Conheça os principais pontos do Plano Brasileiro de Enfrentamento as Mudanças Climáticas

O site aquecimentoglobal.com.br entrevistou o Dr. Carlos Nobre uma das maiores autoridades em Aquecimento Global do Brasil, membro do INPE e do IPCC da ONU que nos antecipou os pontos mais importantes sobre o Plano Nacional de Enfrentamento às Mudanças Climáticas que estão resumidos a seguir (ou se preferir veja a integra da entrevista).

O Dr. Carlos Nobre começou dizendo que o 1º fórum de chefes de Estado sobre aquecimento global, realizado no 62º Assembléia Geral da ONU foi positivo pois tem grandes possibilidades de avançar e explicou que o Plano Nacional de Enfrentamento às Mudanças Climáticas anunciado pelo Pres. Lula na abertura desta Assembléia Geral vai determinar como o Brasil vai ajudar a amenizar o aquecimento global e como vai mitigar ou seja como vai adaptar-se as suas conseqüências. Explicou que a importância do INPE para ajudar a evitar o desmatamento na Amazônia esta baseado em 30 anos de experiência na análise de dados enviados por satélites e que estas informações alimentam vários órgãos governamentais como o IBAMA e continuo detalhando sobre as conseqüências nas varias regiões do país como o Pantanal que ainda não se tem estudos conclusivos sobre as conseqüências do aquecimento global para este importante ecossistema. Esclareceu que o “Catarina” pode ser chamado de furacão por ter todas as características de um. E que foi o primeiro que se tem registro no atlântico sul.

Com relação ao risco do aumento do nível do mar o Dr. esclareceu que o Brasil tem relativamente poucas áreas com até 5 m acima do nível do mar sendo que a maior parte destas áreas são ainda remotas, no entanto, as áreas nestas condições e com populações estão principalmente nas cidades do Rio de Janeiro, Recife, Santos e São Vicente e se o nível do mar subir em 1 m seria necessário desalojar 200 mil pessoas somente em uma grande favela no Rio do Janeiro e que o INPE tem um estudo sobre as mudanças futuras de temperaturas, chuvas e ventos para cada região do país (este estudo esta disponível no site aquecimentoglobal.com.br) onde um dos pontos mais importantes:

Abastecimento de água: As grandes cidades podem ter problemas com o fato das chuvas tornarem-se mais episódicas ou seja choverá a mesma quantidade porém e pancadas mais fortes e não tão espaçadas ao longo do ano.

Agricultura: Teremos queda nas produções de milho, trigo, soja, arroz e feijão.

Doenças: Existe uma previsão para aumento de doenças associadas às ondas de calor, associadas à poluição, pois a mesma aumenta com o calor e devido ao aumento das enchentes e inundações crescerá a incidência de doenças causadas por meio hídrico e com a expansão da faixa de ocorrência dos vetores de doenças como a dengue e malária diretamente proporcional ao aumento das temperaturas.

O Dr. Carlos Nobre falou que suas expectativas são positivas sobre a importante reunião que acontecerá na Indonésia no mês de Dezembro, que tem resoluções importantes a serem tomadas nesta reunião para que o novo protoco esteja pronto a tempo de substituir o atual protoco de Kyoto que vigora até 2012.

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