004 procuraram demonstrar que a maior intensidade das <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Tempestade" title="Tempestade">tempestades</a> estava relacionada com o aumento da temperatura da superfície da faixa tropical do Atlântico. Esses fatores teriam sido responsáveis, em grande parte, pela violenta temporada de furacões registrada nos <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos" class="mw-redirect" title="Estados Unidos">Estados Unidos</a>, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9xico" title="México">México</a> e países do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Caribe" title="Caribe">Caribe</a>. No entanto, enquanto, por exemplo, no período de quarto-século de 1945-1969, em que ocorreu um ligeiro aquecimento global, houve 80 furacões principais no Atlântico, no período de 1970-1994, quando o globo se submetia a uma tendência de aquecimento, houve apenas 38 furacões principais. O que indica que a atividade dos furacões não segue necessariamente as tendências médias globais da temperatura<sup id="cite_ref-17" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-17" title="">[18]</a></sup>.</p><p><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global">fonte</a><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7937925915089441886.post-78643570274731688362008-07-27T06:07:00.000-07:002008-07-27T06:10:24.734-07:00Aquecimento global<p>A locução <b>aquecimento global</b> refere-se ao aumento da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Temperatura" title="Temperatura">temperatura</a> média dos <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano" title="Oceano">oceanos</a> e do ar perto da superfície da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Terra" title="Terra">Terra</a> que se tem verificado nas décadas mais recentes e à possibilidade da sua continuação durante o corrente século.</p> <p>Se este aumento se deve a causas naturais ou <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Antropog%C3%A9nico" title="Antropogénico">antropogênicas</a> (provocadas pelo homem) ainda é objeto de muitos debates entre os cientistas, embora muitos <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Meteorologista" class="mw-redirect" title="Meteorologista">meteorologistas</a> e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Climat%C3%B3logo" class="mw-redirect" title="Climatólogo">climatólogos</a> tenham recentemente afirmado publicamente que consideram provado que a ação humana realmente está influenciando na ocorrência do fenômeno. O <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Painel_Intergovernamental_sobre_Mudan%C3%A7as_Clim%C3%A1ticas" title="Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas">Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas</a> (IPCC), estabelecido pelas <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas" class="mw-redirect" title="Nações Unidas">Nações Unidas</a> e pela <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Meteorol%C3%B3gica_Mundial" title="Organização Meteorológica Mundial">Organização Meteorológica Mundial</a> em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1988" title="1988">1988</a>, no seu relatório mais recente<sup id="cite_ref-0" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-0" title="">[1]</a></sup> diz que grande parte do aquecimento observado durante os últimos 50 anos se deve muito provavelmente a um aumento do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_estufa" title="Efeito estufa">efeito estufa</a>, causado pelo aumento nas concentrações de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Gases_do_efeito_estufa" title="Gases do efeito estufa">gases estufa</a> de origem antropogênica (incluindo, para além do aumento de gases estufa, outras alterações como, por exemplo, as devidas a um maior uso de águas subterrâneas e de solo para a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura" title="Agricultura">agricultura</a> industrial e a um maior consumo energético e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o" title="Poluição">poluição</a>).</p> <p>Fenômenos naturais tais como variação solar combinados com <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Vulc%C3%A3o" title="Vulcão">vulcões</a> provavelmente levaram a um leve efeito de aquecimento de épocas pré-industriais até 1950, mas um efeito de resfriamento a partir dessa data.<sup id="cite_ref-1" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-1" title="">[2]</a></sup><sup id="cite_ref-2" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-2" title="">[3]</a></sup> Essas conclusões básicas foram endorsadas por pelo menos 30 sociedades e comunidades científicas, incluindo todas as academias científicas nacionais dos <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/G8" title="G8">principais países industrializados</a>. A Associação Americana de Geologistas de Petróleo,<sup id="cite_ref-3" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-3" title="">[4]</a></sup><sup id="cite_ref-4" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-4" title="">[5]</a></sup> e alguns poucos cientistas individuais não concordam em partes.<sup id="cite_ref-5" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-5" title="">[6]</a></sup></p> <p>Modelos climáticos referenciados pelo IPCC projetam que as temperaturas globais de superfície provavelmente aumentarão no intervalo entre 1,1 e 6,4 °C entre 1990 e 2100.<sup id="cite_ref-6" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-6" title="">[7]</a></sup> A variação dos valores reflete no uso de diferentes cenários de futura emissão de gases estufa e resultados de modelos com diferenças na sensibilidade climática. Apesar de que a maioria dos estudos tem seu foco no período de até o ano 2100, espera-se que o aquecimento e o aumento no nível do mar continuem por mais de um milênio, mesmo que os níveis de gases estufa se estabilizem.<sup id="cite_ref-7" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-7" title="">[8]</a></sup> Isso reflete na grande capacidade calorífica dos oceanos.</p> <p>Um aumento nas temperaturas globais pode, em contrapartida, causar outras alterações, incluindo aumento no nível do mar e em padrões de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Precipita%C3%A7%C3%A3o" title="Precipitação">precipitação</a> resultando em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Enchente" title="Enchente">enchentes</a> e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Seca" title="Seca">secas</a><sup id="cite_ref-8" class="reference"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global#cite_note-8" title="">[9]</a></sup>. Podem também haver alterações nas freqüências e intensidades de eventos de temperaturas extremas, apesar de ser difícil de relacionar eventos específicos ao aquecimento global. Outros eventos podem incluir alterações na disponibilidade agrícola, recuo glacial, vazão reduzida em rios durante o verão, extinção de espécies e aumento em vetores de doenças.</p> <p>Incertezas científicas restantes incluem o exato grau da alteração climática prevista para o futuro, e como essas alterações irão variar de região em região ao redor do globo. Existe um debate político e público para se decidir que ação se deve tomar para reduzir ou reverter aquecimento futuro ou para adaptar às suas conseqüências esperadas. <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_dos_pa%C3%ADses_membros_do_Protocolo_de_Quioto" class="mw-redirect" title="Lista dos países membros do Protocolo de Quioto">A maioria dos governos nacionais</a> assinou e ratificou o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quioto" title="Protocolo de Quioto">Protocolo de Quioto</a>, que visa o combate à emissão de gases estufa.</p><p><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global">fonte</a><br /></p><p><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7937925915089441886.post-36773001852101644912008-07-26T07:03:00.001-07:002008-07-27T07:48:31.754-07:00G8: Países ricos e emergentes não fixam metas concretas sobre aquecimento global<p>TOYAKO, Japão (AFP) — Os líderes dos principais países ricos e emergentes do planeta, incluindo Estados Unidos, Brasil e México, concordaram em trabalhar juntos para reduzir as emissões de gases responsáveis pelo "efeito estufa" a longo prazo, mas fracassaram em estabelecer metas e prazos concretos para deter o aquecimento global.</p> <p>Os países ricos não conseguiram que os emergentes se somassem a seu acordo de reduzir em pelo menos 50% as emissões de gases de efeito estufa até 2050, mas exigiram esforços destes para combater o aquecimento global.</p> <p>Em compensação, os países ricos teriam se comprometido a adotar ações de médio prazo (2020), segundo uma proposta japonesa.</p> <p>Mas para os grandes países emergentes reunidos no G5 - Brasil, México, China, índia e áfrica do Sul - os países ricos têm uma responsabilidade histórica no aquecimento do planeta e sua promessa de redução de emissões não é suficiente.</p> <p>Os Estados Unidos são o único grande país industrializado que não aderiu ao Protocolo de Kyoto e insistem que os grandes emergentes também devem fazer esforços para reduzir suas emissões, mas nesta terça-feira, pela primeira vez, aceitaram fixar uma meta de redução para 2050.</p> <p>"Apoiamos uma visão compartilhada para uma cooperação, incluindo uma meta global a longo prazo para a redução das emissões", destacaram os líderes dos 16 países, que emitem 80% dos gases de efeito estufa do planeta.</p> <p>A decisão foi anunciada ao final da sessão ampliada do G8 para tratar do aquecimento global, durante a Cúpula de Toyako, no norte do Japão.</p> <p>"Atingir nossa meta global a longo prazo requer atingir as metas a médio prazo" adotadas pelos países ricos, assim como os esforços dos países emergentes para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, destacaram os 16 líderes reunidos no Japão.</p> <p>No entanto, o G8 só decidiu que cada país fixará suas próprias metas de redução a médio prazo até 2012, quando expira o Protocolo de Kyoto, e sem proporcionar cifras ou prazos.</p> <p>"A mudança climática é um dos grandes desafios de nossa era", destacaram os líderes na declaração final do encontro.</p> <p>"Nossas nações seguirão trabalhando de maneira construtiva para promover o sucesso da conferência sobre mudança climática de Copenhage", disseram em referência ao encontro da ONU previsto para dezembro de 2009, visando a um tratado mundial de redução das emissões que substitua o Protocolo de Kyoto, que vence em 2012.</p> <p>Os 16 países disseram ainda apoiar "uma visão compartilhada para uma cooperação, incluindo uma meta global a longo prazo para a redução de emissões", mas as economias emergentes só se comprometeram a adotar medidas para "atenuar" suas emissões poluidoras, sem mais detalhes.</p> <p>A China superou no ano passado os Estados Unidos como primeiro emissor de gases de efeito estufa. O Brasil ocupa o quarto lugar, principalmente devido às queimadas do desmatamento amazônico.</p> <p>O presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, pediu que não se considere o assunto um "confronto entre países desenvolvidos e em desenvolvimento".</p> <p>"Este é um desafio mundial que requer uma resposta mundial", assinalou, fazendo um apelo aos emergentes para que "reconheçam que não existe uma contradição entre crescimento econômico e redução de emissões".</p> <p>"Pelo menos todos os países chegaram a um acordo para que o novo tratado internacional (pós-Kyoto) inclua objetivos de redução a longo prazo", acrescentou.</p> <p>Outros não se mostraram conformes. "Nos assuntos que importam, como as metas de redução de emissões dos países ricos até 2020, a declaração é mortalmente silenciosa", lamentou Daniel Mittler, do Greenpeace.</p> <p>Esta reunião do MEM (Major Economies Meeting) foi a primeira entre chefes de Estado e de Governo desde que os Estados Unidos lançaram o processo, em setembro de 2007, para integrar as grandes nações emergentes ao debate sobre a mudança climática.</p> <p>O MEM é integrado pelo G8 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália, Japão e Rússia), os emergentes do G5 (Brasil, China, índia, México e áfrica do Sul) e por Austrália, Indonésia e Coréia do Sul.</p> <p>Essa sessão ampliada da Cúpula do G8 contou ainda com a presença dos chefes da ONU, Banco Mundial, Agência Internacional de Energia e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos.</p> <p>Em uma reunião anterior entre o G8 e o G5, os líderes discutiram igualmente a disparada dos preços do petróleo, a crise alimentar mundial, os biocombustíveis e Rodada de Doha para reduzir as barreiras do comercial mundial.</p><p><a href="http://www.aquecimentoglobal.com.br/index.php?pg=0&table=noticia&bd=G8:%20Pa%EDses%20ricos%20e%20emergentes%20n%E3o%20fixam%20metas%20concretas%20sobre%20aquecimento%20global">fonte</a><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7937925915089441886.post-73802418160201888472008-07-26T07:03:00.000-07:002008-07-27T07:07:14.971-07:00G8: Países ricos e emergentes não fixam metas concretas sobre aquecimento global<p>TOYAKO, Japão (AFP) — Os líderes dos principais países ricos e emergentes do planeta, incluindo Estados Unidos, Brasil e México, concordaram em trabalhar juntos para reduzir as emissões de gases responsáveis pelo "efeito estufa" a longo prazo, mas fracassaram em estabelecer metas e prazos concretos para deter o aquecimento global.</p> <p>Os países ricos não conseguiram que os emergentes se somassem a seu acordo de reduzir em pelo menos 50% as emissões de gases de efeito estufa até 2050, mas exigiram esforços destes para combater o aquecimento global.</p> <p>Em compensação, os países ricos teriam se comprometido a adotar ações de médio prazo (2020), segundo uma proposta japonesa.</p> <p>Mas para os grandes países emergentes reunidos no G5 - Brasil, México, China, índia e áfrica do Sul - os países ricos têm uma responsabilidade histórica no aquecimento do planeta e sua promessa de redução de emissões não é suficiente.</p> <p>Os Estados Unidos são o único grande país industrializado que não aderiu ao Protocolo de Kyoto e insistem que os grandes emergentes também devem fazer esforços para reduzir suas emissões, mas nesta terça-feira, pela primeira vez, aceitaram fixar uma meta de redução para 2050.</p> <p>"Apoiamos uma visão compartilhada para uma cooperação, incluindo uma meta global a longo prazo para a redução das emissões", destacaram os líderes dos 16 países, que emitem 80% dos gases de efeito estufa do planeta.</p> <p>A decisão foi anunciada ao final da sessão ampliada do G8 para tratar do aquecimento global, durante a Cúpula de Toyako, no norte do Japão.</p> <p>"Atingir nossa meta global a longo prazo requer atingir as metas a médio prazo" adotadas pelos países ricos, assim como os esforços dos países emergentes para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, destacaram os 16 líderes reunidos no Japão.</p> <p>No entanto, o G8 só decidiu que cada país fixará suas próprias metas de redução a médio prazo até 2012, quando expira o Protocolo de Kyoto, e sem proporcionar cifras ou prazos.</p> <p>"A mudança climática é um dos grandes desafios de nossa era", destacaram os líderes na declaração final do encontro.</p> <p>"Nossas nações seguirão trabalhando de maneira construtiva para promover o sucesso da conferência sobre mudança climática de Copenhage", disseram em referência ao encontro da ONU previsto para dezembro de 2009, visando a um tratado mundial de redução das emissões que substitua o Protocolo de Kyoto, que vence em 2012.</p> <p>Os 16 países disseram ainda apoiar "uma visão compartilhada para uma cooperação, incluindo uma meta global a longo prazo para a redução de emissões", mas as economias emergentes só se comprometeram a adotar medidas para "atenuar" suas emissões poluidoras, sem mais detalhes.</p> <p>A China superou no ano passado os Estados Unidos como primeiro emissor de gases de efeito estufa. O Brasil ocupa o quarto lugar, principalmente devido às queimadas do desmatamento amazônico.</p> <p>O presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, pediu que não se considere o assunto um "confronto entre países desenvolvidos e em desenvolvimento".</p> <p>"Este é um desafio mundial que requer uma resposta mundial", assinalou, fazendo um apelo aos emergentes para que "reconheçam que não existe uma contradição entre crescimento econômico e redução de emissões".</p> <p>"Pelo menos todos os países chegaram a um acordo para que o novo tratado internacional (pós-Kyoto) inclua objetivos de redução a longo prazo", acrescentou.</p> <p>Outros não se mostraram conformes. "Nos assuntos que importam, como as metas de redução de emissões dos países ricos até 2020, a declaração é mortalmente silenciosa", lamentou Daniel Mittler, do Greenpeace.</p> <p>Esta reunião do MEM (Major Economies Meeting) foi a primeira entre chefes de Estado e de Governo desde que os Estados Unidos lançaram o processo, em setembro de 2007, para integrar as grandes nações emergentes ao debate sobre a mudança climática.</p> <p>O MEM é integrado pelo G8 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália, Japão e Rússia), os emergentes do G5 (Brasil, China, índia, México e áfrica do Sul) e por Austrália, Indonésia e Coréia do Sul.</p> <p>Essa sessão ampliada da Cúpula do G8 contou ainda com a presença dos chefes da ONU, Banco Mundial, Agência Internacional de Energia e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos.</p> <p>Em uma reunião anterior entre o G8 e o G5, os líderes discutiram igualmente a disparada dos preços do petróleo, a crise alimentar mundial, os biocombustíveis e Rodada de Doha para reduzir as barreiras do comercial mundial.</p><p><a href="http://www.aquecimentoglobal.com.br/index.php?pg=0&table=noticia&bd=G8:%20Pa%EDses%20ricos%20e%20emergentes%20n%E3o%20fixam%20metas%20concretas%20sobre%20aquecimento%20global">fonte</a><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7937925915089441886.post-40977024787422264252008-07-25T07:39:00.000-07:002008-07-27T07:49:12.933-07:00Vale a pena ler: Aquecimento global: uma impostura científica<span style="font-size:100%;"><span style="font-family:georgia;">Esse é um artigo extremamente elaborado por </span></span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" ><b>por Marcel Leroux, </b>que vale a pena ler.<b><br /><br /></b></span><center style="font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> <b> </b>O aquecimento global é uma hipótese fornecida por modelos teóricos. Baseia-se em relações simplistas que anunciam um aumento da temperatura, proclamado mas não demonstrado. <br /> São numerosas as contradições entre as previsões e os factos climáticos observados directamente. A ignorância destas distorções flagrantes constitui uma impostura científica. <br /> Nos anos 70 (do séc. XX) verificou-se um desvio climático (que os modelos não “previram”). Traduziu-se num aumento progressivo da violência e da irregularidade do tempo e foi provocado pela modificação do modo de circulação geral da atmosfera. <br /> O problema fundamental não é prever o clima em 2100. Deve-se, antes, determinar as causas daquele desvio climático recente. Isso permitiria prever a evolução do tempo no futuro próximo. </span></center> <span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > </span><p style="text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> <img src="http://resistir.info/climatologia/imagens/arvores_secas.jpg" alt="." align="right" /> O aquecimento global <i> ("global warming") </i> é um tema que está na moda. Em particular depois do Verão de 1988. Então, nos Estados Unidos da América, veio ao de cima a angústia do <i> "dust bowl". </i> Esse período de calor e de seca aconteceu nos anos 30 do século passado, na "bacia de poeiras" dos Grandes Planaltos. O drama vivido pelos camponeses <i> (Cf. As Vinhas da Ira </i> de John Steinbeck) é constantemente recordado. O passado pesado explica a atenção particular que foi imediatamente dedicada. Seguiu-se-lhe a dramatização <i> ("greenhouse panic"). </i> Inicialmente assunto da climatologia, o tema passou a ser tratado com emoção e irracionalidade. Depressa evoluiu para o alarmismo. Perdeu o seu conteúdo científico. Questiona-se actualmente: estaremos ainda a falar de climatologia? <br /> <br /> <a name="cap_1"></a> </span></p><h2 style="font-weight: normal; text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> 1- Trata-se ainda de climatologia? </span></h2> <span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > </span><p style="text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> Um tema confuso <br /> <br /> O aquecimento global é um tema extremamente confuso que mistura tudo: <br /> </span></p><ul style="text-align: left;font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;"> <li> A poluição e o clima: o clima torna-se num álibi, num espantalho. A sua evolução futura é apresentada como um postulado. Quem colocar dúvidas sobre o aquecimento anunciado fica logo catalogado. Tanto como favorável à poluição, como <i> "louco, mal intencionado ou a soldo da indústria petrolífera" </i> (Singer, F., 2002 - indicação das Referências bibliográficas). Naturalmente, aqueles que "lucram" (com vantagens leoninas) do maná confeccionado pelo alarmismo estão acima de qualquer suspeita! <br /> </li><li> Os bons sentimentos e os interesses confessados (e inconfessados): o planeta está em perigo. É necessário "salvá-lo". Mas, ao mesmo tempo, discutem-se os "direitos de poluir". São os famosos "direitos de emissão negociáveis". Passa-se do sentimentalismo de culpabilidade (o homem é o responsável de todos os males) para a defesa de interesses privados (dissimulados de modo obscuro). <br /> </li><li> As suposições e as realidades. As teorias dos modelos e os mecanismos reais. O hipotético clima futuro e a evolução do tempo real. As previsões são tanto mais gratuitas quanto os prazos são mais longínquos. Nas observações actuais, lobrigam-se sinais da catástrofe anunciada. Seleccionam-se as informações. Oculta-se o "frio" que é atribuído à variabilidade "natural" (desconhecida). Retém-se apenas o "calor". Este não pode deixar de confirmar as previsões dos modelos… <br /> </li><li> O sensacionalismo e a seriedade científica. A procura do furo jornalístico e a informação devidamente fundamentada. Tudo cada vez mais confundido. Nomeadamente pelos políticos e/ou pelos media que ajudam à confusão. Certos cientistas não melhoram a situação. As suas declarações prematuras e conjunturais na maior parte das vezes não são fundamentadas. <br /> </li><li> O debate inscreve-se, igualmente, no mito mais antigo que é o do "conhecimento" popular acerca do tempo. Isso facilita o sucesso da mensagem. Cada um, como é bem conhecido, tem o seu saber sobre a matéria. Estamos muitas vezes próximo do pensamento mágico. Das discussões das tertúlias. Das previsões dos bandarras. Prevalece a confusão entre clima e evolução do tempo. Através dos "modelos" (aureolados de mistério) sonha-se com a "máquina de produzir o tempo". </li></span></ul> <span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > </span><p style="text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> Uma "climatologia" simplista" <br /> <br /> O que predomina no debate e o falseia é que as <i> alterações climáticas </i> são um tema da climatologia tratado como se fosse do ambiente. Em anexo ao da poluição. Esta constitui um álibi moral. Invocado predominantemente por não-climatologistas. Ainda há pouco tempo, um "climatólogo" tinha pouco prestígio. Era um geógrafo considerado "literato", isto é, "não físico". Ou era um funcionário dos serviços de meteorologia. Encarregava-se dos arquivos (situação pouco considerada). "Acabar em climatologia" era visto como a pior das condenações! Hoje, os climatologistas na sua maioria desinteressam-se estranhamente do debate. Ou adoptam o dogma oficial sem espírito crítico. Mas também existe a pretensão de se ser "climatólogo". Saber repetir servilmente (à maneira dos psitacídios) os comunicados do IPCC <i> (Intergovernmental Panel on Climate Changes) </i> tornou-se uma qualificação. O discurso estereotipado e recitado de modo dogmático é sempre o mesmo. <br /> <br /> Contudo, as especializações e as competências não faltam. Mas dizem respeito à informática, à estatística, à agronomia, à química, à oceanografia, à glaciologia, à história, mesmo à geologia…Não ao clima e à sua dinâmica. Com uma "convicção" geralmente proporcional à ignorância dos rudimentos da disciplina, os "climatólogos autoproclamados" propagam hipóteses procedentes dos modelos. Hipóteses infundadas ou mal estabelecidas e não corroboradas pelas observações. Devemos assim colocar fortes reticências segundo o qual os relatórios do IPCC são preparados por "centenas de cientistas". O número anunciado pode iludir e esconder o monolitismo da mensagem. Na realidade, uma pequena equipa dominante impõe os seus pontos de vista a uma maioria sem competências climatológicas. O “I” de IPCC significa, com efeito, "intergovernamental". Significa que os pretensos cientistas são antes do mais representantes governamentais. O IPCC, em absoluto, não é um organismo de investigação. Na redacção definitiva do relatório de 1966 a afirmação da <i> "influência perceptível do homem sobre o clima global" </i> (GIEC, 1966, p.22) foi acrescentada depois da hora. Para "impressionar" os decisores como disse Emmanuel Granier <i> (Industrie et Environnment, </i> n.º 208, 1998). Não correspondia ao entendimento do conjunto do IPCC. Mas tem sido constantemente repetida apesar de não ter havido acordo! <br /> <br /> Os conhecimentos de climatologia são em geral limitados. O IPCC reconhece-o quando afirma: <i> "A aptidão dos cientistas para fazer verificações das projecções provenientes dos modelos é bastante limitada pelos conhecimentos incompletos sobre as verdades climáticas" </i> (UNEP-WMO, 2002, p.7). As "explicações" são sobretudo simples, muito simplificadas, mesmo simplistas, para serem facilmente apreendidas. Todavia, elas não reflectem, ou reflectem apenas muito parcialmente, a verdade científica que é extremamente complexa. Este conhecimento superficial e esquemático é primeiramente imposto pelas <i> "simplificações inevitáveis transpostas para os modelos" </i> (Le Treut, 1997). Os modelos não podem integrar todas as componentes dos fenómenos. É necessário "parametrizá-los", sem se saber descrevê-los explicitamente. Quanto mais simples é a mensagem, mesmo simplista (próxima do slogan, fácil de reter sem esforço), maiores são as hipóteses de ela ser adoptada pelos políticos e pelos media. O método de "consumo imediato" das notícias afasta-se desde logo da reflexão séria e de longas e complexas explicações. <br /> <br /> Esta falha de qualificação "climatológica" muito extensiva explica também a fé cega atribuída a uma ciência de uma meteorologia idealizada. Ignora-se geralmente (ou finge-se ignorar) que a meteorologia está num <i> verdadeiro impasse conceptual </i> há mais de cinquenta anos. Ela não dispõe de um esquema explicativo da circulação geral apto a traduzir a realidade das trocas meridionais. Nem a integrar as perturbações que são consideradas como transplantes "passageiros". Trata-se de um modo disfarçado de confessar a ignorância dos mecanismos reais. Este impasse conduziu, entre outros, ao "falhanço" do prestigioso <i> Miami Hurricane Center </i> na previsão da trajectória do furacão Mitch em 1998, por defeito de conhecimento da dinâmica dos furacões tropicais! (Leroux, M., 2000). Será necessário sublinhar todos os falhanços das previsões do tempo em todas as partes do mundo? Os próprios meteorologistas confessam estas fraquezas fundamentais. São tão evidentes que tornam os modelos (no seu estado actual) irremediavelmente inaptos a prever o que quer que seja! Podemos assim igualmente explicar a confiança ingénua, a falta de isenção quanto a dúvidas (sendo estas habitualmente salutares em ciência) e mesmo a falta de espírito crítico dos pretensos climatólogos. Tanto dos não qualificados como do público não avisado. A crítica é fundamental quando se trata de estimar a qualidade dos modelos e das suas previsões. O debate científico é assim ocultado e os contraditores são, na medida do possível, “açaimados”, censurados ou mesmo desacreditados. Por causa do conteúdo "moral" do tema, o conhecimento é substituído em proporções respectivamente inversas pela convicção (sincera ou pela fé). Como proclamou M. Petit: <i> "Estou convencido que o aquecimento global do planeta é uma realidade"(Le Monde, </i> 19 de Abril de 2001, p.24). "Profissão de fé" que é a própria negação do método científico. <br /> <br /> É, pois, necessário fazer um ponto da situação, sem complacência. Sem concessões e aprofundado. Rigorosamente e unicamente centrado na climatologia. A poluição é por si só um assunto suficientemente sério e preocupante para merecer um tratamento separado, aí sim, pelos próprios especialistas. <br /> <br /> <a name="cap_2"></a> </span></p><h2 style="font-weight: normal; text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> 2. Efeito de estufa, modelos e aquecimento global </span></h2> <span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > </span><p style="text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> O efeito de estufa natural e o adicional <br /> <br /> O efeito de estufa é uma realidade, pelo que é inútil discutir: ele produz um ganho de 33 ºC à temperatura média da superfície da Terra. Um efeito de estufa adicional, ou "reforçado", de origem antropogénica (proveniente do CO <sub> 2 </sub> e de outros gases com efeito de estufa – GEE – devidos às actividades da vida humana) poderia ser susceptível de elevar a temperatura. Sabe-se isso desde há longa data, 1824, conforme foi pressentido por Fourier. A questão é a de saber se, com efeito, o homem é capaz de influenciar (involuntariamente) o curso da evolução climática, atingindo a escala planetária, e sobretudo se, desde há um século, ele já começou a fazê-lo. Entretanto, à parte a influência demonstrada sobre o clima urbano, uma consequência à escala global permanece ainda no domínio da especulação. <br /> <br /> Com efeito, o vapor de água representa 63 % do efeito de estufa natural (100 W/m <sup> 2 </sup> em 160 W/m <sup> 2 </sup> ) e constitui <i> "a maior fonte de incerteza" </i> (Keller, C.F., 1999). <i> "Devido ao facto de os modelos climáticos fazerem intervir as nuvens e as precipitações, que são particularmente complexas, a amplitude precisa da respectiva retroacção – fenómeno crucial – permanece desconhecida" </i> (UNEP-WMO, 2002, p.3). Além disso, é necessário juntar a incerteza associada à nebulosidade, cujos efeitos são contrários de acordo com a altitude das nuvens que tanto poder arrefecer como aquecer a superfície terrestre… <br /> <br /> O presumido aquecimento global também poderá não ser outra coisa que um fenómeno urbano, como a poluição. Goodridge (1996) demonstrou a existência desse fenómeno na Califórnia. Comparou a evolução térmica das cidades com mais de um milhão de habitantes e com mais ou com menos de 100 000 habitantes. A elevação da temperatura decresce com a diminuição da importância das cidades. Ele concluiu assim: <i> "O aparente aquecimento global é na realidade devido à perda de calor que afecta somente as superfícies urbanizadas". </i> Conclusão semelhante foi obtida em Espanha, onde Sala e Chiva (1996) consideraram por outro lado que <i> "o verdadeiro “aumento natural” da temperatura, corrigida do efeito de urbanização, pode ser atribuído à actividade solar". </i> A evolução das temperaturas em França revela também um aumento sustentado das temperaturas mínimas, isto é nocturnas. A evolução das temperaturas máximas ou diurnas é mais irregular e não demonstra uma tendência tão sustentada (Leroux, M., 1997). As estações meteorológicas, inicialmente instaladas fora das cidades foram progressivamente absorvidas pela expansão da urbanização e/ou pela extensão da sua cúpula de calor, e elas reflectem assim, principalmente, a evolução climática à escala local. <br /> <br /> <i> "As indicações dos climas do passado" </i> <br /> <br /> <i> "O estudo paleoclimático (…) dá uma ideia da amplitude das futuras alterações(…)" (Cf. </i> UNEP-WMO, 2002, p.8). Esta afirmação, que pretende fundamentar as alterações climáticas do futuro, permite colocar a questão da relação entre os GEE e a temperatura: é uma covariação (sem significado físico) ou uma correlação física? Quando é que o acréscimo dos GEE é a causa ou quando é que é o efeito? Que significa à escala paleoclimática (como à escala sazonal) a covariação mais ou menos estreita entre o CO <sub> 2 </sub> e a temperatura? Os cilindros da estação Vostock retirados dos gelos antárcticos mostram <i> "o paralelismo das variações de temperatura do ar e do teor atmosférico em GEE" </i> (Masson-Delmotte, Chapellaz, 2002). Deduzir que o passado e o futuro são directamente comparáveis representa a astúcia ideal: qual é com efeito o não-climatologista e <i> a fortiori </i> o cidadão que conhece Milankovitch? A covariação geral dos parâmetros (deutério, CO <sub> 2 </sub> , CH <sub> 4 </sub> , Ca, etc. e a temperatura correspondente deduzida) no decurso de mais de 400 mil anos resulta de um “forçamento” exterior à própria Terra. Resultou de quatro ciclos principais que revelam a influência da "excentricidade da órbita terrestre" (ciclos de 100 000 anos). No interior de cada grande ciclo glaciário-interglaciário as variações mais breves são conjuntamente associadas à variação da inclinação do eixo dos pólos e à precessão dos equinócios. Estes parâmetros orbitais da radiação foram demonstrados por Milankovitch, em 1924. Todos os parâmetros covariam (e estão portanto estatisticamente correlacionados). Mas a evolução da temperatura a esta escala de tempo não depende dos GEE. Pelo contrário, são as taxas de crescimento destes é que dependem (mais ou menos directamente) da temperatura. Por consequência, apesar dos resultados notáveis das análises dos cilindros de gelo para o conhecimento dos climas passados, a referência sistemática aos paleoambientes (mais exactamente à "química isotópica") não faz qualquer sentido no debate (…) E tanto menos sentido quanto as teorias meteorológicas convencionais utilizadas pelos modelos não propõem um esquema de circulação geral válido a esta escala paleoclimática <i> (Cf. </i> Leroux, M., 1993,1996). <br /> <br /> <i> "As indicações fornecidas pelos modelos climáticos" </i> <br /> <br /> Os modelos climáticos prevêem aumentos da temperatura. Esta conclusão tornou-se num postulado indiscutível ( <i> Cf. </i> UNEP-WMO, 2002, p.7). Por outro lado, os modeladores impuseram o conceito de evolução "global" do clima, sendo que o globo deverá evoluir no seu conjunto e no mesmo sentido (aquecimento). Todavia, com intensidades diferentes consoante as latitudes. <br /> <br /> Os modelos, fundamentados no efeito radiativo, podem prever outra coisa que não seja … aquecimento? Le Treut (1997) escreve a este propósito: " <i> Os modelos, cada vez em maior número e mais sofisticados, indicam sem excepção um acréscimo de temperatura </i> ". A unanimidade da resposta (pudera!) é pois considerada como uma prova da capacidade dos modelos para prever o futuro. Mas para além da sofisticação dos cálculos, o resultado é no fim de contas uma aplicação da regra de três simples, entre 1) a taxa de crescimento do CO <sub> 2 </sub> actual, 2) a suposta taxa futura e 3) a temperatura correspondente. Isto é elementar. A unanimidade dos modelos considerada como um <i> "facto notável" </i> (Le Treut, 2001) é uma lapalissada. A resposta não pode ser senão positiva. Como é que poderiam prever descidas de temperatura se eles são constituídos para prever subidas? Haverá de facto necessidade do recurso aos modelos (tendo ainda em conta as suas imperfeições teóricas e práticas) para se chegar a este resultado? <br /> <br /> A argumentação é muito frágil: o balanço radiativo (excepto quanto às variações no longo prazo) permite somente compreender…porquê as altas latitudes são mais frias do que os trópicos, e de prever que…o Inverno será mais frio do que o Verão! As variações de temperatura de um dia para o outro, e de um ano para o outro (e as médias e anomalias resultantes) dependem – como as variações do tempo – das modificações de intensidade das circulações meridionais. Esquematicamente, o fluxo de norte traz frio e o do sul traz calor (outros parâmetros como a nebulosidade, a humidade, as precipitações, a velocidade do vento, etc., participam conjuntamente nesta determinação). As trocas meridionais dizem respeito evidentemente a regiões diferentes e as evoluções térmicas não podem ser uniformes. Uma temperatura média não tem se não um valor muito limitado se é que tem algum se for estabelecido à escala "global" (poderá então existir um clima global?). A posição expressa pelo IPCC (1996) é reveladora desta incoerência: <i> "Os valores regionais das temperaturas poderão ser sensivelmente diferentes da média global mas não é ainda possível determinar com precisão estas flutuações". </i> Isto significaria que o valor médio seria conhecido <i> antes </i> dos valores locais e/ou regionais que permitiriam estabelecer aquela média! Curiosa maneira de calcular uma <i> média! </i> Por outro lado, é correcto dizer como o IPCC que " <i> não é possível determinar </i> " as evoluções regionais, sabendo que é simplesmente suficiente observá-las? Isso é assim simplesmente porque os modelos não sabem representar estas diferenças de comportamento? Como é que podiam saber, sublinhe-se ainda, se eles não dispõem de um esquema coerente do modo de circulação geral? <br /> <br /> Evolução global ou evoluções regionais? <br /> <br /> As evoluções climáticas são regionais. Litynski (2000) comparou as temperaturas dos períodos 1931-1960 e 1961-1990 publicadas pela OMM (1971 e 1996). O primeiro período corresponde, mais ou menos, ao óptimo climático contemporâneo e o segundo contém a mais forte elevação da temperatura. A comparação é deveras eloquente. Mostra de maneira evidente que " <i> não existiu aquecimento global planetário durante o período 1961-1990 </i> ". Nomeadamente, observa-se, à escala regional, arrefecimentos e aquecimentos. No hemisfério norte, por exemplo, a baixa de temperatura é da ordem de – 0,40 ºC na América do Norte, – 0,35 ºC na Europa do Norte, – 0,70 ºC no norte da Ásia, até – 1,1 ºC no vale do Nilo. Outras regiões aqueceram, como o oeste da América do Norte (do Alasca à Califórnia), ou também na Ucrânia e no sul da Rússia. Os modelos nunca previram nem revelaram estas disparidades regionais. De facto, eles são sempre incapazes tanto de as explicar como de as prever. Qual é a tendência representativa, é a das regiões que apresentam aumentos ou da que revela baixas de temperatura? Uma média hemisférica, e <i> a fortiori </i> global, da temperatura <i> calculada </i> a partir das observações, com evoluções contrárias, não tem se não um valor estatístico, contabilístico. Não tem, se não um significado limitado. Não tem mesmo <i> qualquer significado climático. </i> Segundo o IPCC, a temperatura média aumentou 0,6 ºC ± 0,2 ºC no decurso do período 1860-2000 (…). Este período de um século e meio, convém sublinhar, engloba a revolução industrial. Para fixar ideias, note-se que este valor, à escala da média anual como considerada, representa a diferença de temperaturas entre Nice e Marselha, de 14,8 ºC a 14,2 ºC (de 1961-1990), ou entre Marselha e Perpignan, de 14,5 ºC e15,1 ºC (também de 1961-1990). Que extraordinária conclusão!!! Sejamos sérios. Mantenha-se o bom senso: comparada com a variação “real” de 0,6 ºC de subida no período 1860-2000, uma variação de temperaturas prevista pelo IPCC entre 2 ºC a 6 ºC (ou de 1,4 ºC a 5,8 ºC com uma margem de incerteza de 1 a 3,5 ºC) para um ano tão afastado como o de 2100 tem verdadeiramente algum significado? Só com muito boa vontade… <br /> <br /> Relação real entre CO <sub> 2 </sub> e temperatura <br /> <br /> A relação entre as variações da concentração de CO <sub> 2 </sub> e a curva global secular "calculada" das temperaturas (citada anteriormente) não é linear. Entre 1918 e 1940 produziu-se um forte aquecimento, da mesma ordem de grandeza que o dos últimos decénios, mas a concentração de CO <sub> 2 </sub> não progrediu mais do que 7 ppm – partes por milhão (de 301 ppm a 308 ppm). De 1940 a 1970, a subida de CO <sub> 2 </sub> foi de 18 ppm (de 308 ppm a 326 ppm) mas a temperatura não se elevou, bem pelo contrário. A literatura dita científica dos anos 70 anunciava então o retorno a uma "pequena idade do gelo". Alguns dos "cientistas" que previam um arrefecimento certo e seguro tornaram-se entretanto fervorosos adeptos do aquecimento global! Apenas o aumento (presumido) da temperatura do fim do século, a partir dos anos 80, coincide com um aumento da concentração de CO <sub> 2 </sub> (mais de 22 ppm). <br /> <br /> Mas este aumento dos últimos decénios, superior a 0,3º C, não é confirmado pelas observações dos satélites. Nomeadamente, da NOAA ( <i> National Oceanic and Atmospheric Administration, </i> dos EUA), entre Janeiro de 1979 e Janeiro de 2000 (Daly, 2000; Singer, 2002), que não detectaram qualquer evolução notável. Foram feitas críticas pelos defensores do "global warming" contra a validade destas medidas dos satélites (é verdade que elas são "preocupantes"). Incidiram sobre a capacidade dos satélites de ter em conta a evolução das temperaturas de superfície. Contudo, estas medidas colocam nitidamente em evidência os ciclos solares (n.º 22 e n.º 23) e o arrefecimento de 1992 ligado à erupção do Pinatubo…Parecem, pois, ser dificilmente discutíveis. <br /> O cenário do efeito de estufa antropogénico, e nomeadamente a relação entre o CO <sub> 2 </sub> e a temperatura, não explica de facto a evolução térmica: intervêm outros factores nesta evolução. Estes factores são numerosos (Leroux, 1996), mas eles não são tomados em conta pelos modelos. <br /> <br /> Evoluções térmicas prevista e real das altas latitudes <br /> <br /> <u> Evolução térmica prevista </u> <br /> <br /> Um aspecto hipotético, saído dos modelos, é o aumento considerável presumido da temperatura nas altas latitudes. Segundo eles, poderia atingir 10 ºC a 12 ºC, paradoxalmente, no Inverno de cada pólo. Estes valores muito elevados influenciariam consideravelmente a tendência térmica média global prevista porque nas regiões tropicais a modificação seria ténue. Mas quais seriam as razões físicas para que as altas latitudes viessem a aquecer tanto? Notar-se-ia nestas latitudes uma contra-radiação terrestre mais intensa…sobretudo no Inverno precisamente no momento em que em que não existe insolação? Deve-se supor, contra toda a lógica, que haveria uma preferência do efeito de estufa perto dos pólos, precisamente onde os conteúdos em vapor de água são menores e as águas frias que bordam os gelos são poços de retenção consideráveis do CO <sub> 2 </sub> ? Os acréscimos presumidos da temperatura, que não poderiam resultar de fenómenos <i> in situ, </i> seriam provenientes de transferências meridionais intensificadas quando se sabe que, em períodos quentes, estas transferências são pelo contrário consideravelmente amortecidas (modo de circulação geralmente lento, Leroux, 1993)? Seria porque o arrefecimento fora dos períodos glaciares foi mais intenso nas latitudes polares, que inversamente o aquecimento deveria aí ser nitidamente mais marcado? Parece ser um profundo mistério da alma do aquecimento global… <br /> <br /> Seria, sobretudo porque os modelos climáticos repousam sobre o velho esquema tricelular de circulação geral (Le Treut, 1997), e nomeadamente sobre a existência hipotética de uma célula polar? Este conceito irrealista faz com efeito "arrepiar caminho" ao ar polar – ar frio que se elevaria! – a partir da latitude 60º, Norte ou Sul. Isso não traduz a realidade das trocas meridionais que seriam assim muito rapidamente interrompidas. A célula polar foi a justo título rejeitada oficialmente pela comunidade científica internacional, em 1951. Isto é, muito antes de aparecerem os modelos. Por outro lado, salienta-se que o esquema tricelular (células de Hadley, de Ferrel e polar), hipoteticamente considerado em 1856, já foi globalmente criticado. Apenas a célula de Hadley é parcialmente representativa da realidade. Isso não impede que De Félice (1999), do Laboratoire de Météorologie Dynamique (LMD) e da Société Météorologique de France (SMF), fale na existência de <i> "três células meridionais em cada hemisfério, célula de Hadley, célula de Ferrel e célula polar". </i> Também Joly, do Centre National de Recherches Météorologiques (CNRM), segue o dogma mais do que centenário de confundir a percepção estatística e a percepção sinóptica dos fenómenos. Atribui ainda a existência do "anticiclone dos Açores" ao ramo subsidente (pressão exercida sobre o ar de cima para baixo) da célula de Hadley ( <i> Le Monde, </i> 25 de Maio de 2001, p.19). Um tal conceito é fisicamente inconcebível (Leroux, 1996). As obras de Triplet e Roche (1988, 1996) da Ecole National de la Météorologie, e de Sadourny (1994), então director do LMD dependente do CNRS, não comportam sequer o esquema de circulação geral. Apesar desta situação "inimaginável", o esquema de circulação geral utilizado pelos modelos é precisamente…o esquema tricelular que não representa absolutamente nada a realidade das trocas meridionais. O acréscimo suposto das temperaturas polares é um <i> artefacto </i> resultante deste conceito errado, e nomeadamente da existência suposta da "célula polar" que não é mais do que uma ficção! <br /> <br /> Esta crítica à inadaptação dos modelos à realidade foi correctamente enunciada: <i> "Os modelos climáticos actuais não integram de maneira correcta os processos físicos que afectam as regiões polares" </i> (Kahl <i> et al., </i> 1993). Mas, aparentemente, nada mudou, apesar da importância crucial das altas latitudes na origem da circulação geral. Lenoir (2001) descreveu bem a história desta "ideia fixa" do sobreaquecimento dos pólos. Provém da afirmação de Svante Arrhenius segundo a qual <i> "o efeito das alterações será máximo na vizinhança dos pólos". </i> Previu um aumento de 4 ºC…isto em 1903! Esta estranha obstinação volta a encontrar-se no último relatório do IPCC que avança a seguinte "justificação": <i> " […]a neve e o gelo reflectem a luz solar, assim, menos neve significa que é absorvido mais calor proveniente do Sol, o que arrasta um aquecimento […]", </i> e assim <i> "está previsto um aquecimento de partes do Norte do Canadá e da Sibéria superior a 10 ºC no Inverno" </i> (UNEP-WMO, 2002, p.5). Trata-se, bem entendido, do Sol polar de Inverno! E isto foi, como é evidente, aprovado pelos "cientistas" do IPCC!!!... <br /> <br /> <u> Evolução térmica real </u> <br /> <br /> A evolução térmica realmente observada nas altas latitudes não é nada daquilo previsto pelos modelos. São incapazes de representar a realidade e, como é evidente, de explicar convenientemente o que lá se passa. O Antárctico não apresenta alteração notória: as curvas das temperaturas médias observadas (Daly, 2001) não apresentam estritamente qualquer tendência. Em compensação, o Árctico ocidental tem arrefecido e esta evolução produz o <i> desmentido mais flagrante às previsões dos modelos: </i> o arrefecimento atingiu 4 ºC a 5 ºC (– 4,4 ºC no Inverno e – 4,9 ºC na Primavera), durante o período 1940-1990 (Kahrl, <i> et al., </i> 1993). Isto é, já quase a metade, mas em <i> valor negativo, </i> do valor previsto para 2100! Este arrefecimento é confirmado por um aquecimento também nítido na camada 850 hPa-700 hPa – hectopascal (+ 3,74 ºC, entre 1500 e 3000 m), que traduz a intensificação resultante das trocas meridionais vindas do Sul, por cima dos anticiclones das baixas camadas (anticiclones móveis polares ou AMP) que partem do Pólo Norte. Rigor <i> et al. </i> (2000) confirmam a tendência ao arrefecimento no período 1979 a 1997, acima do mar de Beaufort assim como na Sibéria oriental e no Alasca, no Outono (– 1 ºC por década) e no Inverno (– 2 ºC por década). Devido à importância das altas latitudes na génese da circulação geral, o arrefecimento do Árctico, particularmente da sua parte ocidental onde nasce a maioria dos AMP, é um facto climático da maior importância. Mas é total e deliberadamente ignorado pelos modelos. <br /> <br /> <a name="cap_3"></a> </span></p><h2 style="font-weight: normal; text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> 3. Clemência ou violência do tempo? </span></h2> <span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > </span><p style="text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> A evolução recente do tempo e a multiplicação de acontecimentos dramáticos são considerados (erradamente) como uma prova da evolução climática anunciada pelos modelos. A "dramatização" que é feita dos acontecimentos torna-se um argumento fundamental para se acreditar no cenário do efeito de estufa (confundindo o natural com o adicional). O que há de verdade nisto? <br /> <br /> Modelos e evolução do tempo <br /> <br /> Os modelos previram inicialmente (no primeiro relatório do IPCC de 1990) um tempo mais clemente: <i> "As tempestades nas latitudes médias […] resultam dos desvios de temperatura entre o pólo e o equador […] como este desvio se enfraquece com o aquecimento […] as tempestades nas latitudes médias serão mais fracas" </i> (IPCC, 1990; Météo-France, 1992). É o que confirma novamente Planton e Bessemoulin (2000) do Météo-France: <i> "A alteração climática simulada pelos modelos informáticos traduz-se geralmente por uma redução do gradiente Norte-Sul da temperatura nas baixas camadas da atmosfera […] terá por efeito atenuar a variabilidade atmosférica associada às depressões porque as instabilidades, em particular acima do Atlântico Norte, são fortemente condicionadas pela intensidade do gradiente de temperatura". </i> Um aumento da temperatura deveria assim traduzir-se por anticiclones móveis polares (AMP) menos vigorosos, por um decréscimo das trocas meridionais de ar e de energia (circulação lenta) e, nas latitudes temperadas e polares, por uma diminuição dos gradientes de temperatura e da pressão assim como por um contraste térmico menor entre os fluxos. Como se mostra à escala sazonal o menor rigor do tempo estival, comparado com a violência do tempo invernal, não necessita de modelos para deduzir essa evidência (Leroux, 1993). Um cenário "quente" anuncia portanto uma maior clemência do tempo. <br /> <br /> Porém, não é isso que se tem observado, o próprio tempo contradiz estas previsões. Será por isso que, bizarramente, se anuncia agora (por simples oportunismo?) exactamente o inverso do que se havia previsto em 1990 (e confirmado acima) com as previsões catastróficas que os órgãos de comunicação social fazem eco, sem contudo se espantarem com esta reviravolta? Será que são <i> verdadeiramente </i> os modelos que prevêem agora esta evolução do tempo? Eis o que diz o IPCC: <i> "A frequência e a intensidade das condições meteorológicas extremas tais como as tempestades e os furacões poderão mudar. Todavia, os modelos não podem ainda prever como. Os modelos que são utilizados para as alterações climáticas não podem eles próprios simular estas condições meteorológicas extremas […]" </i> (UNEP-WMO, 2002, p. 5). Isto é claro: os modelos não podem prever a evolução do tempo. Porquê então evocar sem cessar a autoridade dos modelos? O que permite, por consequência, dizer que as condições " <i> poderiam mudar </i> "? Não é mais do que um truísmo!, visto que os modelos não sabem prevê-lo? Como, por consequência, explicar o "endurecimento" do tempo apesar do que foi anunciado? Escute-se Planton (do CNRM, 2000, p. 70): <i> "Um clima mais quente por cima dos oceanos é também mais húmido porque a evaporação é aí mais importante […] estes factores são favoráveis ao desenvolvimento de depressões porque uma atmosfera mais quente e mais húmida é também mais energética. Isto é um factor que seria favorável à formação de depressões mais cavadas acima do Atlântico". </i> Esta formulação dos fenómenos é fortemente sugerida pela relação redutora <i> evaporação-chuva </i> analisada a seguir. Eis então a convecção térmica acima de uma superfície oceânica (superfície "fria", em termos de meteorologia, portanto inapta a provocar ascensões) na origem das depressões do Atlântico: é seguramente uma renovação radical das leis físicas e dos conceitos que comandam a génese das perturbações das médias latitudes! O nascimento e a intensidade destas vastas perturbações dependem, no entanto, da intensidade das transferências meridionais do ar e da energia, e portanto da potência dos factores que condicionam o volume e a velocidade destas transferências (factores aqui ignorados) e não das condições convectivas <i> in situ. </i> <br /> <br /> Todavia, as opiniões divergem ainda diametralmente sobre a influência do efeito de estufa. Eis agora, contra toda a lógica, que " <i> o gradiente de pressões Norte-Sul deveria mesmo aumentar. A famosa “oscilação norte-atlântica” poderia, sob a influência do efeito de estufa adicional, adquirir um índice cada vez mais positivo </i> [o que é exactamente o inverso dos fenómenos reais, Nota do Autor]. <i> O que favorece as novas gerações de tempestades, […] é uma das nossas hipóteses fortes de investigação." </i> (Le Treut do LMD, in <i> Science et Avenir, </i> 2000, p.82). <i> "Hipótese forte"! </i> A incoerência científica é contudo manifesta : ninguém ignora que o índice da <i> oscilação norte-atlântica </i> é nitidamente mais elevado no Inverno (Cf. ONA, figura 3b), e que nas latitudes temperadas, esquematicamente, o <i> "mau tempo" é associado ao "frio" </i> e aos contrastes térmicos fortes (como o demonstra a dinâmica das perturbações invernais, quando as tempestades mais intensas caracterizam esta estação). Eis agora, bizarramente, ser atribuído ao "calor" e aos contrates térmicos atenuados o contrário daquilo que é um facto observado naturalmente! <br /> <br /> A questão é assim particularmente confusa e levanta desde já duas vezes o facto fundamental, mas ainda mal conhecido, da dinâmica das perturbações e nomeadamente a ausência actual da ligação entre a circulação geral e as distas perturbações. Os modelos são utilizados tanto como argumento, tanto como álibi ou, até mesmo, como desculpa! Mas na falta de uma concepção adequada, estes modelos são incapazes de demonstrar a relação entre o efeito de estufa e a evolução do tempo, e são sobretudo incapazes de dizer se o tempo vai ser mais clemente ou mais violento. As predições catastrofistas do IPCC sobre a evolução do tempo são, portanto, <i> totalmente infundadas, </i> isto é, sem suporte científico. Esta situação revela o mau conhecimento da dinâmica do tempo e, em particular, das precipitações associadas, nomeadamente, nas médias latitudes. Se não sabemos prever o tempo, como procederemos para prever as chuvas? <br /> <br /> A dinâmica das precipitações <br /> <br /> Nenhum parâmetro climático pode variar isoladamente, nem tão pouco a temperatura ou a precipitação, e o tempo não se determina sobre uma base local, nem mesmo regional. É função, em proporções muito diferentes, de condições próximas e de condições afastadas. De uma maneira geral, a dinâmica do tempo depende pouco das condições locais. Nomeadamente, no caso de acontecimentos intensos que exigem transferências potentes, através de uma distância longa e de maneira sustentada, de quantidades enormes de potencial precipitável, isto é, energético. Transferências essas que são organizadas nas altas latitudes pelos AMP que têm assim eles próprios uma origem longínqua (Leroux, 1996). As precipitações simbolizam as perturbações pois produzem-se essencialmente nestas circunstâncias. Merecem assim uma atenção particular, entre outras, porque acompanham os estados do tempo mais intensos e estão na origem de inundações dramáticas. <br /> <br /> O aquecimento anunciado iria arrastar uma modificação do ciclo hidrológico e <i> "o volume total das precipitações deveria aumentar" </i> (UNEP-WMO, 2002, p.). Em que argumento está fundamentada esta predição que parece (tão estranha e aberrante que possa parecer visto que os modelos não sabem prever a evolução do tempo) dissociada da dinâmica das perturbações? Como para a temperatura, a previsão das precipitações apoia-se sobre um raciocínio esquemático mas que não traduz a realidade dos mecanismos pluviogénicos. Prevê-se assim um <i> "aumento global das precipitações", </i> em razão da <i> "relação entre a evaporação e a temperatura de superfície […] relação bem estabelecida e confirmada por todos os modelos" </i> (EOS, 1995). O raciocínio não pode ser mais simplista: subida da temperatura = subida da evaporação = subida do teor de vapor de água (potencial precipitável) = aumento da chuva. Isto é primário, mas parece (segundo certos “cientistas”) "fisicamente fundamentado" <i> ("the underlying physics on this is well established" </i> (EOS, 1995) e <i> "todos os modelos confirmam esta relação"! </i> Ora, sabe-se, pertinentemente, que a existência de um potencial precipitável não é se não uma das condições da pluviogénese. Mas ninguém observa em qualquer parte a relação directa entre o potencial precipitável e a água efectivamente precipitada! A chuva não necessita apenas da presença de vapor de água disponível, mesmo acrescida pela evaporação: então, choveria sem descontinuidade sob os Trópicos húmidos. Como também choveria sem cessar sobre a bacia mediterrânica no Verão pois o potencial precipitável é então máximo. Não seria pois espantoso (com esta relação primária) que certos modelos façam chover abundantemente sobre… o Saara! A precedente relação, em função da importância respectiva da evaporação e da chuva, permitiria por absurdo a estimativa seguinte: evaporação = chuva = seca. Espera-se assim prever tanto a inundação como a seca. Mas invalida-se então a primeira relação! Não insistamos. O potencial precipitável (necessário) não é o factor primordial da pluviogénese. Há, salvo excepções localizadas, sempre bastante vapor de água no ar (próximo ou transferível) para se sustentar uma chuvada, mesmo no Saara. Diz-se, com humor, que o ar sariano possui tanto vapor de água como o ar londrino possui do famoso <i> fog. </i> Isso é exacto, mas o défice de saturação é consideravelmente mais elevado e as condições aerológicas estruturais (estratificação) são drásticas. <br /> <br /> O processo da pluviogénese exige, além da existência necessária do potencial precipitável, a reunião imperativa e simultânea de condições precisas que dizem respeito: <br /> </span></p><ul style="text-align: left;font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;"> <li> ao factor que comanda o transporte de vapor de água (isto é, a energia) nas longas distâncias e que mantém esta alimentação; <br /> </li><li> ao factor (térmico?, mecânico?, dinâmico?) que provoca a ascensão necessária à mudança de estado da água e à libertação consequente do calor latente; <br /> </li><li> às condições aerológicas estruturais favoráveis (isto é, sem cisão, rebaixamento ou estratificação), indispensáveis ao desenvolvimento vertical das formações nebulosas. </li></span></ul> <span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > </span><p style="text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> Estas condições são extremamente variáveis, tanto à escala sinóptica (instantânea, diária) como à escala sazonal. E variam também com as condições geográficas, as condições estruturais em particular. São diferentes nos Trópicos e nas latitudes altas e médias, dando às diversas perturbações os seus caracteres específicos (Leroux, 1996). É evidentemente mais complexo que a relação elementar, esquemática mas errónea, evaporação/chuva utilizada pelos modelos. <br /> <br /> Compreende-se assim facilmente a mediocridade do resultado: <i> "A elevação das temperaturas arrastará o reforço do ciclo hidrológico, donde um risco de agravamento das secas e/ou das inundações em certos locais e uma possibilidade de diminuição da amplitude destes fenómenos noutros locais." </i> (IPCC, 1996, p.23). Será isto uma previsão responsável ao se imaginar tudo e o seu contrário? Que crédito atribuir a uma tal <i> previsão </i> que foi repetida em 2002: <i> "O volume total das precipitações deveria aumentar mas, no plano local, as tendências são bastante menos certas […] não se conseguindo mesmo distinguir os sinais da evolução – aumento ou diminuição – da humidade do solo no plano mundial". </i> (UNEP-WMO, 2002, p.5). Kukla havia já sublinhado, em 1990, o <i> "pouco talento" </i> com que os modelos reproduzem o fenómeno pluviométrico. Isto é verdade e sê-lo-á sempre que o raciocínio permaneça fundamentado numa relação tão redutora. <br /> <br /> A ausência de credibilidade das previsões das precipitações feitas pelos modelos faz novamente luz sobre as carências no conhecimento dos processos que comandam o tempo. Examinemos, por exemplo, a dinâmica do tempo no Atlântico Norte. <br /> <br /> <a name="cap_4"></a> </span></p><h2 style="font-weight: normal; text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> 4. A evolução recente do tempo no espaço Atlântico Norte </span></h2> <span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > </span><p style="text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> A França pertence ao espaço aerológico do Atlântico Norte onde todos os parâmetros climáticos covariam porque eles obedecem à mesma dinâmica (…). O tempo é aí comandado pelos AMP saídos do Árctico que veiculam o ar frio e provocam em retorno (nomeadamente pela circulação ciclónica sobre a face anterior dos AMP e acima deles) a <i> advecção </i> (deslocamento da massa de ar no sentido horizontal) do ar quente em direcção ao pólo (Leroux, 1996). As evoluções climáticas são diferentes em função das regiões. <br /> <br /> O oeste e o centro do Atlântico <br /> <br /> A bacia do Árctico, depois de ter aquecido rapidamente até cerca dos anos 1930-1940, arrefeceu lentamente, em todas as estações, nomeadamente, no Árctico ocidental (Kahl <i> et al., </i> 1993; Rigor <i> et al., </i> 2000). Esta baixa da temperatura árctica foi repercutida na Gronelândia e no Canadá onde os recordes de frio foram constantemente batidos. A Fig. 1 mostra que este arrefecimento diz respeito às trajectórias dos AMP a oeste (de modo mais marcado) e a este da Gronelândia. As curvas seculares evidenciam o <i> óptimo climático contemporâneo </i> dos anos 1930-1960 e o arrefecimento contínuo depois dos anos 70. Em toda a parte central e oriental dos Estados Unidos, até ao Golfo do México, observou-se também uma tendência nítida e contínua para o arrefecimento (Litynski, 2000). Este arrefecimento propaga-se sobre a maior parte do oceano Atlântico, da Gronelândia até à Europa e mais a Sul, tanto no ar como no mar. Deser e Blackmon (1993) observam no Inverno <i> "um aquecimento de 1920 a 1950, e um arrefecimento de 1950 até aos nossos dias". </i> Assim como uma coincidência entre <i> "temperaturas marinhas mais frias que a normal e ventos mais fortes que a normal", </i> até ao largo da África ocidental. Nomeadamente, na vizinhança das Canárias e do arquipélago de Cabo Verde (Nouaceur, 1999; Sagna, 2001). Ao mesmo tempo, sobre a América do Norte, as vagas de frio provocadas por enormes AMP de pressões elevadas que atingem o Golfo do México, pouco severas durante os anos 50, agravaram-se fortemente depois dos anos 70 (Michaels, 1992). <br /> <br /> O nordeste do Atlântico <br /> <br /> <img src="http://resistir.info/climatologia/imagens/impostura_1.gif" alt="Figura 1." align="right" /> Fora da trajectória americano-atlântica (a mais frequente) e da localização da depressão estatística dita da Islândia, mas sobre o caminho das descidas directas dos AMP (menos frequentes), o nordeste do Atlântico regista uma evolução original: <br /> </span></p><ul style="text-align: left;font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;"> <li> Uma subida contínua da temperatura que se acentua no Inverno (Reynaud, 1994), estação que reafirma o carácter dinâmico deste fenómeno. <br /> </li><li> Um aumento contínuo das precipitações. Que se traduz entre outras coisas por um ganho de massa em glaciares gronelandeses, islandeses e escandinavos (WMO, 1998). Este ganho é muito raramente mencionado pelos media. Pelo contrário, a redução dos bancos de gelo vizinhos é sempre largamente exagerado (embora isso nada a tenha a ver com o dito aquecimento global). <br /> </li><li> Uma descida contínua da pressão que se acentua também no Inverno (Reynaud, 1994). Este comportamento transborda mais ou menos para a Europa ocidental. Uma outra unidade de circulação desenvolve-se para este a partir da Escandinávia. </li></span></ul> <span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > </span><p style="text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> Assim, observa-se ao longo das trajectórias dos AMP um arrefecimento. Enquanto um aquecimento caracteriza as regiões situadas fora da trajectória principal dos AMP. Estas regiões beneficiam de <i> advecções </i> acrescidas de ar quente e húmido vindo do Sul. São impulsionadas, sobre a sua face frontal, pelos AMP mais potentes. Do mesmo modo, a Deriva Norte-Atlântica, prolongamento do <i> Gulf Stream, </i> acelerada pelas transferências aéreas mais intensas, traz com vantagem água quente em direcção ao Mar da Noruega. E, em seguida, para o Mar de Barents. Este transporte de calor traduz-se por uma fusão e um adelgaçamento dos bancos de gelo periféricos, aquecidos por cima pelo ar quente e por baixo pela água. <br /> <br /> A Oscilação Norte-Atlântica <br /> <br /> <img src="http://resistir.info/climatologia/imagens/impostura_2.gif" alt="Figura 2." align="right" /> O estado do tempo no Atlântico Norte e na Europa está classicamente associado à Oscilação do Atlântico Norte (ONA). A ONA é medida por um índice (Fig. 2) que representa a diferença de pressões entre a do "anticiclone dos Açores" (formado pelo agrupamento de AMP: aglutinação anticiclónica ou AA) e a da "depressão da Islândia" (formada pelas depressões associadas aos AMP). Estes "centros de acção" têm sido definidos à escala das médias. E, assim, eles não existem à escala sinóptica (do tempo real). <br /> <br /> A referência a estas entidades estatísticas introduziu desde o inicio uma enorme confusão (que permanece depois de mais de um século) entre as escalas dos fenómenos (Leroux, 1996). A ONA está em modo positivo ( <i> vs </i> negativo) quando a pressão está elevada no <i> anticiclone </i> e, simultaneamente, pelo contrário, a <i> depressão </i> está cavada (e inversamente). Estes modos, positivo e negativo, estabelecem covariações mas não as explicam. A causa comum (isto é, a dinâmica dos AMP) não consegue ser identificada pelas teorias clássicas da climatologia. Sublinhe-se que o vigor da transferência ciclónica de ar quente em direcção ao Norte, particularmente sobre a face frontal dos AMP, depende da potência dos AMP. Por sua vez, eles próprios dependem do défice térmico polar. Entretanto, estes conceitos habituais (e "oficiais") ignoram os mecanismos do <i> "balancé do Atlântico Norte", </i> assim como as razões da alteração que permanecem inexplicáveis, como verifica Wanner (199): <i> "Como e porquê a ONA balanceia de um modo ao outro? […] apesar de todos os estudos </i> [todos?, Nota do Autor], <i> […] a questão permanece aberta e o mecanismo do flip-flop é bem misterioso". </i> Hurrel <i> et al. </i> (2001) atestam ainda este mau conhecimento: <i> "Permanecem bastantes coisas a apreender sobre a ONA […], podendo o forçamento provir da estratosfera, do oceano ou de outros processos ainda não identificados." </i> (Ver abaixo a experiência Fastex). <br /> <br /> Nomeadamente, a dinâmica dos AMP fornece uma resposta clara ao pretenso enigma e o respectivo índice ONA (Fig. 2) transforma-se num indicador da potência dos AMP e da intensidade das trocas meridionais no espaço Norte-Atlântico. Os mecanismos seguintes são facilmente verificados. Tanto à escala sinóptica, como às sazonal, estatística (média) e mesmo paleoclimática. (Leroux, 1996): <br /> </span></p><ul style="text-align: left;font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;"> <img src="http://resistir.info/climatologia/imagens/impostura_3.gif" alt="Figura 3." align="right" /> <li> Fase negativa ou baixa do ONA (Fig. 3a): diferença de pressão fraca entre AA (aglutinações anticiclónicas) e D (depressões). O Árctico está relativamente menos frio, os AMP são menos potentes, menos frequentes, a sua trajectória é menos meridional; à escala média, a aglutinação anticiclónica (AA dita <i> dos Açores </i> ) é mais fraca, menos extensa e situada mais a Norte; as depressões sinópticas associadas aos AMP são menos cavadas; ainda à escala média, a depressão dita <i> da Islândia </i> é menos profunda e menos extensa. As trocas meridionais são vagarosas, tanto no ar como no oceano (modo de circulação lento). O tempo é mais clemente: os contrastes térmicos são minorados, entre os fluxos assim como entre as fachadas oeste e este do oceano. A temperatura <i> média </i> da unidade aerológica é portanto mais (isto é, menos falsamente) <i> representativa </i> da realidade. Sobre a Europa e o Mediterrâneo, as aglutinações anticiclónicas são menos frequentes e de curta duração. </li></span></ul> <span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > </span><p style="text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> O caso particular da ONA negativa produz-se quando os AMP descendentes a este da Gronelândia são anormalmente frequentes (isto é, grosseiramente superiores a um quarto das trajectórias dos AMP). A pressão média resultante da depressão D da Islândia é então menos cavada, reduzindo a diferença de pressões com a AA. <br /> </span></p><ul style="text-align: left;font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;"> <li> Fase positiva ou alta da ONA (Fig. 3b): diferença de pressão forte entre AA e D. O Árctico está mais frio, os AMP são inicialmente mais potentes, mais frequentes, a sua trajectória é mais meridional; à escala média, a aglutinação anticiclónica atlântica (dita <i> dos Açores </i> ) é mais potente, mais extensa e mais meridional; as depressões sinópticas provocadas pelos AMP são mais cavadas; à escala média, a depressão dita <i> da Islândia </i> é mais profunda e mais extensa. As trocas meridionais são intensificadas, tanto no ar como no oceano (modo de circulação rápido). O tempo é mais violento: os contrastes térmicos são mais fortes, tanto entre os fluxos como entre as fachadas do Atlântico. A temperatura <i> média </i> da unidade aerológica não tem então significado climático. Sobre a Europa (AAc) e o Mediterrâneo, as aglutinações anticiclónicas são mais frequentes e de longa duração. Assim, uma fase positiva da ONA (somente o LMD pretende o inverso, <i> cf. </i> Le Treut, 2000, in <i> Fléau et al. </i> ), é absolutamente antinómica do "esquema do cenário do aquecimento global". </li></span></ul> <span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > </span><p style="text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> O tempo tornou-se cada vez mais violento depois dos anos 70 <br /> <br /> Os anos 70 do séc. XX apresentaram uma verdadeira viragem climática, a partir da qual os contrastes entre as duas fachadas do oceano Atlântico se acentuaram. Assim, <i> "depois de 1974, o modo positivo é preponderante" </i> (Wanner, 1999). A Fig. 2 mostra de maneira eloquente a covariação entre a descida da temperatura sobre o Árctico e sobre as trajectórias dos AMP, e uma subida do índice ONA (Fig. 3b), e inversamente (Fig. 3a). Todos os parâmetros covariam mas seria naturalmente arriscado, como o fazem cegamente os analistas estatísticos, evocar <i> correlações </i> ou <i> relações causais </i> entre a temperatura aérea ou a temperatura marinha de superfície e a chuva, ou entre as pressões e a chuva, visto que a causa dinâmica comum das <i> covariações </i> é exterior à dos parâmetros isolados. A subida contínua do índice ONA está associada a uma baixa da temperatura do Árctico e a um aumento da potência e do número dos anticiclones móveis polares saídos do Árctico (Serreze <i> et al., </i> 1993). Isso significa que, depois dos anos 70, as trocas meridionais intensificaram-se. O que corresponde a um cenário "frio", a um modo rápido de circulação (Fig. 3b), a afrontamentos mais severos e a contrates mais acentuados entre as duas margens da unidade aerológica (Leroux, 2000). <br /> <br /> <img src="http://resistir.info/climatologia/imagens/impostura_4.gif" alt="Figura 4." align="right" /> Sobre a América do Norte, a frequência das perturbações violentas, <i> blizzards, </i> e tornados, aumenta fortemente em ligação com as intrusões mais frequentes de ar frio, isto é, dos AMP mais potente e mais numerosos. Estes acontecimentos inscrevem-se numa subida contínua da frequência das tempestades violentas depois de 1965 em ligação com um aumento das depressões profundas na bacia dos Grandes Lagos (Kunkel <i> et al., </i> 1999). Formados na face frontal dos AMP, pelo contacto conflituoso entre o ar frio e o ar húmido proveniente do Golfo do México que fica ainda mais instável sobre o continente, os tornados aumentaram fortemente no decurso do período 1953-1995 (WMO, 1998). Este endurecimento do tempo propaga-se sobre o Atlântico Norte onde a potência acrescida dos AMP provoca depressões profundas e cavadas. Os "ciclones" polares com pressões inferiores a 950 hPa, que testemunham temperaturas invernais de forte intensidade, têm assim aumentado de maneira notável de 1956 a 1998. Quase triplicaram desde o Inverno 1988-1989 (WMO, 1999). Estas tempestades transbordam sobre os países ribeirinhos do Atlântico. Os resultados do projecto europeu WASA (1988), fundado sobre a observação das pressões (a força do vento está ligada às depressões cavadas). Donde, à intensidade das <i> advecções </i> ciclónicas do Sul. Não há qualquer equívoco: <i> "A principal conclusão é que a climatologia das tempestades e das vagas na maior parte do Atlântico Nordeste e no Mar do Norte tornou-se verdadeiramente mais rude no decurso dos decénios recentes, mas a intensidade actual parece ser comparável à do início do século". </i> Esta conclusão está conforme à evolução da Fig. 4. Nesta verifica-se que o índice de tempestuosidade se ajusta de maneira notável à evolução do índice ONA, e onde também se nota que os valores recentes são todavia os mais elevados do século. Esta evolução é o inverso da evolução térmica das altas latitudes, em que em meados do século o clima foi mais clemente, dominando o <i> óptimo climático. </i> As tempestades sobre o litoral atlântico francês, e também britânico, foram cada vez mais frequentes e intensas (Lemasson et Regnaud, 1997). Provocaram na Bretanha <i> "um aumento da frequência dos ventos fortes e das tempestades depois dos anos 70" </i> (Audran, 1998, comunicado pessoal). Os ventos de sudoeste (quentes e húmidos), intensificados sobre a face frontal dos AMP, aumentaram a frequência das condições pluviogénicas, aumentando a temperatura e a pluviosidade (com inundações repetidas). A tempestuosidade seguiu a mesma evolução no sentido da alta. <br /> <br /> Este acréscimo das trocas meridionais, nomeadamente da potência dos AMP, está traduzido indubitavelmente pelo aumento, contínuo e forte, da pressão atmosférica sobre a trajectória dos AMP, sobre a América do Norte e nomeadamente sobre o este do Canadá, o Atlântico Norte (Fig. 3b), a Europa ocidental. Salvo, naturalmente, acima do mar da Noruega (Fig. 3b) que conhece pelo contrário uma baixa concomitante de pressão. Uma tal tendência é antinómica de um aquecimento, se este último for considerado como uma causa (sendo o ar quente ligeiro), mas não o é pela lógica contrária, se invertermos a relação: uma alta da pressão nas baixas camadas <i> "é a causa de uma alta das temperaturas" </i> (Thieme, comunicação pessoal) consequência das propriedades termodinâmicas dos gases (uma pressão elevada favorece em particular a condução molecular). Esta alta de pressão traduz também uma frequência maior das aglutinações anticiclónicas, nomeadamente continentais que favorecem uma alta das temperaturas diurnas (forte insolação), mas em troca uma baixa das precipitações (estabilidade anticiclónica), em particular no coração do Inverno. <br /> <br /> Esta evolução do tempo no espaço Atlântico Norte fornece um desmentido suplementar às previsões dos modelos, visto que é exactamente o inverso de um "cenário do efeito de estufa". É igualmente confirmada noutras unidades aerológicas do hemisfério norte. <br /> <br /> As outras unidades de circulação do hemisfério Norte <br /> <br /> Na unidade do Pacífico Norte (Fig. 3), os AMP vêm da Ásia ou descendem directamente pelo estreito de Behring. A <i> advecção </i> do Sul é fortemente canalizada para o Norte entre a face frontal dos AMP e o relevo das Montanhas Rochosas, formando os AMP a aglutinação anticiclónica dita <i> do Havai </i> ou <i> da Califórnia. </i> As águas marinhas são canalizadas para o Norte (corrente "quente" do Alasca), ou para o Sul (corrente "fresca" da Califórnia). A evolução recente é idêntica àquela observada no Atlântico Norte (Favre, 2001): no nordeste, na localização da depressão (média) dita <i> das Aleutas, </i> observa-se um aquecimento tanto no ar como na água superficial (sendo intensificada a corrente do Alasca), com as mesmas consequências (que no mar de Barents) sobre a espessura do banco de gelo. A pluviosidade aumenta fortemente, enquanto a pressão baixa nas escalas sinópticas e médias. Mais ao Sul, o aumento da pressão é forte na aglutinação anticiclónica deslocada em direcção ao Sul, arrefecendo o Pacífico Norte ocidental e central (Gershunov <i> et al., </i> 1999). A actividade ciclónica <i> "aumentou de maneira notável", </i> a frequência das depressões profundas aumentou cerca de 50%, a pressão central mínima baixou 4 hPa a 5 hPa. Os ventos extremos associados e a vorticidade aumentaram 10 % a 15 % (Graham et Diaz, 2001). As perturbações migraram vantajosamente para o Sul, donde as tempestades foram mais frequentes (inundações na Califórnia). <br /> <br /> <img src="http://resistir.info/climatologia/imagens/impostura_5.gif" alt="Figura 5." align="right" /> A partir da Escandinávia começa uma outra unidade de circulação (Fig. 3). Os AMP escandinavos e russos propagam frio e aumento da pressão em direcção aos Balcãs e à bacia do Mediterrâneo. Schönwiese <i> et </i> Rapp (1987) mostraram que durante um século, de 1891 a 1990, a temperatura baixou 1 ºC na Escandinávia e para lá da Europa central. Ao longo da trajectória dos AMP. Enquanto aumentou na Ucrânia e ao sul da Rússia de aproximadamente 2 ºC, ao longo da trajectória dos retornos ciclónicos do Sul. Esta evolução foi confirmada por Litynsk89i (2000). No Mediterrâneo central e oriental a temperatura baixou em média 1 ºC em trinta anos (Kutiel et Paz, 2000). Em Jerusalém, as temperaturas invernais registaram em 1992-1993 os seus recordes inferiores dentro do período 1865-1993 (– 3,5 ºC em relação à normal de 1961-1990). Israel conheceu em 1994 o pior Inverno desde há cem anos (WMO, 1995). Uma situação de "seca" reinou no Mediterrâneo, nomeadamente na Espanha (Gil Olcina <i> et </i> Morales Gil, 2001), na Itália (Conte <i> et </i> Palmieri, 1990), na Argélia (Djellouli <i> et </i> Daget, 1993) e na Grécia onde o défice pluviométrico se tornou preocupante (Nalbantis <i> et al., </i> 1993; Nastos, 1993). O aumento da pressão é forte, constante e generalizado sobre a Europa ocidental e central assim como no conjunto da bacia mediterrânica. Estendeu-se ao Sul na África setentrional. A evolução da pressão em Constança (como em Lisboa, Fig. 5), comparada com as temperaturas árcticas é muito eloquente: a pressão ali baixa quando aqui a temperatura aumenta até se atingir o óptimo climático, o aumento de pressão é em seguida rápido depois dos anos 70, associado ao arrefecimento árctico, atingindo 4 hPa (o que é considerável à escala dos valores médios anuais). <br /> <br /> A leste, uma unidade de circulação, a da Ásia, é alimentada pelos AMP da trajectória siberiana, descendo principalmente a este dos Montes Urais, que atravessa dificilmente a Ásia e atinge o Pacífico através da China. Os dados disponíveis dessa região são fragmentados, mas Litynski (2000) sublinha o arrefecimento muito marcado (– 0,7 ºC) na Sibéria (os recordes de frio da Sibéria e da Mongólia dos Invernos recentes ainda se mantêm na memória) e um aquecimento nas regiões litorais orientais, sobre a trajectória das elações do Sul. <br /> <br /> Em resumo, no hemisfério Norte, as evoluções climáticas recentes são diversas mas não são as previstas pelos modelos: algumas regiões arrefecem, outras aquecem, as precipitações aumentam ou diminuem, a pressão aumenta ou baixa, mas, em todo o lado, o tempo tornou-se mais severo, mais irregular e mais violento depois dos anos 70, verdadeiro marco da viragem climática do século passado. Estes diferentes comportamentos não devem nada ao acaso e são, pelo contrário, perfeitamente organizados. Têm a mesma condição inicial: o arrefecimento do Árctico, de há trinta anos para cá, fornece um vigor crescente aos AMP boreais. Colocada na evolução climática a longo prazo, esta situação corresponde, todas as proporções guardadas, às premissas da primeira fase de uma glaciação que se caracteriza por uma intensificação lenta da transferência do potencial precipitável tropical em direcção aos pólos e a uma retenção da reserva de água sob a forma sólida. A evolução do tempo, tal como ele é observado directamente, não deve, por consequência, absolutamente nada ao "cenário do efeito de estufa antropogénico, do aquecimento global e das alterações climáticas mal compreendidas". <br /> <br /> <a name="cap_5"></a> </span></p><h2 style="font-weight: normal; text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> 5. Outras "mentiras" </span></h2> <span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > </span><p style="text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> Outras afirmações não verdadeiras participam na constituição da impostura científica do presumido aquecimento global. Qual é o seu valor real? <br /> <br /> As alterações climáticas já começaram? <br /> <br /> <img src="http://resistir.info/climatologia/imagens/impostura_6.gif" alt="Figura 6." align="right" /> <i> "Existem provas que as alterações climáticas já começaram" </i> (UNEP-WMO, 2002, p.2) conforme pretende o IPCC. Acrescenta: <i> "A evolução das temperaturas desde há alguns decénios corresponde ao aquecimento previsto pelos modelos devido ao efeito de estufa". </i> O principal argumento sob o qual se fundamenta esta certeza reside na curva da temperatura <i> reconstituída </i> a partir das observações. Isto é, a partir das médias à escala planetária ou hemisférica (publicada todos os anos pela OMM), e parece assim confirmar que podemos atribuir <i> "uma influência perceptível do homem… na evolução do clima". </i> Qual é o valor real desta "prova absoluta" (desde já infirmada pelos satélites, <i> cf. </i> abaixo)? Nada permite afirmar que o aquecimento global começou, e a prova considerada irrefutável – a curva-padrão da evolução da temperatura média global – é também um logro. A Fig. 6, na qual o índice ONA deve ser considerado como uma testemunha da intensidade das trocas meridionais no hemisfério Norte, mostra três períodos distintos: <br /> 1) No início do século, a diminuição progressiva do índice ONA traduz uma atenuação dos desvios entre as faces das unidades de circulação e um aumento da temperatura média a norte da latitude de 30 ºN. <br /> 2) Em meados do século (óptimo climático), o índice ONA é moderado a negativo, os contrastes térmicos são fracos e a média da temperatura é próxima da normal. <br /> 3) Depois do fim dos anos 70, o índice ONA aumenta vigorosamente e a elevação da temperatura está directamente associada ao aumento das subidas de ar quente na face frontal dos AMP que intensificaram de produção. Ottermans <i> et al. </i> (2002) demonstraram recentemente que o aquecimento dos Invernos europeus não é devido, no decurso do período 1948-1995, à elevação dos GEE mas a uma modificação da circulação atmosférica e nomeadamente à intensificação dos ventos de sudoeste (Fig. 3b). <br /> <br /> Tendo em conta as evoluções similares nas outras unidades de circulação do hemisfério Norte, o aumento recente de temperatura, indevidamente atribuído ao efeito de estufa antropogénico, não é se não um <i> artefacto. </i> Foi provocado pela aceleração das trocas meridionais e por um fornecimento mais intenso nas médias e altas latitudes de calor tropical, aéreo e marinho. A curva térmica reconstituída tem portanto <i> cada vez menos significado climático à medida que vai ascendendo. </i> Deve-se, por outro lado, sublinhar que este aquecimento (aritmético ou contabilístico) é mais elevado ao norte da latitude 30 ºN (cf. WMO, 2001). É esse aumento regionalizado que determina a evolução da curva dita "global" (Fig. 6: <i> an T glob </i> ), donde o significado climático real é mesmo assim consideravelmente diminuto. A similitude entre estas duas curvas térmicas mostra que o hemisfério Sul e as latitudes 0 ºN – 30 ºN não jogam se não um papel muito limitado na evolução geral, sendo que esta é, por fim, sobretudo determinada pelas latitudes situadas a norte de 30 ºN. O pretendido aquecimento dito global atribuído ao efeito de estufa antropogénico é com efeito regional e limitado. Releva no essencial do factor dinâmico e, portanto, de uma alteração do modo de circulação geral a partir dos anos 70, desvio climático principal que é, recordemos, ignorado pelos "modelos" e pelos "experts", nomeadamente, os ditos “cientistas” do IPCC. <br /> <br /> O caso do nível do mar <br /> <br /> <i> "Os modelos prevêem uma elevação suplementar do nível do mar de 15 cm a 95 cm daqui até ao ano 2100 […] devido à dilatação térmica das águas dos oceanos […] e […] da fusão das calotes glaciares e dos glaciares" </i> (UNEP-WMO, 2002, p.11). Esta previsão segue-se a estimativas anteriores bastante mais dramáticas, então expressas em metros, mas progressivamente minimizadas. Qual é a verdade desta ameaça permanente sobre "as zonas costeiras e as pequenas ilhas"? <br /> <br /> Afastemos imediatamente a maior ameaça de todas, a do Antárctico (que fazia subir, em teoria, 70 m o nível dos oceanos). A sua situação é notavelmente estável: <i> "O grosso da calote antárctica não sofreu qualquer fusão desde a sua formação, ou seja, desde há 60 milhões de anos" </i> (Postel-Vinay, 2002). A observação dos satélites mostra mesmo que no decurso do período 1979-1999, que é aquele em que se supõe ter havido uma maior elevação de temperatura, houve um aumento da superfície do gelo à volta do continente antárctico (Parkinson, 2002). O gelo da Gronelândia está protegido pelo relevo, não podendo o oceano provocar a desagregação de uma parte dos bancos de gelo que produziria os icebergues (o que explica a conservação dos glaciares continentais até à latitude inabitual de 61 ºN). Além disso, a maior parte da sua superfície do gelo situa-se a mais de 2000 m de altitude onde o ar permanece frio. Observa-se uma alternância de zonas de fusão e de ganho de massa, mas no conjunto o gelo gronelandês permanece estável. Que problemas existem então para se falar tanto nos perigos da Gronelândia? O dos glaciares de montanha? Eles não representam se não um milésimo do volume total dos gelos. Por outro lado, como sublinha Vivian (2002), os glaciares <i> "já registaram no passado flutuações mais importantes do que as que se verificam actualmente", </i> onde em todo o planeta existem glaciares que recuam (por exemplo, na vertente exposta ao Sul do Alasca; Pfeffer <i> et al., </i> 2000) como há glaciares que avançam (nomeadamente na Escandinávia). Eis pois uma forma aparentemente simples de raciocínio – "Faz calor, o gelo funde" – que não funciona bem na Natureza! <br /> <br /> É também invocada uma outra relação primária: <i> "a água quente dilata-se, o mar sobe", </i> pelo que um aumento de 1 ºC da temperatura do ar arrastaria uma subida de 20 cm numa camada de água do mar de 200 m de espessura. É isto tão simples e imediato? Em Brest, por exemplo, o nível médio do oceano é máximo de Outubro a Dezembro (+ 7 cm), e mínimo de Março a Agosto (- 5 cm), enquanto que a temperatura média do ar é de 16,0 ºC em Agosto de 5,8 ºC em Fevereiro, ou seja uma amplitude média de 10,2 ºC para uma diferença de altura observada de 12 cm… Mas as variações de temperatura e de nível do mar são inversas! Esta ausência de ligação directa mostra que a temperatura do ar não comanda a altura da água, e que as cotas elevadas são produzidas no Inverno por factores meteorológicos: a intensificação das tempestades e aceleração dos ventos de afluxo do sector sudoeste (Fig. 3b), e acréscimo da altura das vagas (Bouws <i> et al., </i> 1996). <br /> <br /> O factor atmosférico, raramente ou mesmo nunca tomado em conta, é assim fundamental na variação do nível do mar. A pressão atmosférica (1 hPa corresponde a 1 cm) baixa o nível sob os AMP e sob as aglutinações anticiclónicas, mas permite uma elevação sob as depressões. Assim, por exemplo, a anomalia positiva do nível do mar do Pacifico equatorial revelado pelo Topex-Poséidon, ligada a uma anomalia positiva da temperatura durante os anos 1997-1998 (e subida imediata), resulta simplesmente do deslizamento para o sul do Equador meteorológico vertical (EMV). Esta translação manifesta-se em superfície por uma baixa de pressão sob os movimentos ascendentes do EMV. E por uma migração das águas quentes da Contra-Corrente-Equatorial em direcção ao Este (que compensa a translação para oeste da Corrente Norte-Equatorial e da Corrente Sul-Equatorial impulsionadas pelos alísios norte e sul).O aquecimento e a elevação do nível (deslocados para o Sul) acompanham todos os episódios do El Niño, donde a origem é aerológica (Leroux, 1996). Mas quem o sabe? Tanto mais que os acontecimentos do El Niño são geralmente considerados, sem razão, como as causas e responsáveis de <i> calamidades </i> através do mundo (mas sem provas). Sempre pela mesma razão: as análises estatísticas (climatologia diagnóstico) colocam em evidência covariações. Consideradas prematuramente como relações físicas causais à falta do esquema coerente de circulação geral. Mas estas análises não podem determinar o sentido real das relações e o lugar exacto do fenómeno incriminado na cadeia de processos, no início ou no fim. A intensidade das vagas (que se acrescentam também no Pacífico Norte; Allan et Komar, 2000), do movimento das águas do mar depois de uma tempestade, dos <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Upwelling" target="_new"> <i>upwellings</i></a> (fenómeno oceanográfico), das correntes superficiais, depende por outro lado das variações da circulação aérea. Uma estimativa das variações do nível do mar <i> (Cf. </i> Cabanes <i> et al., </i> 2002) tem assim pouco significado sem uma estimativa paralela das variações da pressão atmosférica e da circulação aérea das baixas camadas. Uma evolução do tempo com aquecimento, isto é, em direcção a um estado clemente, seria por outro lado uma perspectiva tranquilizadora para os litorais. <br /> <br /> Por outro lado, antes de dramaticamente fazer <i> "amortecer, deslocar", </i> mesmo <i> "desaparecer", </i> o <i> Gulf Stream, </i> é necessário repor os fluxos aéreos e marítimos nos grandes "8" descritos em cada unidade de circulação das baixas camadas (Leroux, 1996). Deve-se recordar em particular que esta corrente é impulsionada para o Golfo do México pela circulação do alísio que transforma a Corrente das Canárias em Corrente Norte-Equatorial. A circulação do próprio alísio sai da aglutinação dos AMP (na AA dita dos Açores). O deslocamento dos AMP e a tensão sobre a água organizam os grandes movimentos oceânicos. Por consequência, para modificar o escoamento da água superficial oceânica, não é necessário (paradoxalmente) falta de ar! Intervêm ainda outros parâmetros (não tendo em conta factores tectónicos, sedimentológicos, hidrológicos, etc.). O nível 0, teórico, depende assim das águas variáveis da chuva (e das variações das extensões das zonas molhadas), da antecipação por evaporação, ou da retenção glaciar ou continental (terrenos gelados, águas subterrâneas, lagos, barragens, irrigação, etc.). <br /> <br /> A ameaça da "subida do nível do mar", resumida nas duas formulações elementares recordadas anteriormente, repousa ainda sobre o “mais ou menos” e constitui portanto um argumento que, no essencial, cai por água abaixo. <br /> <br /> O espantalho do aquecimento <br /> <br /> Apresentar um hipotético aquecimento como um "apocalipse" (exercício choramingas no qual se distinguem os media) pode certamente fazer passar a mensagem anti-poluição. Mas isso constitui, no plano estritamente científico, uma mensagem errada e um péssimo espantalho. Esquecemo-nos que ainda há bem pouco tempo era o arrefecimento global que era apresentado como a pior (segundo eu, a justo título) perspectiva! E que dizer das reacções dos medias sobre o lançamento da angústia dos sem-abrigo durante as vagas de frio ou quando os automobilistas estão transformados em "náufragos da auto-estrada" no meio de nevões! <br /> <br /> Pode-se fazer uma comparação com as condições registadas durante o óptimo climático <i> eemien </i> (OCE, há 120 000 BP – <i> before present </i> ) ou mais facilmente com as do óptimo climático <i> holoceno </i> (OCH, entre 8000 e 5000 BP), quando a temperatura global era de 2 ºC superior à actual. Assim, por exemplo, no OCH, o Saara estava cheio de lagos e de terras húmidas, com a parte desértica consideravelmente reduzida. As trocas transarianas intensas favoreceram o florescimento do Neolítico de tradição sudanesa. Esta situação prevaleceu, numa menor escala, durante todos os períodos quentes ulteriores, nomeadamente durante o óptimo climático medieval. Neste período assistiu-se ao progresso dos impérios sudaneses. Durante o óptimo climático contemporâneo, dos anos 1930-1960, quando as chuvas subsarianas eram superiores às actuais, assistiu-se à subida dos criadores nómadas sahelianos em direcção ao Norte. Esta migração tornou mais dramático o deslocamento ulterior para o Sul durante a desfavorável pluviometria recente, desde os anos 70, "seca" prolongada que se estende para o Sul, para além do domínio saheliano. Esta extensão oferece ela própria um nítido desmentido ao cenário do aquecimento global, como mostra a situação durante o Último Máximo Glacial, entre 18 e 15 mil anos BP. Então o deserto do Saara estendia-se a mais de 1000 quilómetros para Sul em relação à situação actual. O deslocamento recente das estruturas pluviométricas e das isoietas (linhas de igual precipitação) progrediu (de maneira relativa) aproximadamente 200 km em direcção ao Sul do Saara. <br /> <br /> Não é absolutamente certo que as conclusões sejam catastrofistas, muito longe disso. É evidente, com efeito, que poderíamos também encontrar, numa situação de aquecimento (se tal viesse verdadeiramente a produzir-se), múltiplas vantagens: um maior conforto nas regiões actualmente frias, uma diminuição dos gastos em aquecimento, uma maior clemência e regularidade do tempo (como foi descrito anteriormente), menos tempestades e ventos fortes, uma frequência menor das vagas de frio severo (e dos gelos tardios, cf. a seguir), uma extensão de terras aráveis ganhas ao mesmo tempo ao frio (alongamento do ciclo vegetativo, diminuição do gelo superficial e entranhado no solo, etc.). As vantagens estendiam-se à menor aridez (amplificação das circulações das monções e aumento das chuvas tropicais marginais, nomeadamente subsarianas ou indianas). Mas, para julgar a pertinência do cenário catastrófico, é necessário fazer apelo simultâneo aos conhecimentos dos paleoclimatologistas, dos mecanismos das variações climáticas a todas as escalas de tempo e da distribuição dos climas, cultura climatológica que não é forçosamente extensiva aos conhecimentos dos “experts auto proclamados”. <br /> <br /> Alterações climáticas e alarmismo <br /> <br /> Do mesmo modo, a abundante e "impressionante" literatura pseudo-científica produzida pelo Grupo II do IPCC repousa apenas numa hipótese com valor de postulado. Um simples <i> "se": </i> "se a temperatura aumenta, pode-se imaginar que…" A imaginação é preferencial ou unicamente dirigida para um resultado: "…sucedem catástrofes". Aquele grupo está encarregado de avaliar os impactos eventuais do aquecimento presumido. Isto é, de <i> "simulações trabalhosas" </i> que consistem em <i> "imaginar o máximo de prejuízos […] para meter medo a toda a gente" </i> (Lenoir, 2001). Estas ficções-elucubrações são entretanto consideradas sem-razão como se fossem previsões. Os media reproduzem-nas sem nuances. Aliás, seria escusado já que a catástrofe como o sensacionalismo fazem vender papel. Mas, o que é mais grave, também são repetidas sem vergonha pelos "cientistas". Assim, por exemplo, Le Treut <i> et </i> Jancovici (2001) – o segundo apresenta-se como "engenheiro-climatólogo" (sic) de geração tão recente quanto artificial – reúnem numa centena de páginas uma densidade notável de banalidades, lapalissadas, ninharias e "lágrimas de crocodilo" (Cf. a citação liminar seguinte) que amplificam o alarmismo do IPCC. <br /> <br /> Vejam-se alguns extractos do escrito desses "cientistas": <br /> </span></p><ul style="text-align: left;font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;"> <li> <i> "A modelação permitiu traçar um feixe de futuros possíveis onde o clima parece inevitavelmente que vai mudar." </i> (p. 45). Que truísmo! Que faz o clima há milhares de anos? <br /> </li><li> <i> "Uma alteração climática corresponderá justamente a uma desregulação das flutuações naturais […]" </i> (p. 54). La Palice teria dito melhor? Qual será de facto a definição de uma "flutuação natural"? E qual é a diferença entre "flutuação" e "alteração", nomeadamente, "natural"? <br /> </li><li> <i> "[…]A possibilidade da fusão dos gelos polares é praticamente nula até 2100. […] Mas para lá de 2100?" </i> (p.52). Na falta de uma catástrofe "imediata", deve-se projectar para além da Saint-Glinglin. Porque <i> "uma fusão parcial do Antárctico teria consequências fenomenais e irreversíveis." </i> (p. 52). Brrr! E <i> "a elevação dos oceanos ameaçará também a existência de certas ilhas." </i> É a síndrome maldiviana. Não se percebe, visto que antes se dissera que a "elevação" era considerada <i> "praticamente nula" </i> (p.52) e até <i> "impossível" </i> (p. 56). <br /> </li><li> <i> "Um eventual aumento da variabilidade […] pode afectar as temperaturas (aumento dos gelos tardios da Primavera, etc." </i> (p. 59). Um "gelo" como um risco natural num cenário de aquecimento! <br /> </li><li> <i> "Como preservar a nossa saúde se não dispusermos de alimentos em quantidade suficiente, se os produtos tóxicos se disseminam ou se um stress intenso desenvolve o consumo de drogas e de álcool?" </i> (p.61) E se…e se… é evidentemente terrificante, mas esta tagarelice (que ultrapassa as tertúlias) é grotesca! <br /> </li><li> <i> "Um aumento da mortalidade, consequência possível de um aumento das temperaturas" </i> (p. 61) também é possível imaginar. Esquece-se que a mortalidade associada ao frio é de longe a mais frequente? Provavelmente como este desaparece, a mortalidade vai diminuir! <br /> </li><li> <i> "Um deslocamento para Norte e em altitude das zonas endémicas do paludismo" </i> (p. 62) é de recear. Devido aos "miasmas dos pântanos" como se sabe. Ninguém ignora que este mal era endémico há pouco tempo em França, na Sologne ou nas Landes. Foram arborizadas para erradicar o flagelo. Mais recentemente no Languedoc e na Camargue a malária estava erradicada. Tão pouco nas planícies do Pó ou nos Marrais Pontins, nem sequer na Lapónia ou no Quebeque, existe infestação de mosquitos! <br /> </li><li> <i> "O aumento de outras doenças transmitidas por insectos" </i> (p. 62) é outra terrível doença também imaginada por esta gente. Quando será que a mosca tsé-tsé invadirá os prados normandos transformados em savanas (recheadas de macieiras, bem entendido)? </li></span></ul> <span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > </span><p style="text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> Quem pode acreditar em tais idiotices? Elas são contudo reproduzidas muitas vezes sem qualquer discernimento. A Sociedade Francesa de Meteorologia julga entretanto que esta literatura de cordel é uma " <i> excelente síntese sobre as alterações climáticas </i> " (Javelle, <i> La Météorologie, </i> nº 36, 2002, p. 74). Quem diria! Felizmente que os autores tomam a cautela de precisar, sem escrúpulos e sem sombra de dúvida, a qualidade das suas especializações. "A credibilidade do diagnóstico da comunidade científica é um ponto essencial" (p. 102)! <br /> <br /> <a name="cap_6"></a> <h2> 6. Os abusos da meteorologia-climatologia </h2> </span></p><p style="text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> O discurso das alterações climáticas não é convincente. É mesmo incoerente. Poluição e clima abusivamente ligados devem ser dissociados. A poluição é preocupante e deve ser tratada separadamente pelos especialistas destes problemas. O clima deve ser tratado pelos climatologistas. É evidente. Não está provada a ligação do clima com a poluição. Salvo à escala das cidades. Cada disciplina tem o seu próprio domínio de competência. Mesmo neste existe muito a fazer. A mistura dos dois domínios diminui a eficácia de resolução dos problemas respectivos. Em climatologia, o imperialismo dos modelos deve ser questionado em particular. <br /> <br /> O imperialismo dos modelos <br /> <br /> As previsões-predições dos modelos são consideradas, injustificadamente, como o fruto idealizado de uma ciência meteorológica acabada. Todavia, eles só podem impressionar favoravelmente aqueles que não são climatologistas avisados. Estes supõem resolvida a modelação dos fenómenos meteorológicos e perfeitamente conhecidos os esquema da circulação geral. Isso está muito longe de acontecer. Com efeito, estas previsões são sobretudo aproximações. São simplificações exageradas, são incoerências e contradições de uma disciplina meteorológica em crise de conceitos. Está prisioneira dos seus velhos dogmas e tem necessidade de confessar o que ela não é capaz de explicar. A polarização do efeito de estufa antropogénico feita nos modelos oculta os outros factores possíveis de modificações climáticas: o vapor de água, a nebulosidade, a falta de homogeneidade atmosférica, a actividade solar, o vulcanismo, a urbanização, os parâmetros orbitais, os raios cósmicos, etc. Sobretudo a dinâmica das trocas meridionais (Leroux, 1996). Todos estes parâmetros não são tidos em conta nos modelos. <br /> <br /> G. Dady ajuíza a propósito da modelação que <i> "a deriva redutora […] é não somente perigosa porque ela interpreta mal a realidade mas, além disso, é totalitária". </i> (in <i> Le Monde, </i> 24 de Fevereiro de 1995). A modelação impõe o seu "totalitarismo científico": <br /> </span></p><ul style="text-align: left;font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;"> <li> Sobre a climatologia, donde os estudos ditos diagnósticos estabelecem invariavelmente <i> "teleligações" </i> ou correlações estatísticas. Isto é, na realidade são covariações. Sem nunca demonstrar os eventuais laços de causalidade entre os parâmetros analisados. Pode-se muito facilmente <i> "estabelecer relações longínquas". </i> Por exemplo, entre as temperaturas marítimas da superfície do Atlântico Norte e as precipitações saharianas. Mesmo que, por motivo das trajectórias dos alísios marítimos, o potencial precipitável desta parte do Atlântico tenha ínfimas chances de ser enviado para África por advecção. É possível deste modo estabelecer relações estatísticas muito longínquas entre o ENSO (El Niño Southern Oscillation) e as precipitações à escala global…mesmo que os fenómenos considerados obedeçam a factores totalmente diferentes. Estão afastados por milhares de quilómetros e pertencem a unidades de circulação específicas. Unidades separadas por barreiras montanhosas imponentes que interditam qualquer comunicação entre si realizadas nas baixas camadas. Estas análises não servem para grande coisa. Não fazem progredir um milímetro a compreensão das perturbações e dos processos pluviogénicos (cujos mecanismos reais são sempre ignorados pelos modelos). Recordemos por outro lado que os modelos são incapazes de precisar o sentido da causalidade das relações supostas devido à falta de um esquema de circulação geral. A interpretação pode então, indiferentemente, de acordo com as necessidades, a fantasia ou o maior dos bambúrrios, tomar o efeito pela causa. É o caso do El Niño considerado como um factor fundamental ainda que se encontre no fim da cadeia dos processos. Mas o essencial não é que os resultados sejam …"estatisticamente significativos"! <br /> </li><li> Sobre a meteorologia, em particular no domínio das previsões, onde os modelos são incapazes de prever o tempo para lá de 2-3 dias. Para além de 3 dias, a taxa de confiança não é superior a 3 em 5 ou 2 em 5, isto é, uma hipótese em duas, o que não constitui uma previsão! Os modelos não podem sequer prever o tempo do próximo mês, nem sequer do próximo Verão. Quanto mais num prazo mais alargado. E são sempre os mesmos modelos: <i> "Simulamos o clima com os mesmos modelos que são utilizados para prever o tempo." </i> (Rochas <i> et </i> Javelle, 1993). Os modelos não previram e não explicaram nem as inundações de Aude de Novembro de 1999, nem as tempestades de Dezembro de 1999, nem as inundações de Gard de Setembro de 2002, nem a neve de Janeiro de 2003, etc., etc. Os modelos não são capazes de reconstituir a evolução do clima do século que acabou recentemente. E há quem tenha a pretensão de prever o clima que existirá dentro de um século! É isto verdadeiramente sério? Quando os modelos prevêem o clima de 2100, não se deve esquecer as reservas emitidas pelos próprios modeladores: <i> "As incertezas ainda são muito elevadas […] as mudanças associadas às diferentes parametrizações são da mesma ordem de grandeza que os erros do modelo". </i> (Beniston <i> et al., </i> 1997). Assim "sem dúvida, a acumulação destes factores de incerteza torna ilusória, de momento, a predição detalhada de uma evolução do clima futuro." (Le Treut, 1997). </li></span></ul> <span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > </span><p style="text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> Os modeladores, que estão na origem do "cenário do aquecimento global", devem pois cessar de acreditar neles próprios (não esquecendo as suas reservas confessadas). Sobretudo, os modeladores devem deixar de enganar aqueles que não dominam a climatologia nem estão em condições de julgar os modelos ao estarem a informar que dispõem realmente de "modelos" no sentido próprio do termo. Talvez assim se atenuasse esta forma de ditadura, do IPCC, sobre a climatologia em França. <br /> <br /> A situação da climatologia em França <br /> <br /> Qual é o estado do debate sobre o efeito de estufa antropogénico e, mais geralmente, sobre a climatologia em França? <br /> </span></p><ul style="text-align: left;font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;"> <li> O director da Météo-France tomou partido pelo aquecimento global. Aparentemente sem razão científica porque, sem por em causa os seus méritos administrativos, ele não possui formação adequada. Fê-lo, mais ou menos por duas razões evidentes. Primeiro para defesa da sua instituição que recebe deste modo créditos em abundância (para manter o funcionamento vão dos <i> tera-flops </i> – meios caríssimos sem resultados palpáveis – e o fantasma dos supercomputadores dos quais espera sempre <i> o </i> milagre que tarda a chegar). Depois porque tem a ambição de vir a ser secretário-geral da Organização Mundial de Meteorologia. Compreende-se também a análise que faz Rochas (inspector geral da meteorologia) na <i> La Météorologie, </i> revista da Sociedade de Meteorologia de França (nº 38, 2002, pp. 68-69), da obra de Lenoir (2001): <i> "A posição em que se coloca Yves Lenoir é difícil de manter […] porque defende uma posição oposta à da ideologia (sic) dominante." </i> Ideologia! Pode-se imaginar uma afirmação mais ingénua do lyssenkismo (do charlatão russo Lyssenko) que reina na instituição francesa? <br /> </li><li> O presidente do <i> Centre National de la Recherche Scientifique </i> (CNRS) lançou-se desde a sua nomeação em conferências sobre as alterações climáticas. Mostrou imediatamente que ele é um especialista incontestado da camada do ozono mas não da climatologia. O CNRS seria transformado num centro da solução encontrada, ou imposta, para resolver o problema? A atribuição da Medalha de Ouro do CNRS a dois eminentes químicos glaciologistas (C. Lorius e J. Jouzel) é sintomática deste estado de espírito. Estes teriam evidenciado a covariação de parâmetros climáticos no decurso dos quatro últimos ciclos glaciários. Esta medalha, amplamente merecida pelos resultados absolutamente notáveis em paleoclimatologia, que validam sem ambiguidade as teorias de Milankovitch, foi atribuída <i> "por ter posto em evidência a ligação entre o teor de gases com efeito de estufa na atmosfera e a evolução do clima". </i> Esta <i> "ligação" </i> é falsa (Cf. o segundo parágrafo do número 2 anterior) …mas este "desvio fraudulento" é redutor, é uma mentira. Mas é o pão-nosso de cada dia (veja-se os trabalhos do SIAM- <i> Scenarios, Impacts and Adaptation Measures, </i> em Portugal)! <br /> </li><li> A Comissão interministerial do efeito de estufa (que se deveria antes chamar de controlo da poluição já que corresponderia melhor à sua vocação) só pode com um tal nome defender (sem estado de alma) a "bíblia" do IPCC. A sua presidente, cujo nome não pertence à bibliografia dos especialistas na matéria, só pode considerar B. Lomborg ( <i> The Skeptical Environmentalist, </i> 2002) como um perigoso <i> "negativista"! (Nouvel Observateur, </i> 2 de Outubro de 2002, p.22). E por que não herético ou mesmo terrorista? <br /> </li><li> A Comissão francesa para o desenvolvimento sustentável realizou em Fevereiro de 2002 uma Conferência dos Cidadãos. Realizou-se na Cidade das Ciências. O objectivo era <i> "formar profanos da maneira mais objectiva e completa possível". </i> Este alvo não deixa qualquer dúvida – dúvida que é salutar em ciência. A Comissão pôde assim tranquilamente emitir a sua propaganda para um público ignorante. A plateia considerava-se sem dúvida lisonjeada por ter sido "eleita". (Eleita como a maioria dos delegados do IPCC, através de um processo semelhante, embora noutra escala). Qual pode ter sido a utilidade de uma tal hipocrisia? Seria possível imaginar um sítio mais impróprio? <br /> </li><li> A delegação francesa do IPCC (qual é o procedimento de selecção?) não tem qualquer climatologista reconhecido. Isto é, observador atento da realidade meteorológica. M. Petit, engenheiro de telecomunicações, inicialmente membro do Grupo II do IPCC (Cf. atrás), declarou a propósito das inundações no Somme durante o Inverno e a Primavera de 200-2001: <i> "Nada permite dizer que as inundações […] foram devidas ao efeito de estufa […] mas pode-se dizer que estas chuvas fortes são exactamente o género de acontecimentos que os modelos prevêem como mais frequentes no decorrer deste século". </i> (É inexacto, os modelos são incapazes de fornecer uma previsão do género!) E acrescentou: <i> "[…] mas atenção, isso não significa que haverá inundações todos os anos. Não, também conheceremos anos secos". (Le Monde, </i> 19 de Abril de 2001) Caricatural! A vacuidade de uma tal opinião não provém de um climatologista. Mas M. Petit tem uma escapatória: fervoroso praticante da teleclima, nunca publicou nada sobre esta matéria. Esta lacuna não impediu de ser nomeado (por mérito não duvidoso) presidente da Sociedade de Meteorologia de França. Nem o milagre de ter ascendido recentemente ao Grupo I do IPCC. Claro, dentro da orgânica do IPCC, este é o grupo…científico! É assim que se designa um "especialista de climatologia"! Pode-se facilmente imaginar o nível da especialização! <br /> </li><li> A Academia das Ciências, na sua última grande missa de Outubro de 2002, convocou o areópago dos fiéis. Mas não convocou sobretudo elementos perturbadores que poderiam estragar uma tão bela festa. A perturbação poderia acontecer precisamente na primeira sessão. Esta era consagrada à <i> "credibilidade dos modelos climáticos" </i> (os próprios alicerces do baralho de cartas). Seriam apresentados pontos embaraçosos como os evocados anteriormente. Relativos ao modo de predição da temperatura, da chuva, e do tempo. Ou então, poderiam ser apresentadas reservas quanto à incapacidade estrutural dos modelos para tratar a matéria em causa. As comunicações académicas, já utilizadas nos precedentes ofícios, ficaram novamente prontas para o próximo sínodo! <br /> </li><li> Em Julho de 2002, a Assembleia Nacional francesa aprovou o relatório da comissão parlamentar para a ciência e tecnologia. Na preparação do relatório, o relator (um senador desconhecido da bibliografia climatológica) entrevistou 89 pessoas (Cf. pp.255-261 do relatório). Todas bem-pensantes. Nem ao menos as aparências foram salvaguardadas. Não foi ouvido um único "céptico". Seria honestamente obrigatório não esquecer outras vozes. Mas foi assim que, perante um delito de não-assistência à climatologia em perigo, se definiu uma "prioridade nacional" (para a ciência e tecnologia)! <br /> </li><li> Que dizer da geoclimatologia? Os geógrafos-climatólogos, normalmente preocupados com a evolução do ambiente e teoricamente bem colocados para analisar o tema, são particularmente discretos no debate, e/ou são afastados (sem resistência), e alinham na sua grande maioria sob a doutrina oficial. </li></span></ul> <span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > </span><p style="text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> <i> "França, mãe das artes…"! </i> A situação em França é aflitiva, sobretudo indigna da vocação de certas instituições e particularmente aferrolhada. Tenho experiência disso (felicitando-me de não pertencer à classe dos psitacídeos): <br /> - Conferências anunciadas a pedido e depois desmarcadas sem explicação; por exemplo, pelo CNRS, em 21 de Junho de 2000, na Cidade das Ciências, porque tinha lá ido, por convite, anteriormente, apresentar em 7 de Junho uma primeira conferência contra-a-corrente dos <i> slogans </i> oficiais (o que provocou uma "desordem"!); <br /> - Projectos de investigação afastados por razões obscuras (porque o projecto incomoda, não consola e não tem os sacramentos necessários?); <br /> - Artigos pedidos e depois recusados para publicação sem explicação coerente (ausência de palavras-chave adequadas?): não há lugar para os heréticos, é necessário recitar cânticos; <br /> É bem certo que este debate (ou mais seguramente nesta ausência de debate!) se afastou desde há muito tempo do domínio, <i> stricto sensu, </i> da ciência objectiva e desinteressada. No essencial tornou-se numa repetição servil, como <i> leitmotiv, </i> do catecismo do IPCC. Esta sigla transformou-se na tradução do "Inventário do Psitacismo Politicamente Correcto". Politicamente pode ser, mas "correcto" não certamente no plano científico. <br /> <br /> O "matraquear" mediático <br /> <br /> Os media, nem todos felizmente, perderam todo o bom senso e toda a lucidez (a menos que?). Caíram num tal painel para contribuir (gratuitamente?) no reforço desta situação de cegueira e bloqueamento? <br /> <br /> Durante a vaga de frio da primeira quinzena de Dezembro de 2002 reinou pudicamente o silêncio sobre as ondas… Mas durante a vaga de "calor" (tudo é relativo) do fim do ano de 2002, ou durante a reunião do IPCC, em Paris, de 19 de Fevereiro de 2003 reapareceram instantaneamente, entre outras, as parangonas e as pilhérias: <br /> </span></p><ul style="text-align: left;font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;"> <li> A curva terrificante da temperatura "global", contudo sem valor climático (fala-se agora de um aumento de 10 ºC! Para quando as chamas do inferno?); <br /> </li><li> A eterna imagem (sempre a mesma) de um bloco de gelo mergulhando no mar (só faltava na imagem a angústia do urso branco!)…; <br /> </li><li> As entrevistas das "estrelas bondosas", dos especialistas incontornáveis, como o inevitável M. Petit, famoso "climatólogo" que debita mecanicamente, quase ao milésimo, os versículos do <i> press-book </i> do IPCC! </li></span></ul> <span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > </span><p style="text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> É necessário "recuperar tudo", de uma maneira ou de outra. Muita vezes ingenuamente e de raspão. Numa cadeia de televisão pública os contrastes de temperatura do Canadá foram considerados como um sinal da "desregulação do clima". No entanto, é proverbial para os canadianos sublinhar que "o Inverno e o Verão podem suceder num mesmo dia"! Esquece-se, ao mesmo tempo – muito bizarramente – de evocar as descidas do frio na América do Norte, na Europa central (Polónia e Roménia), até na Turquia, no Mediterrâneo e na Ásia oriental... Quando se observam as reacções, dolorosas e justificadas, a estas vagas de frio logo que elas se produzem em França, onde não atingem contudo a mesma severidade que nas regiões precedentes, pergunta-se por que razão "a opinião pública" (será ela condicionada?) fica tão assustada como na perspectiva de uma "vaga de calor" … <br /> <br /> A dúvida não é verdadeiramente permitida: não se trata de informação, objectiva e documentada, mas de propaganda descarada (oficial e organizada?). Torna-se necessário dramatizar, como se se tratasse de cumprir um contrato publicitário, de promover um vulgar detergente (para lavagem ao cérebro). Como nos melhores dias de uma agência de comunicação social… Mas não há ninguém para fazer notar, durante um episódio "quente", que a exportação de frio a partir do pólo (com os AMP) deve – obrigatoriamente – ser acompanhado pelos retornos de ar quente. Este ar vem do Sul em direcção ao pólo donde partiu o ar frio. As trajectórias destas trocas meridionais obedecem a esquemas médios (Cf. Fig. 3) e conhecem variações em intensidade e em comprimento. No momento em que a Europa ocidental, então situada num corredor depressionário, enquadrado por duas aglutinações anticiclónicas, regista uma vaga de "calor", de humidade e de pluviosidade com advecções do vento Sul, a América e a Europa central, separada ou simultaneamente, sofrem vagas de frio intenso. É impossível, seria uma grande banalidade, mas é necessário recordar, que faça ao mesmo tempo frio e calor em toda a parte … Mas é verdade que os orelhudos têm uma limitação considerável da visão panorâmica! <br /> <br /> Quando se processará o grande debate: científico, público, honesto, necessário e salutar? <br /> <br /> As prioridades da climatologia <br /> <br /> A utilização da climatologia no debate sobre a poluição dá uma péssima ideia da própria climatologia. A parte saliente da disciplina, isto é, aquela que é utilizada nos modelos e propagada pelos não-especialistas e os media, é superficial. Muito simples, esquematizada ao extremo, até caricatural. De qualidade medíocre: uma climatologia-popularucha! É surpreendente que cientistas participem nesta mediocridade e se comportem (involuntariamente?) como bruxos. Fazer previsões inverificáveis para 2100 é inútil e extremamente custoso. Mas apresenta-se sem o menor risco (o prazo é tão longínquo!). No entanto, existem tantas coisas a realizar no curto prazo que ocupariam os especialistas com coisas sérias. Os riscos são maiores, e é necessário ousar – e/ou desejar/poder – sair dos carris da rotina e da auto-satisfação! <br /> <br /> Os modelos não estão <i> "au point", </i> e não hão-de estar, enquanto permanecer <i> "este bloqueamento intelectual, universal em meteorologia, que impede actualmente a investigação de avançar." </i> (G. Dady, <i> Le Monde, </i> 24 de Fevereiro de 1995). Os modelos informáticos não conseguem ultrapassar os esquemas erróneos da circulação geral como o esquema tricelular. Isto é, não integram os mecanismos reais da circulação geral e da dinâmica do tempo. Estes problemas fundamentais não estão resolvidos pela comunidade meteorológica. Basta consultar a última obra da <i> Ecole Nationale de Météorologie (Cours et Manuels, </i> nº 14, de Le Vourc'h, Fons <i> et </i> Le Stum, 2001). Constitui o actual corpo de doutrina do ensino para os alunos de engenharia da Météo-France. Lá permanece a ambiguidade citada. No capítulo 9, intitulado <i> "La circulation générale" </i> (pp. 78-94), o único esquema de circulação (figura 9.7, p. 83) não é tirado da literatura clássica. Foi directamente copiado de…Leroux (1983, 1996, 2000) mas sem citação e sem referência da origem (indelicadeza que não deverá permanecer pois será resolvida por outra vias)! Este modelo de circulação geral é actualmente o único que integra a circulação atmosférica e as perturbações. É o único que se aplica em todas as escalas temporais e do espaço (donde o interesse evidente de ser apropriado às escondidas). Fundamenta-se expressamente no conceito dos anticiclones móveis polares (AMP). Os AMP são o motor das trocas meridionais do ar e da energia. Contudo, os AMP são "oficialmente" (mas sem declaração oficial!) rejeitados pela instituição meteorológica que foi " <i> coberta por uma capa glacial […] desde que a questão dos AMP foi colocada </i> " (Labasse, Foechterlé, 1999). Jamais foi escrito qualquer artigo com argumentos para refutar este conceito de AMP. Na opinião de Rochas, produzida em <i> La Météorologie </i> (nº 38, 202, pp.68-69), que consagra apenas algumas linhas aos AMP, estes são, segundo ele, <i> "des petites bêtes que nascem nas regiões polares […]" </i> e que <i> "no decurso da sua migração expulsam (a sexualidade não tem nada a ver com isso) as depressões" </i> (sic). Eis o nível de argumentação "científica"! Incrível! Sobretudo quando se considera que é a opinião de um inspector-geral da meteorologia, presidente da comissão de redacção da <i> La Météorologie, </i> revista editada pela Sociedade de Meteorologia de França e apadrinhada pelo CNRS! Uma questão climatológica importante é a de perceber a evolução do tempo no último século. Nomeadamente, a de precisar e explicar o que se passou exactamente nos anos 70 para provocar a viragem climática do hemisfério Norte. Mas outras se colocam. A tendência actual provocada pelo arrefecimento do Árctico ocidental, cujas causas profundas se ignoram, vai prosseguir com a mesma intensidade? Ou, pelo contrário, vai-se atenuar ou mesmo inverter? Deve-se esperar uma regularidade e uma clemência do tempo (cenário "quente": circulação geral lenta)? Ou pelo contrário espera-se uma irregularidade e uma violência acrescida (cenário "frio": circulação rápida)? Assim, por exemplo, as velocidades do vento superiores a 140 km/h do dia 26 de Outubro de 2002 no norte da França (e mais elevadas ainda nas ilhas britânicas), confirmam a extensão para o Sul da zona tempestuosa do Mar do Norte (Cf. atrás, figura 4 com ONA positivo)? A evolução da pluviosidade, que provocou inundações repetidas no Inverno, na Bretanha, e no Outono, no sul e no vale do Ródano, vai também continuar a modificar o regime das quedas de neve nas montanhas (onde em pleno Inverno se conhece haver um défice de neve frequente)? A Primavera e o Outono vão aparecer molhados e com neve? Como gerir os riscos naturais de origem climática e, nomeadamente, como tomar, a curto e médio prazo, medidas realistas de manutenção e prevenção, sem conhecer a resposta a esta questões fundamentais? <br /> <br /> Fenómenos extremos em França <br /> <br /> Uma outra prioridade mais imediata diz respeito, em França, ao conhecimento e à previsão dos fenómenos meteorológicos intensos, ou mesmo extremos, e a eficácia resultante dos procedimentos de alerta. Um procedimento de alerta-meteo deve fornecer aos responsáveis o estado "do tempo" antecipando os acontecimentos e as suas eventuais consequências. A apreciação correcta da intensidade dos fenómenos deve permitir a tomada exacta das medidas e das disposições a pôr em acção. Uma previsão que anuncia apenas "chuvas" ou "quedas de neve", sem estimar a sua importância, não merece verdadeiramente a qualificação de previsão. Sobretudo, evidentemente, quando uma previsão-alerta é lançada depois de o fenómeno já se ter desencadeado. Em vez de se antecipar, fica-se obrigado a "correr à pressa" em direcção ao acontecimento. É o que Météo-France faz no seu sítio web chamado " <i> refazer </i> em tempo real uma previsão" (sic). Este procedimento não é mais do que o nivel da descrição, <i> a posteriori </i> ! Assim, cada acontecimento dramático conduz às mesmas reflexões e aos mesmos votos piedosos. Mas completamente ineficazes. Nenhuma das catástrofes (na Grand-Bornand, em Nîmes, em Vaison-la-Romaine, nos Aude ou nos Pirenéus-Orientais, ou as tempestades de Dezembro de 1999, etc.) foi <i> verdadeiramente </i> prevista no sentido próprio do termo. Após cada tragédia é repetida a sempiterna questão: " <i> Será que tudo foi feito, em todos os domínios, para evitar tais dramas?" </i> (Leroux, 1993, 2000). <br /> <br /> Observou-se de novo com as chuvas torrenciais do Gard em 7 e 8 de Setembro de 2002. As chuvas foram previstas com 24 horas de avanço, o que é banal. Sob todos os pontos de vista. Mas estas "chuvas" ultrapassaram largamente, de muito longe, o nível anunciado. O alerta laranja só foi desencadeado 12 horas antes. E o alerta vermelho só quando o dilúvio já tinha começado! Contudo, prever o "mau tempo" com um prazo de 24 horas, sobretudo quando se pretende fazer uma previsão de 7 dias, está longe de constituir uma façanha quando se dispõe da panóplia dos meios actuais, nomeadamente dos satélites. As explicações fornecidas aos media pelo "director da previsão" de Toulouse imediatamente após o dilúvio sobre o Gard revelaram uma profunda e estranha dicotomia (ou desconexão) entre os argumentos avançados e as previsões dos modelos. Assim, estas chuvas diluvianas seriam devidas <i> "à diferença de temperatura entre o continente e o mar […] o continente arrefeceu nesta estação do ano mais rapidamente que o mar" </i> ! Esta "explicação" de escala local (absolutamente inapropriada) foi várias vezes repetida pelos media. É fisicamente absurda. Uma tal oposição (devido ao mecanismo da brisa de terra, que corresponde ao esquema térmico e que sopra para o mar) impediria a advecção (transporte na horizontal) do potencial precipitável mediterrânico para o interior. Tornaria a chuva impossível! Ao mesmo tempo foi possível ler no sítio web da Météo-France (8-9 de Setembro de 2002, <i> "orages") </i> que <i> "outros factores de grande escala intervêm e podem no limite das possibilidades actuais dos modelos informáticos de previsão contribuir para antecipar estes acontecimentos". </i> Mas não se precisava quais eram os <i> "outros factores". </i> <br /> <br /> Tomaram-se de novo rapidamente na medida das <i> "possibilidades actuais" </i> de antecipação dos modelos, quatro dias mais tarde, a 12 de Setembro, quando Météo-France lançou um novo alerta, totalmente inútil, porque seria suficiente anunciar … chuva e mau tempo! “Falar para o boneco”, simplesmente por precaução (depois do "falhanço", para encobrir), não é previsão. Isso não vale nada. <br /> <br /> Que dizer ainda das quedas de neve do Sábado 4 e do Domingo 5 de Janeiro de 2003 sobre um quarto do nordeste da França? O sítio web da Météo-France afirma, sem vergonha, que tudo havia sido <i> "previsto 3 dias antes"! </i> Bravo, mas o alerta não foi dado senão no Sábado às 12h30m… e recebido às 14h00 pelos serviços responsáveis. Isto é, quando tudo estava já bloqueado – estradas, aeroporto, automobilistas e passageiros. Que soberbo motivo de auto-satisfação! As numerosas declarações dos responsáveis da Météo-France aos media tentaram dar respostas (i.é., desculpas) a este novo falhanço: <br /> </span></p><ul style="text-align: left;font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;"> <li> <i> "O frio chegou mais depressa do que pensávamos". </i> Era no entanto possível, graças aos satélites e às cartas sinópticas, seguir a "descida" do ar frio árctico afastando para o Sul uma frente fria. Situava-se sobre a Islândia às zero horas do dia 1 de Janeiro, sobre a Escócia no dia 2 às zero horas, sobre a Inglaterra no dia 3 às zero horas, sobre o norte da França no dia 4 às zero horas. Frente fria que se estendia à Bretanha e à Alemanha, e mesmo para lá. Para um fenómeno de tão " <i> pequena escala </i> " (Cf. sítio Météo-France), foi um pensamento demasiado lento! <br /> </li><li> "Os nossos três modelos informáticos de previsão estavam em desacordo". Eis que foi encontrado o "culpado" do falhanço. Para o director do Météo-France a culpa foi do modelo! Mas atenção, não se pode tratar de um erro de um modelo francês porque "nós confiámos no modelo europeu" …Por que razão será ele fiável? </li></span></ul> <span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > </span><p style="text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> Todavia, nada é dito sobre as capacidades de previsão informática. A imperícia é contudo flagrante e reconhecida pelos próprios utilizadores. Então não disseram que havia um "desacordo"? Note-se que o falhanço não foi de um modelo. Eram três!...E, como habitualmente, após cada fenómeno extremo, tal como acontece às numerosas vítimas, há mais de um decénio, a conclusão é sempre a mesma. Isto é, não há mais nada a fazer… do que persistir no erro e esperar pela chegada na nova super-máquina mágica. É necessário passar um cheque em branco, pois esta máquina realizará (não haja a menor dúvida, como já foi dito várias vezes anteriormente) o milagre tão desejado que tarda a acontecer. Isso deixa ainda uma margem de tempo longo com a possibilidade de "êxito!". Permanece toda a imunidade-impunidade perante novos falhanços. Mas é confortável pertencer a um organismo como a Météo-France que é ao mesmo tempo juiz e culpado! Desta vez, os falhanços foram fixados para até 2008… Paciência! <br /> <br /> As falhas repetidas mostram, uma vez mais, que a dinâmica dos acontecimentos meteorológicos está longe de ser conhecida, ou reconhecida, como mostra a (in)-experiência Fastex. <br /> <br /> A "(in)-experiência" Fastex <br /> <br /> Um (não)-acontecimento meteorológico, geralmente ignorado do grande público, merece ser aqui referido. A experiência Fastex <i> (Fronts and Atlantic Storms Track Experiment) </i> foi realizada sobre o Atlântico Norte, por iniciativa da Météo-France, em Fevereiro de 1997. Tinha por finalidade " <i> observar o conjunto do ciclo de evolução de uma tempestade e determinar os mecanismos que contribuem para a sua formação </i> " (in <i> La Météorologie, </i> nº 16, 1996, p. 42). O objectivo fixado para esta operação produziu um grande ruído e custou imenso dinheiro. Pretendia-se mostrar o desencadear das tempestades através de <i> "um turbilhão situado a dez quilómetros de altitude, longe do solo", </i> chamado <i> precursor. </i> Dito de outra maneira, desejava-se provar que a pretendida <i> "nova teoria" </i> proposta pelo CNRM- <i> Centre National de la Recherche Météorologique </i> (Joly, 1995; Thillet J.J., Joly A., 1995) era verificada. Esta hipótese considera nomeadamente que o mau tempo é <i> "o fruto do acaso e da oportunidade" </i> (Joly, 1995). Imediatamente critiquei esta "teoria", principalmente retirada a Farrel (1994), ao sublinhar que ela só era original no nome visto que não apresentava rigorosamente nada de novo (Leroux, 1996). Em Novembro de 1997, Arbogast e Joly do CNRM apressaram-se a apresentar um procedimento de urgência à Academia das Ciências com a conclusão fundamental do Fastex. Mas esta conclusão estava em desacordo total com o que era esperado. De facto, concluíram pelo "papel inesperado de um precursor confinado às baixas camadas" e não às altas! <br /> <br /> Fastex é assim (ou poderia ser), no sentido próprio, um acontecimento científico! Com efeito, cinquenta anos de hesitação e de inércia podem ser balizados porque a origem da depressão inicial procurada há mais de um século foi enfim "encontrada": <br /> 1. O conceito da escola norueguesa dos anos 20, julgado ultrapassado mas "que tem a vida dura" (Joly, 1995) foi rejeitado (ao menos de modo formal). <br /> 2. O conceito da escola dinamarquesa dos anos 40 que concede a prioridade absoluta aos fenómenos de altitude foi igualmente rejeitado. Pretendia-se que este conceito revisitado pela falsa "nova teoria" (Joly, 1995; Leroux, 1996) fosse corroborado pela experiência Fastex. Não havia a menor dúvida antes do início da experiência. Mas a conclusão saiu furada… <br /> 3. O motor que desencadeia as tempestades do Atlântico Norte foi enfim "descoberto". Está situado nas baixas camadas. É, sem ambiguidade, segundo as palavras de Arbogast e Joly, <i> "o verdadeiro desencadeador" </i> (1997, p.230). <br /> <br /> Mas, infelizmente para a Météo-France, <i> "o verdadeiro desencadeador" </i> é, nem mais nem menos, um anticiclone móvel polar (AMP)! <br /> <br /> Como o mostram muito claramente as cartas sinópticas de superfície do <i> Environnement Canada, </i> a <i> "nova depressão" </i> (i.é., o famoso <i> precursor </i> ), situada entre dois anticiclones móveis polares de 1038 hPa e 1024 hPa, deve a sua existência, a sua baixa pressão cavada e a sua mobilidade a dois centros de alta pressão que se situam sobre a América do Norte em direcção ao Atlântico (Leroux, 2000, p.112). Isto é intolerável! CQNFSPD: <i> C'est ce Qu'il Ne Fallait Surtout Pas Démontrer </i> ! Primeiro porque o dogma, centenário e incontornável, não autoriza como referência se não uma "depressão"! E sobretudo porque os verdadeiros responsáveis – os anticiclones móveis polares – são inumeráveis. Para esses senhores, eles não podem existir, eles não podem (e não devem) absolutamente ser reconhecidos. Mas eles são seres verdadeiros. São os AMP. Como titulava a revista <i> Science et Avenir </i> (nº 979, 199), é precisamente "A teoria que mete medo à Météo-France"! De facto, é mais do que medo. É pavor! Os autores preferem então escrever <i> verdadeiramente, </i> e peso as minhas palavras, não importa como: <br /> </span></p><ul style="text-align: left;font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;"> <li> Primeiro, inventar <i> "a depressão dos Grandes Lagos", </i> uma depressão desconhecida e de origem indeterminada, que aparece <i> ex nihilo </i> mas … que poderia também ser um <i> "velho sistema depressionário" </i> sobrevivente! <br /> </li><li> Depois, atribuir a esta depressão (talvez sobrevivente, sabe-se lá) um <i> "papel crucial", </i> que não é precisado, ou então que <i> "pela sua presença, a depressão dos Grandes lagos induz logicamente uma circulação ciclónica em baixas camadas […]"! </i> É possível fazer melhor em termos de geração espontânea e de lapalissada? <br /> </li><li> Mas tudo é móvel e afastado dos Grandes Lagos, é preciso ainda considerar que é <i> "a acção à distância deste sistema de baixas camadas que…". </i> Que significa <i> "acção à distância"? </i> A fórmula é mágica mas sem o menor fundamento físico! </li></span></ul> <span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > </span><p style="text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> Como é que a Academia das Ciências pôde aceitar uma tal formulação dita científica? Com é que ela pôde validar o aparecimento tão oportuno e miraculoso de um tal <i> deus ex machina? </i> E como, sobretudo, ela pôde tornar-se cúmplice de uma tremenda mistificação? É ainda um mistério… mas um "mistério" que esclarece o modo como o, por assim dizer, "debate" sobre o efeito de estufa antropogénico é ele próprio tratado: a ideologia sobrepõe-se ao veredicto da observação directa e da realidade dos factos. <br /> <br /> Fastex, apesar do seu custo, e a despeito – mas sobretudo por causa – do seu "sucesso" evidente e indiscutível na demonstração da validade do conceito AMP, tornou-se um não-acontecimento, como se nada tivesse alguma vez acontecido…Nunca mais se devia deixar de questionar ou de pôr em causa: <br /> </span></p><ul style="text-align: left;font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;"> <li> A teoria norueguesa (ultrapassada) reina sempre sobre as cartas sinópticas de superfície; <br /> </li><li> O conceito dinâmico (não demonstrado) que privilegia a altitude domina sempre o corpo de doutrina da modelação; <br /> </li><li> A ONA permanece sempre também misteriosa (Cf. atrás); <br /> </li><li> A origem das perturbações atlânticas, como de uma maneira geral as perturbações das médias latitudes, é sempre (deliberadamente) ignorada. Como a das tempestades, nomeadamente, as de Dezembro de 1999, sempre atribuídas, apesar do desmentido da observação, ao <i> "“rail” das depressões em altitude" </i> (Cf. sítio web Météo-France). </li></span></ul> <span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > </span><p style="text-align: left;font-family:georgia;"> <span style="font-size:100%;"> Por conseguinte, nas condições do obscurantismo, <i> "a previsão das tempestades, apesar do excesso de meios técnicos, releva ainda durante muito tempo da utopia […]" </i> (Leroux, 2000, p.338). E as consequências catastróficas dos acontecimentos extremos podem continuar a multiplicar-se! <br /> <br /> Verificou-se recentemente, a 13 de Novembro de 2002, a destruição da frota de catamarãs da corrida do Rhum! A partida desta corrida deveria ter sido adiada, se apenas o Météo-France tivesse lançado um alerta sério, identificando antes da sua chegada sobre o Atlântico, o responsável da tempestade situado nas baixas camadas. Mas para isso seria necessário que a Météo-France soubesse compreender a situação meteorológica… <br /> <br /> Entretanto, compreensão e previsão não são, parece, inseparáveis, como exprime Joly do CNRM: <i> "predizer não é explicar" </i> (in <i> La Recherche, </i> 276, vol. 26, p. 480, 1995). Este ponto de vista, como as "lições" da (in)-experiência Fastex, recordam primeiramente que a falta de conhecimentos dos processos reais de desencadeamento das perturbações, nomeadamente nas médias latitudes, os modelos são completamente incapazes de prever a evolução do tempo. Como se pode então anunciar acontecimentos em 2100 sem cair nas profecias impenitentes? Põe-se também o problema do processo a seguir, estatístico e probabilístico de um lado, ou determinista de outro. <br /> <br /> Os modelos de previsão são fundamentados no primeiro caso. A observação como a "compreensão" dos fenómenos, neste caso, não é indispensável <i> a priori. </i> Mas a estatística e as probabilidades só dão "bons" resultados…se o desenrolar dos processos não sai da normal. Dito de outro modo, se não desviam dos processos "médios". Quer dizer finalmente que não há nada de inesperado…a prever. Os "limites da previsibilidade" (Cf. sítio da Météo-France) são rapidamente atingidos. <br /> <br /> O tempo depende todavia, nas nossas latitudes, não da abstracção saída dos cálculos, mas dos actores nitidamente identificados – os AMP – que criam estados do tempo particulares a cada AMP. Depende de cada estado evolução dos AMP, em função das suas potencialidades iniciais adquiridas e das circunstâncias que são variáveis no decurso da sua viagem. O processo determinista, isto é, a atribuição de um tempo específico, e a sua evolução, a um responsável determinado é, por consequência, a mais apropriada das previsões eficazes. Mas isso supõe um conhecimento aprofundado dos fenómenos, uma identificação dos factores responsáveis e a sua verdadeira integração nos modelos. Isso supõe também uma observação atenta, seguida e directa. Mas também uma colocação em questão, todos ao mesmo tempo, dos conceitos meteorológicos clássicos. Entre estes é impossível (há mais de cinquenta anos) realizar uma síntese. Os métodos actuais de previsão apresentam uma ineficácia flagrante. Precisamente, nas situações de paroxismo para as quais a necessidade de eficácia é máxima. A tarefa é pois grande para a instituição meteorológica. Esta está restrita a uma obrigação de resultados conformes à sua missão de serviço público. <br /> <br /> Conclusões <br /> <br /> Este fundamental colocar em questão, que é indispensável, teria como primeiro resultado mostrar que o hipotético aquecimento do planeta, saído dos modelos, e fundamentado em aproximações, é indubitavelmente uma impostura no plano científico. Todavia ainda se fala em ciência? Depois da ameaça de uma <i> "nova idade do gelo", </i> depois das <i> "chuvas ácidas", </i> depois do <i> "buraco do ozono" </i> que se fecha e abre, depois (e ao mesmo tempo) do <i> "El Niño-mestre do Mundo" </i> e esperando um novo <i> lobby </i> ou fixação passageira, quanto tempo ainda vamos gastar, inutilmente e com custos elevados, a fábula do "aquecimento global"? <br /> <br /> Durante este tempo, perdido, falha-se a pontaria no alvo certo. Esquece-se que as verdadeiras questões são mais sérias, mais exigentes e sobretudo mais imediatas do que o tempo e o clima. Sobretudo no domínio da poluição. Mas para isso seria necessário que a "alteração" se operasse primeiro no seio da própria meteorologia-climatologia! </span></p><span style="font-size:100%;"><a style="font-family: arial;" href="http://resistir.info/climatologia/impostura_cientifica.html">fonte original</a></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7937925915089441886.post-12104654383185374062008-01-24T22:08:00.000-08:002008-07-27T07:09:11.657-07:00Conheça os principais pontos do Plano Brasileiro de Enfrentamento as Mudanças Climáticas<p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-indent: 35.4pt; text-align: justify;">O site aquecimentoglobal.com.br entrevistou o Dr. Carlos Nobre uma das maiores autoridades <st1:personname st="on" productid="em Aquecimento Global">em Aquecimento Global</st1:personname> do Brasil, membro do INPE e do IPCC da ONU que nos antecipou os pontos mais importantes sobre o Plano Nacional de Enfrentamento às Mudanças Climáticas que estão resumidos a seguir (ou se preferir veja a integra da entrevista). </p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-indent: 35.4pt; text-align: justify;">O Dr. Carlos Nobre começou dizendo que o 1º fórum de chefes de Estado sobre aquecimento global, realizado no 62º Assembléia Geral da ONU foi positivo pois tem grandes possibilidades de avançar e explicou que o Plano Nacional de Enfrentamento às Mudanças Climáticas anunciado pelo Pres. Lula na abertura desta Assembléia Geral vai determinar como o Brasil vai ajudar a amenizar o aquecimento global e como vai mitigar ou seja como vai adaptar-se as suas conseqüências. Explicou que a importância do INPE para ajudar a evitar o desmatamento na Amazônia esta baseado em 30 anos de experiência na análise de dados enviados por satélites e que estas informações alimentam vários<span style=""> </span>órgãos governamentais como o IBAMA e continuo detalhando sobre as conseqüências nas varias regiões do país como o Pantanal que ainda não se tem estudos conclusivos sobre as conseqüências do aquecimento global para este importante ecossistema. Esclareceu que o “Catarina” pode ser chamado de furacão por ter todas as características de um. E que foi o primeiro que se tem registro no atlântico sul. </p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style=""> </span>Com relação ao risco do aumento do nível do mar o Dr. esclareceu que o Brasil tem relativamente poucas áreas com até <st1:metricconverter st="on" productid="5 m">5 m</st1:metricconverter> acima do nível do mar sendo que a maior parte destas áreas são ainda remotas, no entanto, as áreas nestas condições e com populações estão principalmente nas cidades do Rio de Janeiro, Recife, Santos e São Vicente e se o nível do mar subir em <st1:metricconverter st="on" productid="1 m">1 m</st1:metricconverter> seria necessário desalojar 200 mil pessoas somente em uma grande favela no Rio do Janeiro e que o INPE tem um estudo sobre as mudanças futuras de temperaturas, chuvas e ventos para cada região do país (este estudo esta disponível no site aquecimentoglobal.com.br) onde um dos pontos mais importantes: </p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><i>Abastecimento de água</i>: As grandes cidades podem ter problemas com o fato das chuvas tornarem-se mais episódicas ou seja choverá a mesma quantidade porém e pancadas mais fortes e não tão espaçadas ao longo do ano.</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><i>Agricultura: </i>Teremos queda nas produções de milho, trigo, soja, arroz e feijão.</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><i>Doenças:</i> Existe uma previsão para aumento de doenças associadas às ondas de calor, associadas à poluição, pois a mesma aumenta com o calor e devido ao aumento das enchentes e inundações crescerá a incidência de doenças causadas por meio hídrico e com a expansão da faixa de ocorrência dos vetores de doenças como a dengue e malária diretamente proporcional ao aumento das temperaturas. </p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman';"><span style=""> </span><span style="font-size:85%;"><span style="font-size:100%;">O Dr. Carlos Nobre falou que suas expectativas são positivas sobre a importante reunião que acontecerá na Indonésia no mês de Dezembro,<span style=""> </span>que tem resoluções importantes a serem tomadas nesta reunião para que o novo protoco esteja pronto a tempo de substituir o atual protoco de Kyoto que vigora até 2012.</span><span style=""> </span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman';"><span style=""> </span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman';"><span style=""><a href="http://www.aquecimentoglobal.com.br/index.php?pg=Entrevista" target="_self">veja entrevista completa</a></span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><a href="http://www.aquecimentoglobal.com.br/index.php?pg=0&table=artigo&bd=Conhe%E7a%20os%20principais%20pontos%20do%20Plano%20Brasileiro%20de%20Enfrentamento%20as%20Mudan%E7as%20Clim%E1ticas">fonte</a><br /><span style="font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman';"><span style=""></span></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0